Porcelana Monte Sião
Porcelana Monte Sião é uma empresa especializada na produção de porcelana azul e branca. Foi fundada em 1959 na cidade de Monte Sião, em Minas Gerais, tendo foco na produção artesanal de uma linha de produtos feitos de porcelana e compostas por peças domésticas como xícaras, pires, travessas, canecas e copos.[1][2]
Porcelana Monte Sião | |
---|---|
Fundação | 1959 |
Sede | Monte Sião, Minas Gerais, Brasil |
Produtos | Porcelana |
História
editarInicialmente, a produção da Porcelana Monte Sião restringia-se a bibelôs, mas foi a partir da criação uma réplica de um jarro azul e branco trazido de Portugal por um cliente, que a empresa começou a produzir versões similares baseadas naquela porcelana portuguesa[3]. A partir de então, os artesãos começaram a pintar as hoje características flores azuis da Monte Sião em diversas linhas de produtos. Inicialmente, as peças eram vendidas em pequenos eventos e feiras nas cidades vizinhas. Com o aumento do número de turistas na cidade, uma loja própria foi inaugurada no mesmo local onde se localizava a fábrica, visando vender seus produtos e atrair os visitantes para conhecer o seu processo de produção totalmente artesanal.[1][2]
Tudo é feito manualmente – desde o enchimento dos moldes com a massa líquida à base de argila, a retirada da peça seca de dentro dos moldes e o corte das sobras de massa, a aplicação da pintura com pincel sobre a peça crua, até finalizar com o banho de esmalte vitrificante.[4][5] A peça é então cozida a 1300 °C por aproximadamente 48 h em forno a lenha. Outras 48 h são necessárias para que o forno esfrie possibilitando a retirada das peças.[4][6] No passado, a Monte Sião também decorava com a técnica do esponjado[7] que aplica os pigmentos com o auxílio de uma esponja. A fábrica possui apenas um forno[8] e produz cerca de 35 mil peças por mês (2010).[9] O forno é utilizado em média duas vezes por mês.[6]
Referências
- ↑ a b «Porcelana Monte Sião, a única azul e branca da América Latina.». Turismo em Monte Sião. 5 de julho de 2016. Consultado em 28 de março de 2021
- ↑ a b «Porcelana Monte Sião». Artesan. Consultado em 28 de março de 2021
- ↑ Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra, Portugal (1 de abril de 2021). «A coleção de cerâmica». Consultado em 1 de abril de 2021
- ↑ a b Porcelana Monte Sião. «Porcelana Monte Sião». Consultado em 1 de abril de 2021
- ↑ Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 196. 479 páginas
- ↑ a b Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 161, 217. 479 páginas
- ↑ Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 76. 479 páginas
- ↑ Souza, Rafael Abreu (30 de setembro de 2013). «NÃO SOMOS ESTRANGEIRAS! PELAS LOUÇAS BRASILEIRAS». Cadernos do LEPAARQ (UFPEL) (20): 159–182. ISSN 2316-8412. doi:10.15210/lepaarq.v10i20.2330. Consultado em 1 de abril de 2021
- ↑ Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 56. 479 páginas