Pantoprazol

composto químico

Pantoprazol é um fármaco indicado para reduzir a acidez estomacal e os sintomas em casos de gastrite, gastroduodenite, dispepsia não ulcerosa e doença por refluxo gastroesofágico.

Pantoprazol[1][1]

Ações Farmacológicas

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O Pantoprazol é um benzimidazol substituído, pertence ao grupo de medicamentos chamados de IBP - inibidor da bomba de prótons (H+, K+-ATPase) com atividade antiácida, tendo como função diminuir a produção do ácido clorídrico (HCl) no estômago. O ácido clorídrico é extremamente importante para a digestão dos alimentos, sendo o responsável pela conversão do pepsinogênio em sua forma ativa, a pepsina. Esse medicamento é uma base lipofílica fraca que atravessa a membrana celular parietal e entra no canalículo da célula parietal ácida onde se torna protonada, produzindo o metabólito ativo sulfenamida, que forma uma ligação covalente irreversível com dois sítios da enzima H + / K + -ATPase desta célula parietal, inibindo assim a produção de ácido gástrico (basal e estimulado). Pode também ser uma alternativa valiosa para outros IBPs no tratamento de distúrbios relacionados aos ácidos digestivos.[2][1]

Usos Clínicos

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Úlceras

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Normalmente essas feridas que afetam  a mucosa de alguns orgão do trato grastrointestinal (esofâgo, duodeno, estômago) devido á corrosão do revestimentos interno pelo ácido gástrico e sucos digestivos.[3]

O pantoprazol é utilizado para tratar e ajudar a curar úlceras duodenais e gástricas. Dependendo do local onde se encontra a úlcera, ela pode ser chamada úlcera gástrica ou duodenal. A diferença de ambas é que uma se encontra no estômago e a outro no duodeno, respectivamente.

Esse fármaco também pode ser usado  para prevenir úlceras causadas pelo ao uso excessivo de drogas antiinflamatórias não esteroidais (AINEs). Estes são medicamentos utilizados para aliviar a dor, febre, inchaço e outros sintomas de inflamação, incluindo artrite (inflamação das articulações).

Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

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O pantoprazol é utilizado no tratamento da esofagite de refluxo ou doença do refluxo gastroesofágico. A esofagite de refluxo é uma inflamação da mucosa do esôfago devido ao refluxo do conteúdo gástrico que se desloca em direção a ele (normalmente devido à alguma disfunção dos esfincteres esofágicos). O refluxo pode causar uma sensação de queimação no peito subindo até a garganta, também conhecida como azia.

Síndrome de Zollinger-Ellison

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Pantoprazol é usado para tratar uma condição rara chamada síndrome de Zollinger-Ellison, onde o estômago produz quantidades muito grandes de ácido, que pode ocasionar em lesões gástricas.

Heliobacter Pylori

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Estas bactérias vivem quase exclusivamente no estômago humano e duodeno, sendo o único organismo conhecido capaz de colonizar esse ambiente muito ácido, em parte pela sua capacidade de secretar uréase, que transforma a ureia presente no ácido gástrico em amônia, elevando o pH ao redor da bactéria possibilitando sua colonização. Essas bactérias têm formato de hélice a forma espiralada permite-lhes "atravessar" com mais facilidade a camada de muco que protege o epitélio gástrico.

Essa doença gástrica ocasionada pela bactéria a H. pylori, uma vez detectada, na mucosa do estômago de pacientes com doença gástrica, o tratamento indicado consiste em regime triplo ou quádruplo, incluindo os inibidores de bomba de próton como omeprazol ou lansoprazol, uso de antibióticos,metronidazol, claritromicina, amoxicilina ou tetraciclina.

Mecanismo de Ação do Pantoprazol

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Esse medicamento tem a função farmacológica de um inibidor de bomba de prótons, ou seja, promove a inibição específica e dose-dependente da enzima H+ K+ ATPase gástrica, essa enzima é responsável pela secreção de ácido clorídrico (HCl) pelas células parietais do estômago. Após a absorção da sua substância ativa, o benzimidazol substituído se acumula no compartimento ácido das células parietais. Posteriormente serão convertido à sua forma ativa, uma sulfonamida cíclica se ligando à H+ K+ ATPase (bomba protônica), causando assim uma potente e prolongada supressão da secreção ácida basal e estimulada.[1]

Efeitos Colaterais
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Como todo medicamento, o pantoprazol pode ocasionar eventos adversos, mesmo na maioria dos casos dos pacientes (cerca de 5%) o apresentem. Seus efeitos mais comuns ocorrem em menos de 1% dos pacientes, sendo eles os efeitos de diarreia e dor de cabeça (cefaleia).[1]

  • Reações Incomuns (acontece entre 0,1% e 1%): Distúrbios do sono, dor de cabeça, boca seca, diarreia, náusea/vômito, inchaço e distensão abdominal, prisão de ventre, aumento nos níveis de enzimas do fígado, vertigem e dentre outras.
  • Reações raras (acontece entre 0,01% e 0,1%): Depressão, aumento nos níveis de triglicerídeos e colesterol, alterações nas células do sangue (agranulocitose), dor nas articulações e musculares e dentre outras.
  • Reações muito raras: (acontece em menos de 0,01%): leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia e desorientação.
  • Reações de frequência desconhecida: Dano as células do fígado levando a coloração amarelada na pele ou em olhos (icterícia), inflamação renal (nefrite intersticial), síndrome de Steves Johnson, redução dos níveis de Sódio/Magnésio, alucinações, sensibilidade à luz, eritema multiforme e a síndrome de Lyell.
  • Pacientes Pediátricos: (As reações mais relatadas acontecem em 4%) Pacientes entre 5 e 16 anos de idade, podendo ocorrer dor de cabeça, diarreia, febre, infecção respiratória, vômito, dor abdominal e irritação da pele.

Referências

  1. a b c d e PubChem. «Pantoprazole». pubchem.ncbi.nlm.nih.gov (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2022 
  2. Educacao, Portal. «Portal Educação - Artigo». siteantigo.portaleducacao.com.br. Consultado em 26 de abril de 2022 
  3. «Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 19/11/2014». Anvisa. Consultado em 26 de abril de 2022 
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