Um telescópio solar é um telescópio de propósito particular, usado para observar o Sol. Os telescópios solares geralmente detetam luz cujo comprimento de onda está no espectro visível ou nas suas proximidades.

Telescópio Solar Sueco no Observatório do Roque de los Muchachos, La Palma, Ilhas Canárias.

Telescópios solares profissionais

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Os telescopios solares necessitam de óticas suficientemente potentes para alcançar a melhor difração possível. Porém, não necessitam da potência de captação de luz de outros telescópios astronómicos. Devido aos telescópios solares serem operados durante o dia, mostrando uma imagem de um objeto astronómico muito brilhante, e à imposição do limite de visibilidade imposto pelas turbulências atmosféricas ser muito pior que o experimentado pelos telescópios noturnos, as objetivas deste tipo de telescópios são geralmente de 1 m ou menos de diâmetro. O calor gerado pela luz do Sol bem focada também gera um problema de desenho. Os observatórios solares profissionais podem ter elementos com distâncias focais muito grandes e a trajetória da luz pode manter-se numa ampola de vácuo para eliminar o movimento do ar devido à convecção dentro do mesmo telescópio.[1] Dado que tal faz com que o telescópio resulte relativamente pesado (alguns deles são os telescópios óticos mais pesados do mundo), e o objeto observado (o Sol) viajar num percurso fixo através do céu, os telescópios solares costumam ser fixos na sua posição (por vezes subterrânea) cuja única parte móvel é um helióstato que segue a trajetória do Sol. Estes telescopios utilizam técnicas de filtragem e de projeção para a observação direta, além de câmaras de filtragem de diversos tipos. As ferramentas especializadas tais como espectroscópios e espectroelioscópios são usadas para examinar o Sol em diferentes comprimentos de onda.[2]

Alguns telescópios solares

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Ver também

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Ligações externas

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Wikcionário

Referências

  1. Dalrymple (1 de abril de 2003). «Heat Stop Concepts» (PDF). ATST Technical Notes. Consultado em 4 de janeiro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 20 de julho de 2011 
  2. Stenflo, J. O. (2001). G. Mathys; S. K. Solanki; D. T. Wickramasinghe, eds. «Limitations and Opportunities for the Diagnostics of Solar and Stellar Magnetic Fields». San Francisco: Astronomical Society of the Pacific. ASP Conference Proceedings. Magnetic Fields Across the Hertzsprung-Russell Diagram. 248. 639 páginas. Bibcode:2001ASPC..248..639S