O sistema de Gante ou sistema de Ghent é o nome dado em alguns países a um arranjo em que a principal responsabilidade pelos pagamentos da seguridade social, especialmente os subsídios de desemprego, é detida pelos sindicatos, e não por uma agência governamental. O sistema leva o nome da cidade de Gante, na Bélgica, onde foi implementado pela primeira vez.[1][2]

É a forma predominante de subsídio de desemprego na Dinamarca, Finlândia, Islândia e Suécia. Atualmente, a Bélgica possui um sistema híbrido ou “quase-Gante”, no qual o governo também desempenha um papel significativo na distribuição de benefícios. Em todos esses países, os fundos de desemprego detidos por sindicatos ou federações laborais são regulamentados e/ou parcialmente subsidiados pelo governo nacional em questão.[1]

Como os trabalhadores, em muitos casos, precisam pertencer a um sindicato para receberem benefícios, a filiação sindical tende a ser maior em países com o sistema de Gante. Além disso, o subsídio estatal é um montante fixo, mas os benefícios dos fundos de desemprego dependem de rendimentos anteriores.[1]

Ícone de esboço Este artigo sobre política ou um(a) cientista político(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Referências

  1. a b c Kjellberg, Anders and Ibsen, Christian Lyhne (2016) "Attacks on union organizing: Reversible and irreversible changes to the Ghent-systems in Sweden and Denmark" in Trine Pernille Larsen and Anna Ilsøe (eds.)(2016) Den Danske Model set udefra (The Danish Model Inside Out) - komparative perspektiver på dansk arbejdsmarkedsregulering, Copenhagen: Jurist- og Økonomforbundets Forlag, p. 287
  2. Anders Kjellberg (2011) "The Decline in Swedish Union Density since 2007" Nordic Journal of Working Life Studies (NJWLS) Vol. 1. No 1 (August 2011), pp. 67-93