Quem é Beta?
Quem é Beta? É um filme longa-metragem franco-brasileiro de ficção científica dirigido por Nelson Pereira dos Santos em 1972, filmado em 35mm com duração de 92 minutos, classificação 12 anos.
Quem é Beta? | |
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Brasil • França 1972 • colorido • 92 min | |
Gênero | drama, ficção científica |
Direção | Nelson Pereira dos Santos |
Produção | Regina Filmes e Dhalia Film |
Roteiro | Nelson Pereira dos Santos |
Diretor de fotografia | Dib Lutfi |
Idioma | português |
Sinopse
editarEm uma sociedade humana devastada por um desastre, um casal sobrevive eliminando a tiros os infectados, humanoides semelhantes aos zumbis, buscando razões para viver e assistindo a memórias do passado projetadas em 16 mm em um “mentalizador de memórias”. Nesse contexto da rotina, surge Beta, mulher de mistérios que sacode a dinâmica desse casal e contribui ainda mais para um embaralho da tênue linha narrativa deste filme distópico de ficção científica.[carece de fontes]
Produção
editarApós o recente lançamento de “Como Era Gostoso o Meu Francês" de 1971, filme de grande repercussão, dirige também o "Quem é Beta?” filme que a bem a verdade é pouco conhecido sendo inclusive reafirmado pelo seu criador em entrevistas.[1] A filmagem posta para exibição com nomes relevantes no elenco diminuto teve pouca adesão, numa trama inusitada e vista como “sem pé nem cabeça” para alguns fez com que as bilheterias pouco dessem retorno e contribuíram para essa marginalização da obra.[carece de fontes]
Fazendo parte de uma das fases do Cinema Novo, essas novas empreitadas dos anos 1970 são revistas como consequência da sociedade do pós-64 com a violência, repressão e censura, resultando em produções de estilos “peculiares”, expressões metafóricas com falas indiretas, linguagens alegóricas. Com inspirações em um conto, o último artilheiro, do livro de Levy Pereira de Menezes, O terceiro planeta, em Quem é beta? após esse cataclismo o que sobressai foram desorientações, a perplexidade e o desconforto com a realidade, mesmo que experimentada numa parábola filosófica com artificio do cinema em si próprio, e tempo (dentro e fora desse universo).[2]
Elenco
editarFrédéric de Pasquale (Maurício), Sylvie Fennec (Beta), Regina Rosemburgo (Regina), Isabel Ribeiro, Arduíno Colasanti, Domini Rhule, Luiz Carlos Lacerda, Ana Maria Magalhães.
Indicações
editar- Quinzena dos Realizadores: Junto à Como Era Gostoso o Meu Francês e Memórias do Cárcere fazem o trio de longa-metragens indicados às mostras paralelas do Festival de Cannes.
Referências
- ↑ Ramos, Paulo Roberto (abril de 2007). «Nelson Pereira dos Santos: resistência e esperança de um cinema». Estudos Avançados: 323–352. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/S0103-40142007000100026. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ DAVI, Tania Nunes. NELSON PEREIRA DOS SANTOS E O CINEMA BRASILEIRO: TRAJETÓRIAS DE LUTA E RENOVAÇÃO. UNIFUCAMP, São Paulo.
³Maria do Rosário Caetano em Revista de Cinema. “Representação brasileira em Cannes inclui documentários sobre Nelson Pereira dos Santos e cinemas de rua do Recife” in> https://revistadecinema.com.br/2023/05/representacao-brasileira-em-cannes-inclui-documentarios-sobre-nelson-pereira-dos-santos-e-cinemas-de-rua-do-recife/