Lerje ou Larje (em sueco: Lärjeån) é um rio, e um dos maiores afluentes do Gota, situado a nordeste do município de Gotemburgo e oeste de Lerum, no condado da Gotalândia Ocidental, na Suécia.[1] Nasce ao norte da área urbana de Grebo, no lago Garde. Flui por um vale homógrafo (em sueco: Lärjeåns dalgång),[2] ao longo do qual passa por 2 lagos, o Grande e Pequeno Löv,[3] e deságua no Gota, na várzea do Lerje (Lärjeholm).[4] Tem extensão de 32 quilômetros[5] e bacia hidrográfica de 119 quilômetros quadrados.[6] Possui 19 riachos afluentes, com os quais soma extensão de 330 quilômetros.[4] O Lerje produz água emergencial a Gotemburgo e o município financia programas educativos.[7] A pesca é permitida entre os meses de março e setembro sob licença.[2]

Lerje
Rio de Lerje
Comprimento 32 km
Nascente Lago Garde
Foz rio Gota, perto da Várzea do Lerje
Área da bacia 119 km²
País(es)  Suécia

Etimologia

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De acordo com especialistas, o hidrônimo Lärjeån significa, literalmente, "rio lamacento".[4]

História

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O vale está no fundo de grande estuário que existia após a Era do Gelo. Quando a camada de gelo derreteu, a superfície terrestre subiu e o rio foi cavado em meio a lama, formando sua paisagem de ravinas. O solo argiloso no vale causou muitos deslizamentos de terra, um dos quais ocorrido em 1730 perto da fazenda de Angerede. Ainda hoje ocorrem deslizamentos ao longo do rio. O Larje já foi usado para operar usinas e próximo a sua várzea há os restos de um antigo moinho e uma ponte de pedra.[2]

Vale do Lerje

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Campos agrícolas no Larje

Seu vale está incluído na rede Natura 2000 que monitora e promove ações visando deter a erradicação de espécimes e habitats em países da União Europeia.[8] Atividades econômicas desenvolvidas na região anualmente despejam no Gota, através do Lerje, 8 e 89 toneladas de fósforo e nitrogênio respectivamente.[9] O principal objetivo do Natura 2000 é manter e restaurar áreas reprodutivas valiosas para salmões e trutas, a população de mexilhões-de-rio e a floresta. O maior afluxo d'água provém da Montanha Vetle, ao norte do rio, onde a maioria dos lagos e grandes zonas naturais estão situadas. A Vetle também está incluída no Natura 2000 com intuito de preservar o habitat do tetraz-grande, mocho-pigmeu, Aegolius funereus e tetraz-negro.[4] Larje também abriga pica-paus, vespeiros-europeus e pombos-bravos, que nidificam ali.[2]

O vale tem um paisagem variada de ravinas com vastos campos e colinas, bem como florestas de árvores caducas (ulmo, freixo e carvalho) e clareiras abertas para pastagem de animais. No vale também crescem silenes e mercuriais e perto de Angerede há o maior bosque de aveleiros do município.[2] Entre Grebo e Angerede, o rio flui por extensa área agrícola, e de Angerede e zonas a oeste, o vale é usado como área residencial e comercial. Na jusante de Ytterstad há uma área de grande interesse geocientífico, com uma paisagem de desfiladeiro pela qual a água se arrasta. As encostas de praia em alguns lugares têm mais de 20 metros de altura. Segundo relatórios da Natura 2000, o estado ecológico da área de captação é classificado como moderado, ao passo que a área de drenagem é básica na parte inferior e ácida na parte superior.[10]

Referências

  1. GAV 2015, p. 25; 37.
  2. a b c d e GS 2016.
  3. AS 1985, p. 87.
  4. a b c d GAV 2015, p. 34.
  5. VISS 2012.
  6. GAV 2015, p. 27; 34.
  7. GAV 2015, p. 35; 113.
  8. GAV 2015, p. 25.
  9. GAV 2015, p. 12.
  10. GAV 2015, p. 35.

Bibliografia

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  • Arkeologi i Sverige. Estocolmo: Riksantikvarieämbetet och statens historiska museer. 1985 
  • «Lärjeåns dalgång» (PDF) (em sueco). Göteborgs Stad: Park- och naturförvaltningen (Município de Gotemburgo: Administração municipal dos parques e espaços naturais). 2016