Práticas de Pesquisa Questionáveis

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 Nota: Este artigo é sobre Práticas de Pesquisa Questionáveis. Para a sigla do código Q internacional, veja QRP.

Práticas de Pesquisa Questionáveis,[1] do inglês Questionable Research Practices (QRPs) são práticas adotadas por pesquisadores que podem prejudicar a validade dos resultados encontrados,[2] tais como não relatar todas as variáveis dependentes; continuar coletando dados extras até que os resultados estatísticos se tornem significativos; excluir dados que reduzem o valor da estatística de teste ou arredondar os valores de ;[3] omitir novos resultados que colocariam em xeque descobertas anteriores, fabricar, falsificar ou adulterar dados que favoreçam suas publicações;[4] não compartilhar as fontes; entre outras.[1] A prática de usar QRPs com o objetivo de obter um efeito estatisticamente significativo é referida como "p-hacking".[3]

Uma revisão sistemática apontou que cerca de 34% dos pesquisadores estrangeiros admitem já ter usado práticas de pesquisa questionáveis e 72% disseram já ter testemunhado algum outro pesquisador adotando tais práticas. A pressão por novas publicações ou produção continua de artigos científicos foi apontada como a principal explicação para a adoção destas práticas.[4]

Referências

  1. a b Gomez, M. N. G. de.; Jesus, E. M. F de.; Menezes, V. S. de. Integridade da pesquisa, ética da ciência e Regimes de informação: Relatório 1. Rio de Janeiro: UFF, 2015, p. 10.
  2. Caroline Watt. Parapsychology. Oneworld Publications, 2016 - 224 páginas, p. 221.
  3. a b Flore, P. C.; Wicherts, J. M. (2015). «Does stereotype threat influence performance of girls in stereotyped domains? A meta-analysis» (PDF). Journal of School Psychology. 53 (1): 25-44. doi:10.1016/j.jsp.2014.10.002 
  4. a b Cientistas admitem omissão em artigos, diz estudo (04 Junho 2009 ). Estadão. Consultado em 14 de novembro de 2017.


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