O pica-pau-amarelo[2] (nome científico: Celeus flavus), também chamado ipecutauá,[3] é uma ave piciforme da família dos picídeos (Picidae).

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPica-pau-amarelo
Pica-pau-amarelo macho em Parque Nacional Manú, Peru
Pica-pau-amarelo macho em Parque Nacional Manú, Peru
Pica-pau-amarelo fêmea em Santana, Amapá, Brasil
Pica-pau-amarelo fêmea em Santana, Amapá, Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Género: Celeus
Espécie: C. flavus
Nome binomial
Celeus flavus
(Statius Müller, 1776)
Distribuição geográfica
Distribuição do pica-pau-amarelo
Distribuição do pica-pau-amarelo
Sinónimos
Crocomorphus flavus P. L. S. Müll

Etimologia editar

Ipecutauá é oriundo do termo tupi ïpe'ku ta'wá, que significa "pato amarelo".[4]

Subespécies editar

São reconhecidas quatro subespécies:[5]

  • Celeus flavus flavus (Muller, 1776) - na Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, oeste do Brasil e Bolívia;
  • Celeus flavus peruvianus (Cory, 1919) - no leste do Peru;
  • Celeus flavus subflavus (Sclater e Salvin, 1877) - nordeste do Brasil;
  • Celeus flavus tetricialis (Hellmayr, 1922) - leste e sul do Brasil.

Comportamento editar

O pica-pau-amarelo acasala de abril a junho na Colômbia e um pouco mais cedo na Venezuela. Os hábitos de nidificação não foram documentados.[6]

Conservação editar

Embora não haja estudos quanto ao número total de indivíduos, é assumido que a população de pica-pau-amarelo esteja decrescendo devido à perda de habitat, porém como tem ampla distribuição geográfica, foi avaliada como pouco preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[7] em 2010, como criticamente em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[8] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[9] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[10][11]

Referências

  1. a b BirdLife International (2016). «Celeus flavus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22681344A92902694. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22681344A92902694.en . Consultado em 27 de abril de 2022 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 177. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 325 
  4. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 966 
  5. Peterson, Alan P. (2011). «Piciformes». Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2012 
  6. del Hoyo, Joseph (1992). Handbook of the Birds of the World - Volume 7: Jacamars to Woodpeckers. Barcelona: Lynx Edicions. p. 522. ISBN 84-87334-37-7 
  7. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  8. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  9. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  10. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  11. «Celeus flavus Tschudi». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022