Richard Baker

Político inglês

Richard Baker (c. Sissinghurst, Kent, 1568 — Prisão de Fleet, Londres, 18 de fevereiro de 1645) foi um político inglês, historiador e escritor sobre religião, autor da Crônica dos Reis da Inglaterra e de outras obras.

Richard Baker
Nascimento 1568
Kent
Morte 18 de fevereiro de 1645 (76–77 anos)
Prisão de Fleet
Cidadania Reino Unido
Progenitores
  • John Baker
  • Catherine Scott
Ocupação historiador, político, escritor, teólogo
Prêmios
Religião calvinismo, puritanismo

Carreira editar

Baker frequentou o Hart Hall (mais tarde Hertford College), da Universidade de Oxford, como um plebeu em 1584. Deixou a universidade sem se formar e estudou Direito em Londres. Sua educação foi completada por uma turnê no exterior, que se estendeu até a Polônia. Em 4 de julho de 1594 a universidade conferiu-lhe, por decreto, o grau de Mestre de Artes. Em 1593 foi eleito parlamentar por Arundel e em 1597 foi para o parlamento como representante de East Grinstead, candidato de Lorde Buckhurst, seu tio.[1][2]

Em 1603 foi nomeado cavaleiro por Jaime I em Theobalds Palace. Nesse período Baker residia em Highgate. Em 1620 foi nomeado High Sheriff de Oxfordshire, onde era proprietário da mansão de Middle Aston.[1][2]

Ao se responsabilizar por algumas dívidas da família de sua esposa, Baker foi reduzido a grande pobreza, no que resultou a perda de sua propriedade em Oxfordshire em 1625. Sem quaisquer recursos, ele se refugiou na prisão de Fleet em 1635 e ainda estava em confinamento quando morreu em 18 de fevereiro de 1645. Foi sepultado na igreja de Santa Brígida, na Fleet Street, Londres.[1][2]

Casamento e filhos editar

Aproximadamente em 1600 Baker casou-se com Margaret Mainwaring (morta em 1654),[3] filha do parlamentar George Mainwaring de Ightfield, Shropshire, com quem teve três filhos e quatro filhas:

  • Thomas Baker, nascido em 1602, casou em 9 de abril em St Mary na paróquia de Lambeth, com Frances Wilford, filha de Thomas Wilford de Ileden, Kent e de Elizabeth Sandys. Eles tiveram oito filhos[4]
  • Mainwaring, nascido em 1603.
  • Arthur (morto em 1644), advogado.
  • Anne, nascida em 1607.
  • Margaret.
  • Cecily.
  • Frances, casou-se em 18 de outubro de 1645 em Santa e Santa Inês, Londres, com Robert Smith, cidadão e alfaiate de Londres. Diz-se que Smith queimou um manuscrito da vida de Baker.[2]

Obras editar

Durante sua prisão, Baker ocupou seu tempo escrevendo textos. Sua principal obra é a Crônica dos Reis da Inglaterra desde a época do governo dos romanos até a morte do rei Jaime (1643 e muitas edições posteriores). Foi traduzida para o holandês em 1649 e foi continuada até 1658 por Edward Phillips, sobrinho de John Milton, que se tornou um forte realista. Durante muitos anos a Crônica foi extremamente popular, mas devido a inúmeras imprecisões seu valor histórico é muito questionável.[1][2]

Outros escritos:[1][2]

  • Cato Variegatus or Catoes Morall Distichs, Translated and Paraphrased by Sir Richard Baker, Knight (Londres, 1636)
  • Meditations on the Lord's Prayer (1637)
  • Translation of New Epistles by Moonsieur D'Balzac (1638)
  • Apologie for Laymen's Writing in Divinity, with a Short Meditation upon the Fall of Lucifer (1641)
  • Motives for Prayer upon the seaven dayes of ye weeke (1642)
  • uma tradução do Discourses upon Cornelius Tacitus de Virgilio Malvezzi (1642)
  • Theatrum Redivivum, or The Theatre Vindicated, a reply to the Histrio-Mastix of William Prynne (1642).

Baker escreveu também Meditations upon several of the psalms of David, que foram coletados e editados por Alexander Balloch Grosart (Londres, 1882).

Notas

  1. a b c d e Chisholm, Hugh;. «Baker, Sir Benjamin». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. 227 páginas 
  2. a b c d e f Sidney Lee. «Baker, Richard (1568-1645)». Dictionary of National Biography, 1885-1900 (em inglês). 3. Londres. pp. 14–16 
  3. Testamento de Dama Margaret Baker, viúva, Cidade de Londres, 9 de fevereiro de 1654
  4. "The Oxinden Letters 1607–1642", Editado com Notas e uma Introdução por Dorothy Gardiner, publicado por London Constable and Co ltd 1933, p.223-24.

Referências