Nota: Se procura o grupo étnico cigano, consulte sinti.

Os síntios (em grego: Σίντιες), "Saqueadores", do grego antigo sinteis, "destrutivo"[1]) ou sínticos eram os membros de uma tribo conhecida pelos antigos gregos como piratas e saqueadores;[2] alguns autores descreveram-nos como um povo trácio[3] que havia habitado a região da atual província de Síntice, na Grécia, e a ilha de Lemnos (já que Sintêïs é um nome antigo de Lemnos).

Localização aproximada dos síntios

Os síntios, que veneravam Hefesto, foram mencionados por Homero, na Ilíada,[4] como o povo que cuidou do deus em Lemnos depois que ele despencou dos céus para a terra;[5] os síntios "de fala selvagem" (agriophonoi) também são mencionados na Odisseia;[6] na tradição relatada por Homero, acredita-se que, devido à sua fala incompreensível, faziam parte dos povos não-helênicos que habitavam a região do mar Egeu.[7] O fato dos síntios não pedirem ao deus por nada em troca de seu culto indicaria que eles seriam aqueles que, no mito pré-homérico, resgataram o deus.[8]

Referências

  1. Também citados como Sinthi, Sintii, Synthi: Estrabão dá diversas variantes de seu nome, x.20.17, xii.3.20.
  2. "Belicosos", para Anacreonte (fr. eleg. West 3), que havia passado algum tempo na Trácia, frequentemente referenciados em sua poesia (Onofrio Vox, "I Sinti in Anacreonte", Hermes 122.1 (1994:116-118).
  3. J. Wiesner, Die Thraker (Stuttgart, 1963:13ff).
  4. 1.594 e 18.394. (em inglês)
  5. Para duas representações deste elemento do mito, veja Hefesto.
  6. 8.294 (em inglês)
  7. "Hephaistos is most at home among the Sintians of Lemnos, who do not even speak Greek," observa Guy Hedreen em "The Return of Hephaistos, Dionysiac Processional Ritual and the Creation of a Visual Narrative", The Journal of Hellenic Studies 124 (2004:38-64) p. 39.
  8. Braswell, Bruce Karl. "Mythological Innovation in the Iliad", The Classical Quarterly, New Series, 21.1 (maio de 1971:16-26) p. 20.