Tainada do lagostim

A tainada do lagostim é uma taina tradicional de Verão própria dos países nórdicos. A tradição é originária da Suécia, onde dá pelo nome de kräftskiva, tendo-se ulteriormente alargado à Finlândia, mercê da população sueco-falante que também lá habita.[1] Há tradições quejandas nos Países Bálticos, como sendo a Lituânia e a Letónia.

Tainada do Lagostim, em Häringe slott, Suécia, 1991.

As tainadas do lagostim soem de se fazer em Agosto, isto porque a tradição nasceu por virtude da pesca ao lagostim, durante o grosso do séc. XX, ter estado legalmente interdita até ao final do Verão.[2] Hoje em dia, a kräftpremiär (data de estreia dos primeiros lagostins do ano) nos princípios de Agosto, já não tem qualquer relevo legal. Costumam usar-se acessórios festivos, para esta ocasião, como sendo os chapéus de festa cónicos, toalhas de mesa de papel, lanternas de papel (tipicamente representando uma Lua com cara humana) e babetes. [2]

Lagostim cozido com endro

É comum servir aquavita (aguardente sueca), bem como outros tipos de licores espirituosos e bebidas brancas tradicionais, como os snaps, dando ansa a momentos de cavaqueira, em que se entoam cantigas tradicionais de bebida, as snapsvisa[3].[2] É considerado de bom tom chupar as cabeças dos lagostins, antes de os descascar.[4]

Os lagostins são cozidos em água salgada temperada com endro, de preferência depois de já florido, e servidos frios para se comerem à mão. Acompanham-nos à discrição pão, empadas de cogumelos, queijos tradicionais, como o de Västerbotten, saladas, bem como outros acepipes.[2]

Espanha editar

Há mais de 40 anos que, na localidade de Herrera de Pisuerga na província de Palência, se celebra o "Festival Nacional de Exaltación del Cangrejo de río", em honra do lagostim, crustáceo que sempre esteve muito ligado à gastronomia dessa zona. Desde 2011 que a referida localidade inclui nas festividades um "jantar à sueca" em que os celebrantes adoptam a tradição sueca de jantar na rua, à luz de lanternas de papel e velas, à guisa de uma kräftskiva.[5]

Referências

  1. «Finnish Crayfish Party». Finnguide. Consultado em 31 Janeiro 2006. Cópia arquivada em 10 Março 2006 
  2. a b c d Po Tidhom (2004). «The Crayfish Party». The Swedish Institute. Consultado em 29 Janeiro 2006. Cópia arquivada em 4 Fevereiro 2009 
  3. «Drinking song – Snapsvisa». archive.is. 3 de março de 2009. Consultado em 6 de dezembro de 2020 
  4. Christina Johansson Robinowitz & Lisa Werner Carr (2001). Modern-Day Vikings: A Practical Guide to Interacting with the Swedes. [S.l.]: Intercultural Press. p. 123. ISBN 1-877864-88-9 
  5. EL MUNDO. Periódico digital: Cangrejada al estilo sueco en el Festival de Herrera de Pisuerga