Onzeneiro foi uma profissão, semelhante a um agiota, que cobrava 11% de juros a quem lhe pedisse dinheiro por empréstimo, estando neste número a derivação do seu nome.

Na ficção editar

Origem editar

  • Não se sabe exactamente o tempo histórico de surgimento dos onzeneiros, mas muitos pesquisadores acreditam que essa profissão surgiu na idade média, na época em que os grandes comerciantes ganhavam mais espaço e começam a ser admirados pelo povo, além dos nobres e religiosos fidalgos.
Devido a grande movimentação de dinheiro no comércio, muitos comerciantes e a população recorria aos onzeneiros, para fazer seus empréstimos, sabendo que haveria juros na devolução.
E eles no papel de agiotas, lucravam com os juros e caso a pessoa que pediu o empréstimo não pudesse pagar, eles penhoravam os objectos de valor do devedor até que a venda dos tais cobrisse a divida.
Historicamente o Onzeneiro é visto como um avarento ganancioso, podemos confirmar isso em uma das obras críticas de Gil Vicente, na alegoria teatral O Auto da Barca do inferno, que é uma referência à sociedade lisboeta no início do renascimento no século XVI.
Na peça Vicentina o onzeneiro não vai parar ao céu, logo após a sua morte, porque roubou muito do povo, cobrando além do que era justo e o seu apego ao dinheiro era tão grande, que queria voltar à vida para ganhar dinheiro e tentar pagar a sua entrada na Barca da Glória.
Essa personificação do onzeneiro na obra de Gil Vicente, não foi à toa, representou historicamente o que era o agiota e como o povo era explorado pelo próprio povo, sendo o personagem parte da população lisboeta também.
Conhecendo esses traços históricos do onzeneiro, através de obras literárias, podemos fazer comparações com o nosso presente agiota e reparar que apesar de muito anos passados a dinâmica da profissão continua a mesma.
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