Synthol é um produto químico composto de óleo mineral que ganhou fama por ser injetado nos músculos com o objetivo de aumentar o seu tamanho ou mudar a sua forma. Quando aplicado, causa inchaço instantâneo por inflamar o local e é por isso usado para fins estéticos.[1] Ele é composto por 85% de óleo, 7,5% de lidocaína e 7,5% de álcool benzílico.[2]

Alguns fisiculturistas, principalmente no nível profissional, injetam em seus músculos essas misturas para imitar a aparência do músculo desenvolvido, onde poderia ser desproporcional ou ausente.[3] Isso é conhecido como "fluffing".

Não é considerado um esteróide anabolizante[4] (já que o usuário não fica mais forte, apenas seus músculos ficam inchados), por isso seu uso não é restrito ou proibido,[5][6] e, com isso, muitas marcas estão disponíveis na Internet.[7]

Origem editar

A palavra, deriva do inglês: synthe (tic) + -oil , ou seja, sintético + óleo = óleo sintético.

O Synthol surgiu na década de 1980 a partir de um esteroide italiano chamado Esiclene, que era usado como agente inflamatório para adicionar aumento temporário dos grupos musculares com menor desenvolvimento.[8]

Na década de 1990, o pesquisador alemão Chris Clark desenvolveu o Synthol a partir do Esiclene, mas que produzia efeitos muito mais duradouros no tamanho muscular.[8]

Danos Colaterais editar

O uso de Synthol para melhorar a aparência muscular é comum entre fisiculturistas, apesar do fato de ele poder causar embolias pulmonares, danos aos nervos, infecções, lipogranuloma esclerosante,[9] acidente vascular cerebral[2] e a formação de granulomas cheios de óleo, cistos ou úlceras no músculo.[10][11][12] Casos raros podem exigir intervenção cirúrgica para evitar maiores danos ao músculo e / ou para prevenir a perda de vidas.[13]

Referências

  1. uol.com.br/ Luta contra Hulk iraniano pode colocar em risco saúde de brasileiro
  2. a b Pupka A, Sikora J, Mauricz J, Cios D, Płonek T (2009). «[The usage of synthol in the body building]». Polimery W Medycynie (em polaco). 39 (1): 63–5. PMID 19580174 
  3. Jason P (31 de março de 2015). «Synthol Abuse in Bodybuilding». ProteinFart.com. Arquivado do original em 20 de janeiro de 2016 
  4. minhasaude.org/ Tudo sobre o Synthol
  5. «Synthol: The New Vice of Bodybuilding | The Sport Digest». thesportdigest.com. Consultado em 25 de agosto de 2020 
  6. «Which Body Building Substances Are Legal (and Illegal) in the US?». BodyPass.net | Expertise and Experience are combined in one Fitness portal (em inglês). 22 de julho de 2020. Consultado em 25 de agosto de 2020 
  7. Foggo D (13 de maio de 2007). «Bodybuilders puff up with 'Popeye the Sailorman' oil jab». Sunday Times. Consultado em 4 de março de 2011. Arquivado do original em 24 de maio de 2011 
  8. a b fanaticospormusculacao.com/ Synthol: O que é, Composição e Para que Serve?
  9. Schaefer N (2011). «Muscle enhancement using intramuscular injections of oil in bodybuilding: review on epidemiology, complications, clinical evaluation and treatment». European Surgery. 44 (2): 109–115. doi:10.1007/s10353-011-0033-z 
  10. Iversen L, Lemcke A, Bitsch M, Karlsmark T (2008). «Compression bandage as treatment for ulcers induced by intramuscular self-injection of paraffin oil». Acta Dermato-Venereologica. 89 (2): 196–7. PMID 19326015. doi:10.2340/00015555-0583 (inativo 11 de novembro de 2020) 
  11. Darsow U, Bruckbauer H, Worret WI, Hofmann H, Ring J (fevereiro de 2000). «Subcutaneous oleomas induced by self-injection of sesame seed oil for muscle augmentation». Journal of the American Academy of Dermatology. 42 (2 Pt 1): 292–4. PMID 10642691. doi:10.1016/S0190-9622(00)90144-0 
  12. Schäfer CN, Guldager H, Jørgensen HL (janeiro de 2011). «Multi-organ dysfunction in bodybuilding possibly caused by prolonged hypercalcemia due to multi-substance abuse: case report and review of literature». International Journal of Sports Medicine. 32 (1): 60–5. PMID 21072745. doi:10.1055/s-0030-1267200 
  13. Grenoble R (5 de maio de 2015). «Guy Who Wanted To Be A Real-Life Hulk Almost Had To Have Arms Amputated». Huffington Post. Consultado em 1 de dezembro de 2017