Psicologia baseada em evidências

A psicologia baseada em evidências consiste na aplicação da prática baseada em evidências na Psicologia. A prática baseada em evidências vem se popularizado na área da saúde desde a segunda metade do séc. XX e vem se destacado sobretudo na Medicina.

De acordo com o relatório da Associação Americana de Psicologia (APA), publicado em 2006, a prática baseada em evidências na Psicologia (ou simplesmente Psicologia baseada em evidências) pode ser definida como um "[...] processo individualizado de tomada de decisão clínica que ocorre por meio da integração da melhor evidência disponível com a perícia clínica no contexto das características, cultura e preferências do cliente"[1]. Desse modo, é proposto que uma intervenção clínica deve passar por um processo de individualização a partir da integração de três pilares: as melhores evidências disponíveis, perícia profissional e subjetividade do paciente.[2][3][4][5][6]

Ainda há resistência quanto à legitimidade da prática baseada em evidências na Psicologia e os princípios epistêmicos subjacentes à prática da psicologia seguem atualmente em disputa.[7][8]

Referências

  1. «Evidence-based practice in psychology.». American Psychologist (4): P. 273. 2006. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/0003-066x.61.4.271. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  2. Leonardi, Jan Luiz; Meyer, Sonia Beatriz (dezembro de 2015). «Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da Busca pelas Provas Empíricas da Eficácia das Psicoterapias». Psicologia: Ciência e Profissão (4): 1139–1156. ISSN 1414-9893. doi:10.1590/1982-3703001552014. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  3. Leonardi, Jan Luiz; Mácimo, Thiago; Bacchi, André Demambre; Josua, Dan (22 de março de 2023). «Ciência, Análise do Comportamento e a Prática Baseada em Evidências em Psicologia». Perspectivas em Análise do Comportamento: 097–119. ISSN 2177-3548. doi:10.18761/paccha0a1. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  4. «Evidence-based practice in psychology.». American Psychologist (4): 271–285. 2006. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/0003-066x.61.4.271. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  5. Wampold, Bruce E.; Goodheart, Carol D.; Levant, Ronald F. (2007). «Clarification and elaboration on evidence-based practice in psychology.». American Psychologist (em inglês) (6): 616–618. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/0003-066X62.6.616. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  6. Yates, Chad (junho de 2013). «Evidence-Based Practice». Counseling Outcome Research and Evaluation (1): 41–54. ISSN 2150-1378. doi:10.1177/2150137812472193. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  7. Lilienfeld, Scott O.; Ritschel, Lorie A.; Lynn, Steven Jay; Cautin, Robin L.; Latzman, Robert D. (novembro de 2013). «Why many clinical psychologists are resistant to evidence-based practice: Root causes and constructive remedies». Clinical Psychology Review (7): 883–900. ISSN 0272-7358. doi:10.1016/j.cpr.2012.09.008. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  8. Lilienfeld, Scott O.; Ritschel, Lorie A.; Lynn, Steven Jay; Cautin, Robin L.; Latzman, Robert D. (julho de 2014). «Why Ineffective Psychotherapies Appear to Work». Perspectives on Psychological Science (4): 355–387. ISSN 1745-6916. doi:10.1177/1745691614535216. Consultado em 26 de janeiro de 2024