Praça Velha de Angra do Heroísmo

O principal e mais antigo espaço de encontro cívico da Cidade de Angra do Heroísmo remonta ao séc. XV.

A Praça Velha com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Nos inícios da cidade, era uma pequena praça com menos de metade da área actual e era conhecida simplesmente como "Praça", aparecendo assim na carta de 1595 publicada por Jan Huygen van Linschoten.

É um espaço trapezoidal para onde confluem os dois principais arruamentos de Angra do Heroísmo (Rua da Sé e Rua Direita) e onde, desde sempre, se localizou o paço municipal.[1]

A "Praça" ao centro da carta da Cidade de Angra publicada por Jan Huygen van Linschoten (1595)

Esta praça, que também já se chamou "Dos Santos Cosme e Damião" e "Praça da Restauração", é, desde sempre, a "sala de visitas" de uma Cidade que, por diversas vezes, realizou obras de engrandecimento urbano. Viu sucederem-se pelo menos 3 edifícios para serviço da Câmara Municipal, sofrendo, em finais da década de 20, as obras de embelezamento que hoje lhe dão forma. Foi por essa ocasião que recebeu o empedrado artístico inspirado em manta regional terceirense da autoria de Mestre Maduro Dias em 1929 tida, por muitos, como obra introdutora do Modernismo no Arquipélago.[1][2]

Planta do Empedrado da Praça da Restauração de Angra do Heroísmo (1929)

O tratamento especial e a orientação dada ao empedrado iludem tão completamente o visitante que se imagina estar perante um rectângulo perfeito e não numa praça absolutamente irregular.

Os jovens calceteiros terceirenses que ajudaram a realizar, como aprendizes, e sob a orientação de calceteiros profissionais de Lisboa, vieram a ser, nos anos seguintes, os realizadores de muitos outros apontamentos de empedrado artístico da Ilha Terceira.

Referências

  1. a b Ilhéu, João (1971). Da Praça às Covas. Memórias de uma velha rua. Angra do Heroísmo: Tip. Andrade 
  2. Machado Pires, António (2003). «Francisco Coelho Maduro Dias». Enciclopédia Açoriana. Consultado em 7 de janeiro de 2017 

Fontes de Informação

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  • Castro, Ferreira. Pequenos Mundos, Velhas Civilizações. Lisboa: Empresa nacional de publicidade, 1937.