Paysandu Foot-Ball Club

O Payssandu Futebol Clube foi um clube brasileiro de futebol da cidade de São Paulo, atualmente extinto. Fundado em 1916, suas cores eram preto e branco, e seu uniforme era composto por camisa e calção brancos.[1] Participou de apenas uma edição do Campeonato Paulista de Futebol.

Payssandu
Nome Paysandu Foot-Ball Club
Fundação 1916
Cores do Time
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Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular

História

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O clube foi fundado por, entre outros, Arthur Friedenreich, então jogador do Clube Atlético Ypiranga que, junto com outros jogadores do clube, fora suspenso, por imposição da APEA, devido a um amistoso disputado no fim da temporada anterior sem a devida autorização da liga.[2] Para os jogadores suspensos, a única alternativa foi fundar o Payssandu e disputar o campeonato da LPF, que enfrentava sérios problemas e se mantinha apenas por causa das habilidades políticas de seu dirigente Mário Cardim.[3]

O Campeonato Paulista de 1916 marcou o último ano de existência da LPF, concorrente da APEA. Enquanto quase todos os principais times estavam na APEA (dentre os times que já tinham conquistado o Paulistão, apenas o Corinthians disputou o torneio da LPF), a liga conhecida como "Liga do Mário Cardim" sofria com sua desorganização e contava com vários clubes iniciantes.[carece de fontes?]

Devido a problemas de organização, o campeonato não chegou ao fim, sendo interrompido após a sétima rodada. O Payssandu, considerado uma das equipes mais fracas daquela temporada[4], ficou na quinta colocação, enquanto o Corinthians foi apontado como campeão.[5] Para o ano seguinte, as ligas foram unificadas.

Friedenreich disputou apenas uma partida pelo clube, um amistoso em janeiro, contra o Corinthians. O Payssandu perdeu por 2 a 1, mas Friedenreich marcou o gol do time, no segundo tempo.[6] Um movimento a seu favor surgiu na APEA, e ele solicitou um perdão à liga, que o concedeu, permitindo que ele voltasse ao Ypiranga[3], sem, contudo, poder disputar o campeonato daquele ano[2]. Essa foi a principal causa do fim do Payssandu[3], embora o time tenha disputado, sem Friedenreich, nove partidas[4] do campeonato da LPF.

Referências

  1. José Jorge Farah Neto e Rodolfo Kussarev Jr., Almanaque do Futebol Paulista, Panini, 2000, pág. 412
  2. a b Valmir Storti e André Fontenelle, A História do Campeonato Paulista, Publifolha, 1996, pág. 46
  3. a b c Tomás Mazzoni, História do Futebol no Brasil, Edições Leia, 1950, pág. 110
  4. a b Rubens Ribeiro, O Caminho da Bola, Volume I, Federação Paulista de Futebol, 2000, págs. 149, 154-157
  5. Valmir Storti e André Fontenelle, A História do Campeonato Paulista, Publifolha, 1996, pág. 47
  6. Celso Dario Unzelte, Almanaque do Corinthians, Editora Abril, 2005, pág. 27