Rapid prompting method

Rapid prompting method (RPM) é uma técnica pseudocientífica conhecida por tentar auxiliar a comunicação de autistas ou outras deficiências para se comunicar escrevendo, apontando ou escrevendo. Também é conhecida pelo termo Spelling to Communicate[1][2] e está altamente relacionada a técnica de comunicação facilitada, cientificamente desacreditada.[3][4][5][6] Os defensores do RPM não conseguiram avaliar a autoria das mensagens com base em metodologias científicas simples e diretas, e afirmam que fazer isso seria estigmatizante. Alguns autores também alegaram que permitir críticas científicas à técnica privaria autistas do direito de se comunicar.[2][7][8][9] Organizações como a American Speech-Language-Hearing Association se opõem à prática do RPM.[10]

A autoria da RPM é creditada à Soma Mukhopadhyay, embora outras pessoas tenham criados técnicas semelhantes.[3] Profissionais e familiares que usam RPM relatam habilidades de alfabetização inesperadas em seus clientes,[2] bem como uma redução em alguns dos problemas comportamentais associados ao autismo. Stuart Vyse afirma que embora o RPM seja diferente da comunicação facilitada em alguns aspectos, há o mesmo problema de sugestões do facilitador.[8]

Os críticos alertam que o excesso de confiança do RPM nas incitações (sugestões verbais e físicas dos facilitadores) pode inibir o desenvolvimento da comunicação independente em sua população-alvo.[11] Em abril de 2017, foi conduzido um estudo para tentar investigar a eficácia da RPM, mas o estudo tinha sérias falhas metodológicas.[11][12] Vyse notou que ao invés de proponentes do RPM sujeitarem a técnica à prova, eles respondem às críticas com ofensas. Em 2019, uma revisão de literatura concluiu que a técnica não deve ser utilizada por profissionais da educação e saúde.[13][14]

Referências

  1. Clayton, Renee. «A boy with autism learns life-changing communication skills». Stuff.NZ. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  2. a b c Tostanoski, Amy; Lang, Russell; Raulston, Tracy; Carnett, Amarie; Davis, Tonya (Agosto de 2014). «Voices from the past: Comparing the rapid prompting method and facilitated communication». Developmental Neurorehabilitation. 17 (4): 219–223. PMID 24102487. doi:10.3109/17518423.2012.749952 
  3. a b Todd, James (2013). «Rapid Prompting». Encyclopedia of Autism Spectrum Disorders. [S.l.: s.n.] pp. 2497–2503. ISBN 978-1-4419-1697-6. doi:10.1007/978-1-4419-1698-3_1896 
  4. Lilienfeld; et al. «Why debunked autism treatment fads persist». Science Daily. Emory University. Consultado em 10 de novembro de 2015 
  5. Facilitated Communication: Sifting the Psychological Wheat from the Chaff. American Psychological Association. June 13, 2016.
  6. Todd, James T. (13 de julho de 2012). «The moral obligation to be empirical: Comments on Boynton's 'Facilitated Communication - what harm it can do: Confessions of a former facilitator'». Evidence-Based Communication Assessment and Intervention. 6 (1): 36–57. doi:10.1080/17489539.2012.704738 
  7. Chandler, Michael Alison (1 de março de 2017). «The key to unlock their autistic son's voice». The Washington Post. Washington, D.C. p. A.1. Consultado em 14 de abril de 2017 
  8. a b Vyse, Stuart. «Autism Wars: Science Strikes Back». Center for Inquiry. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  9. Beach, Patrick (20 de janeiro de 2008). «Understanding Tito». Austin Statesman. Austin, Texas. p. J.1 
  10. Association (ASHA), American Speech-Language-Hearing (2018). «Rapid Prompting Method». American Speech-Language-Hearing Association (em inglês). Consultado em 7 de julho de 2019 
  11. a b Lang, Russell; Harbison Tostanoski, Amy; Travers, Jason; Todd, James (Janeiro de 2014). «The only study investigating the rapid prompting method has serious methodological flaws but data suggest the most likely outcome is prompt dependency». Evidence-Based Communication Assessment and Intervention. 8 (1): 40–48. doi:10.1080/17489539.2014.955260. Consultado em 9 de abril de 2017 
  12. Hemsley, Bronwyn (11 de dezembro de 2016). «Evidence does not support the use of Rapid Prompting Method (RPM) as an intervention for students with autism spectrum disorder and further primary research is not justified». Evidence-Based Communication Assessment and Intervention. 10 (3–4): 122–130. doi:10.1080/17489539.2016.1265639. hdl:1959.13/1327023 
  13. Schlosser, Ralf; Hemsley, Bronwyn; Shane, Howard; Todd, James; Lang, Russell; Lilienfeld, Scott; Trembath, David; Mostert, Mark; Fong, Seraphine; Odom, Samuel (2019). «Rapid prompting method and autism spectrum disorder: Systematic review exposes lack of evidence». Review Journal of Autism and Developmental Disorders. 6 (4): 403–412. doi:10.1007/s40489-019-00175-w 
  14. Zeliadt, Nicholette (15 de agosto de 2019). «Analysis finds no evidence for popular autism communication method». Spectrum | Autism Research News. Consultado em 15 de agosto de 2019