Paribar foi um bar localizado na cidade de São Paulo, na Praça Dom José Gaspar inaugurado em 1949 e que se tornou um ponto de efervescência cultural nas décadas de 1950, 1960 e 1970, onde circularam diversos intelectuais, políticos, jornalistas e poetas.[1]

Paribar
Paribar
Tipo bar, restaurante
Inauguração 1949 (75 anos)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 23° 32' 47.255" S 46° 38' 30.767" O
Mapa
Localização São Paulo - Brasil

A mística do lugar vinha dos seus frequentadores ilustres. Nos anos 1950, abrigaram-se sob aquele toldo verde e branco (e nas cadeiras de vime) nomes como os pintores Tarsila do Amaral e Cândido Portinari; o intelectual e escritor Sérgio Milliet (que tinha uma mesa cativa por lá); e até políticos como Jânio Quadros, Ademar de Barros e Delfim Netto.[2]

O Paribar ainda fez parte da vida de Marcos Rey, cliente assíduo do lugar entre os anos 1950 e 1970. O escritor colocou o estabelecimento como um dos personagens do conto O Bar dos Cento e Tantos Dias. No texto, ele descrevia um publicitário desempregado que passava os dias em uma mesinha de rua de um bar no centro da cidade. Em determinado momento da narrativa, o homem sentenciava: "com um pouco de concentração e paciência, se pode ver os mortos passarem".

Dentre os nomes internacionais, constam Che Guevara, quando esteve no Brasil em 1961 para receber das mãos do então presidente Jânio Quadros a Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, além de Mick Jagger e Keith Richards, entre os anos de 1978 e 1979, período em que estavam em São Paulo e hospedados no Hotel Jaraguá.[1] Seu nome resulta da junção das sílabas iniciais de 'Pastifício, Ristorante e Bar'.[1]

Histórico e encerramento editar

A casa, que fica atrás da Biblioteca Mário de Andrade e fazia um sucesso entre a intelectualidade paulistana, operou entre os anos 50 e 80, quando fechou, mais precisamente no dia 19 de setembro de 1983.[2] Em 2005 foi comprado pelo empresário Luiz Campiglia que inicialmente desconhecia o passado do imóvel. No ponto, ele tocava um café-restaurante, o "Santa Fé".

Em pouco tempo, o restaurante Santa Fé esbarraria em um problema legal. O nome já tinha registro. Era preciso trocá-lo.

Então o empresário ressuscitou o bar à sua maneira, bem distante do original em 2010.[3] O bar foi reaberto, mais precisamente, no dia 7 de abril de 2010.

O estabelecimento fechou em 26 de setembro de 2022. Problemas com o contrato de locação e o aumento da violência no Centro contribuíram para o fechamento, além das questões administrativas.[3]

Referências bibliográficas editar

  1. a b c d «Paribar - História». Paribar.com.br. Consultado em 11 de março de 2019 
  2. a b Conteúdo, Estadão (2019). «Paribar: 70 anos de resistência boêmia em São Paulo». Diário do Comércio. Consultado em 13 de dezembro de 2022 
  3. a b «Paribar, no Centro, anuncia o fim das atividades | Notas Etílicas». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 13 de dezembro de 2022 

Ligações externas editar