Tarpeia foi uma romana que traiu a cidadela aos sabinos e recebeu a morte como prêmio pela traição. Os eventos ocorreram entre o Rapto das Sabinas e a paz entre os romanos e os sabinos.

Tarpeia.

Após os romanos haverem derrotado, primeiro, os cenirenses, e depois, uma aliança de Fidenas, Crustumério e Antemnas,[1] os sabinos escolheram como seu comandante Tito Tácio, e marcharam contra Roma.[2]

A cidade era de acesso difícil, e eles precisavam conquistar uma fortaleza no local onde, na época de Plutarco, estava o Capitólio, e que tinha uma guarda, com Spurius Tarpeius (Tarpeio) como seu capitão.[2]

Tarpeia, filha de Terpeio, vendo que os sabinos levavam braçadeiras de ouro no braço esquerdo, propôs a Tácio trair a cidadela, caso recebesse dos sabinos o que eles levavam neste braço.[2]

Soldados atacando Tarpeia, friso da Basílica Emília (século I d.C.)

Tácio aceitou a proposta, e entrou à noite, quando ela abriu os portões.[3] Tácio, fiel à sua promessa, mas mostrando seu desprezo pela traição [Nota 1] cumpriu literalmente sua promessa, jogando sobre Tarpeia não só o bracelete como o escudo; os demais sabinos fizeram o mesmo, e mataram Tarpeia sob o impacto dos braceletes de ouro e enterrada pelos escudos.[4]

Posteriormente, Tarpeio foi processado por traição, por Rômulo.[5]

Plutarco menciona uma versão alternativa, pela qual Tarpeia seria filha de Tácio, e que vivia à força com Rômulo, tendo traído os romanos por ordem do pai.[5] Em outra versão, Tarpeia teria traído o Capitólio aos gauleses.[5]

O monte onde Tarpeia foi sepultada foi chamado com o seu nome, até que o rei Tarquínio, o Soberbo dedicou o lugar a Júpiter; a única lembrança do nome de Tarpeia na época de Plutarco era a Rocha Tarpeia, a partir da qual eram jogados os malfeitores.[6]

Notas e referências

Notas

  1. Plutarco cita uma frase de Antígono, que ele amava os homens que ofereciam a traição, mas odiava aquelas que tinham traído, e de César, que ele amava a traição mas odiava o traidor.

Referências

  1. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.1 [em linha]
  2. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.2
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.3
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.4
  5. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 17.5
  6. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Rômulo, 18.1
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