Bamboxê Obitikô
sacerdote do candomblé
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Rodolfo Martins de Andrade ou Bamboxê Obiticô (Bámgbóṣé Obítikó; Oió+/-1820 - ) era um babalaô africano.[1][2][3][4][5][6]
Bamboxê Obitikô | |
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Nascimento | 1820 Império de Oió |
Morte | 1904 (83–84 anos) Salvador |
Batizado | 26 de dezembro de 1850 |
Cidadania | Império de Oió |
Ocupação | Babalaô, sacerdote |
Religião | Candomblé |
Família
editarEm virtude de suas idas e vindas deixou filhos tanto no Brasil como na África, todos de mães diferentes. Segundo informações de familiares, sua filha mais velha foi Maria Julia Martins Andrade que se casou com Antonio Américo de Souza e passou a se chamar Maria Julia Andrade Sowzer, esta teve um filho nascido em Lagos de nome Felisberto Sowzer.[7]
Cronologia
editar- Final da década de 1830 - Oió adentra a Bahia. Vindo do Império de Oió, chega à Bahia o sacerdote de Xangô e babalaô nigeriano Bamboxê Obiticô, trazendo em seu ori o fundamento do adòsú.[8]
- Em 26 de setembro de 1878 desembarcou na Bahia Eliseu do Bonfim que retornava de uma viagem de quatro meses vindo de Lagos no patacho Garibaldi. Nesse mesmo navio veio um africano de nome Rodolfo Martins.[9]
- Em 29 de junho de 1884, Iá Nassô e o velho Bamboxê Abiticô moravam na rua dos Capitães, eram velhos amigos contemporâneos, que veio da África a convite da Obá Tossi Asipá Marcelina da Silva, fizeram a iniciação de Eugênia Ana dos Santos que mais tarde veio a ser a fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá.[10]
Referências
- ↑ Escravidão e suas sobras, Por João José Reis, Elciene Azevedo, Edufba, Salvador 2012, p.66
- ↑ Rodolfo Martins de Andrade
- ↑ Câmara faz homenagem a Pai Air, herdeiro da família Bamboxê
- ↑ Escravidão e suas sombras, Por João José Reis, Elciene Azevedo, SCIELO - EDUFBA, pg.78 ISBN 9788523211882
- ↑ Artigo originalmente publicado em:CASTILLO, L .E. In: Jesus, A.J.S. & Junior, V.C.S. (orgs.). Minha Vida é Orixá. Salvador: Ifá Editora, 2011. p. 55-81.
- ↑ Bamboxê Obitikô e a expansão do culto aos orixás (século XIX): uma rede religiosa afroatlântica, Por: Lisa Earl Castillo
- ↑ Escravidão e suas sombras, Por João José Reis, Elciene Azevedo, Edufba, Salvador 2012, p.97
- ↑ Rodolfo Martins de Andrade, Oió adentra a Bahia
- ↑ Escravidão e suas sombras, Por João José Reis, Elciene Azevedo, Edufba, Salvador 2012, p.78
- ↑ Orí apéré ó: o ritual das águas de Oxalá, Por Maria das Graças de Santana Rodrigué, Selo Negro, São Paulo 2001, p.45