Sofiologia (do grego Σοφία "Sabedoria") (em russo София) é um conceito filosófico relativo à Sofia (Sabedoria), bem como um conceito teológico referente à Sabedoria de Deus. A sofiologia possui suas origens na tradição helênica, no platonismo, no gnosticismo, na patrística;[1] suas derivações no misticismo cristão (Hildegard de Bingen (1098-1179), Jakob Böhme (1575–1624), Jane Leade (1624-1704)), no cristianismo esotérico (Rosacrucianismo), Igreja Ortodoxa. É principalmente a partir da influência böhmenista que reaparece em Franz von Baader e Friedrich Schelling e, muito inspirados por estes e pela patrística, nos teólogos russos dos séculos XIX e XX (Sergei Bulgakov através da influência de Vladimir Solovyov, Nicolas Berdiaev),[1][2] na espiritualidade da Nova Era, bem como no feminismo contemporâneo. Alguns vêem Sophia como uma divindade por si só. Alguns interpretam-na como representando a Noiva de Cristo, outros como o aspecto feminino de Deus que representa a sabedoria (Provérbios 8[3] e 9).

Iconografia Russa, Sophia, a Sagrada Sabedoria, 1812.

Ver também editar

Referências

  1. a b Plested, Marcus (12 de maio de 2022). Wisdom in Christian Tradition: The Patristic Roots of Modern Russian Sophiology (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  2. Foltz, Bruce V. (9 de dezembro de 2011). «Sophia, Sophiology». In: Kurian, George Thomas. The Encyclopedia of Christian Civilization (em inglês) 1 ed. [S.l.]: Wiley 
  3. Por exemplo, do versículo 22 ao 31: 22.Iahweh me criou, primícias de sua obra, de seus feitos mais antigos. 23.Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes da origem da terra. 24.Quando os abismos não existiam, eu fui gerada, quando não existiam, os mananciais das águas. 25.Antes que as montanhas fossem implantadas, antes das colinas, eu fui gerada; 26.ele ainda não havia feito a terra e a erva, nem os primeiros elementos do mundo. 27.Quando firmava os céus, lá estava eu, quando traçava a abóboda sobre a face do abismo; 28.quando condensava as nuvens no alto, quando se enchiam as fontes do abismo; 29.quando punha um limite ao mar: e as águas não ultrapassavam o seu mandamento, quando assentava os fundamentos da terra. 30.eu estava junto com ele como mestre-de-obra, eu era o seu encanto todos os dias, todo o tempo brincava em sua presença: 31. brincava na superfície da tera, encontrava minhas delícias entre os homens. - extraído da Bíblia de Jerusalém.

Ligações externas editar

Iconografia e Imagens de Sophia (Sabedoria Divina) editar

Filme editar

Textos e ensaios relativos à Sophia editar

Textos relativos à sofiologia editar

BADIA, Denis Domeneghetti e PAULA CARVALHO, José Carlos de. Pessoa, Grupos e Comunidade: o personalismo ontológico de N. Berdiaev, suas ampliações na antropologia hermenêutica e na educação fática. São Paulo: Plêiade, 2002.