Soneto 17
Soneto 17 |
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Who will believe my verse in time to come, |
–William Shakespeare |
Soneto 17 é um dos 154 sonetos de William Shakespeare. É o último de seus "sonetos de procriação", aqueles em que ele insiste que o jovem destinatário tenha um filho.
Sinopse
editarShakespeare insiste que suas comparações, mesmo que não sejam tão fortes, não são exageros. Shakespeare vai mais longe ao dizer que seu verso é um "túmulo" que esconde a metade de sua beleza. Shakespeare argumenta que as descrições de fato, não são fortes o suficiente, e eles não fazem justiça à beleza do homem. ("Se eu pudesse escrever a beleza dos seus olhos,/"). O soneto termina com uma noção comum que o jovem deve ter um filho, ele deve viver tanto na criança e no verso do poeta.
Tal como no Soneto 130, Shakespeare mostra-se novamente para ser completamente consciente e hesitante em termos de extravagância e proclamações floridas de beleza. Sua exposição radiante de juros é defendido por muitos como um sinal da homossexualidade em Shakespeare (Ver Sexualidade de William Shakespeare).
Traduções
editarNa tradução de Thereza Christina Roque da Motta,
- Quem crerá em meu verso no futuro,
- Se for tomado por teu completo abandono?
- E Deus sabe que tua vida se transformou em tumba,
- Sem deixar entrever sequer a metade de teu ser.
- Se eu pudesse descrever a beleza de teus olhos,
- E enumerar infinitamente todos os teus dons,
- O futuro diria, este poeta mente,
- Tanta graça divina jamais existiu em um ser.
- Podem os papéis amarelados em que escrevo
- Serem desprezados como velhos falastrões,
- E tuas verdades poriam fim à ira deste poeta,
- E prolongariam o som de uma antiga canção:
- Mas, se um filho teu vivesse, então,
- Viverias duas vezes – nele e em meu canto.[1]
Referências
editar- ↑ Thereza Christina Rocque da Motta (tradutora), SHAKESPEARE, William. 154 Sonetos. Em Comemoração Aos 400 Anos Da 1ª Edição 1609-2009. Editora Ibis Libris, 1ª edição, 2009. ISBN 8578230264
- Alden, Raymond. The Sonnets of Shakespeare, with Variorum Reading and Commentary. Boston: Houghton-Mifflin, 1916.
- Baldwin, T. W. On the Literary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
- Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
- Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
- Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.
- Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
- Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
- Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.
Ligações externas
editar- (em inglês) Análise do soneto