O remo paralímpico (ou remo adaptativo; em inglês pararowing) é uma categoria de remo para pessoas com deficiência física, visual ou intelectual.

Oksana Masters e Rob Jones, da equipe estadunidense, na final da categoria mixed sculls (TA 2x) nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Os remadores se fixam aos assentos com sistema especial.

História

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Em 1913, as atividades de remo para pessoas com deficiência (PCDs) foi iniciado pelo diretor da instituição de ensino <Worcester College for the Blind, George Clifford Brown, no Reino Unido.[1] O diretor incentivou os alunos com perda de visão a participarem de esportes nos quais seriam capazes de competir em nível de igualdade com os jogadores com visão, e fazê-lo sem modificações. Outras organizações dedicadas à reabilitação de pessoas com deficiência visual iniciaram clubes de remo pouco depois, em 1915. As competições de remo com remadores cegos se iniciaram com um evento em 1914 entre os remadores do Worcester College e os Old Boys em uma corrida, com um outro evento entre o Worcester College e os Worcester Boy Scouts no mesmo ano.[1]

Em outubro de 1945, soldados veteranos da Marinha, dos Fuzileiros Navais e do Exércido dos Estados Unidos que ficaram cegos durante a Segunda Guerra Mundial, participaram da Regata do Dia da Marinha no rio Schuylkill, na cidade da Filadélfia. Alguns consideram este evento como um pontapé inicial que despertou o interesse internacional pelo remo paralímpico.[1]

Categorias

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De acordo com as regras da Federação Internacional de Sociedades de Remo, existem três categorias para remadores adaptativos:

PR3 (anteriormente LTA – Pernas, Tronco, Braços, do inglês, Leg, Trunk and Arms)
Pessoa com uso de pelo menos uma perna, tronco e braços. Também para pessoas com deficiência visual e intelectual. Remo com barcos padrão e assentos deslizantes.
PR2 (anteriormente TA – Tronco e Braços)
Pessoa com uso apenas dos músculos do tronco. O barco possui assento fixo.
PR1 (anteriormente AS – Braços e Ombros, do inglês, Arms and Shouder)
Pessoa com ontrole de tronco limitado. O barco possui assento fixo e o remador é fixado pela parte superior do peito para permitir apenas movimentos de ombros e braços.

Eventos

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Nos Campeonatos Mundiais da FISA existem agora 9[2] eventos oficiais (é usada a nomenclatura padrão).

Adaptive Rowing Events
Tipo de barco Número de assentos Gênero Coxswain/Timoneiro Classe Notação FISA
Scull 1 Masculino Não PR1 PR1 M1x
Scull 1 Feminino Não PR1 PR1 W1x
Scull 1 Masculino Não PR2 PR2 M1x
Scull 1 Feminino Não PR2 PR2 W1x
Scull 2 Misto Não PR2 PR2 Mix2x
Scull 2 Misto Não PR3 PR3 Mix2x
Sweep 2 Masculino Não PR3 PR3 M2-
Sweep 2 Feminino Não PR3 PR3 W2-
Sweep 4 Mixed Sim PR3 PR3 Mix4+

As corridas eram realizadas em uma distância de 1.000 metros (em vez dos 2.000 metros padrão), mas a partir de 2017 a distância foi alterada para os 2.000 metros padrão.[3] Nos eventos mistos, metade da tripulação deve ser masculina e a outra metade feminina (o timoneiro, coxswain, pode ser de qualquer gênero e pode ser fisicamente capaz). As embarcações individuais para a categoria PR1 devem ter flutuadores estabilizadores anexados aos suportes.

Referências

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  1. a b c «A Short History of Para-Rowing» (PDF). FISA. Consultado em 20 de outubro de 2022. Arquivado do original (PDF) em 19 de abril de 2022 
  2. «Rules of Racing» (PDF). FISA. Janeiro de 2018. Consultado em 31 de janeiro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 7 de outubro de 2018 
  3. «Summary of proposed changes to the FISA Rules of Racing, related Bye-Laws and Event Regulations» (PDF). FISA. Consultado em 13 de fevereiro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 13 de fevereiro de 2017 

Ligações externas

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