Teorema da extensão homomórfica única

Um Pequeno Lema

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Seja A um conjunto não vazio, X um subconjunto de A, F um conjunto de funções em A, e   o fecho indutivo de X sob F.

Seja B qualquer conjunto não vazio e seja G o conjunto de funçoes sobre o conjunto B, de forma que exista uma função   em G ,que associa com cada função f de aridade n em F a seguinte função   em G(G não pode ser uma bijeção).

Partindo deste lema podemos construir o conceito de Extensão Homomórfica Unica.

O Teorema

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Se   é livremente gerado por X e F , para cada função   existe uma única função   tal que:

       (1) ;
       Para toda função f de aridade n > 0, para para todo  
       (2) 
            
         
                    

Implicações

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As identidades vistas em (1) e (2) demonstram que   é um homomorfismo, chamado especificamente de Extensão Homomórfica Única de  . Para provar o teorema, dois requisitos devem ser satisfeitos: provar que a extensão( ) existe e é única (garantindo a ausência de bijeções).

Prova do Teorema da Extensão Homomórfica Unica

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Precisamos definir uma sequencia de funções   de forma indutiva , satisfazendo as condições (1) e (2) restritas a  . Para isso definimos   e dado   então   terá o seguinte grafo (lembre-se, estamos tratando um homomorfismo e portanto precisamos provar isso via grafos):

            com  

Primeiro devemos checar se o grafo realmente possui funcionalidade, já que   é livremente gerado, pelo pequeno lema temos que   quando  ,então preciamos apenas determinar a funcionalidade apenas para a primeira parte da união. Tendo que os elementos de G são funções(novamente, como definido pelo lema), a unica possibilidade de ter   e   para algum   é ter   para algum   e para alguns construtores   e   em  .

Já que   e   são disjuntos quando  isto implica que   e  . Sendo todo   em  ,nós temos que ter  .

Mas então temos   com  , mostrando funcionalidade.

Antes de continuar precisamos utilizar um novo lema que determine regras para funções parciais, ele pode ser escrito como:

 (3)Seja   uma sequencia parcial de funções   tal que  . Então,   é uma função parcial. [1]

Usando (3),   é uma função parcial. Já que  então   é total em  .

Indo além, é claro pela definição de   que   satisfaz (1) e (2). Para provar a unicidade de  , para qualquer outra função   que satifaça (1) e (2), basta usar uma indução simples que mostre que   e   servem para  , provando assim o Teorema da Extensão Homomórfica Unica.[2]

Exemplo de Caso Particular

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Podemos usar o teorema da extensão no calculo numérico de expressões sobre números inteiros. Primeiramente devemos definir o seguinte:

  onde  

Seja  

 

 

 

Seja   o fecho indutivo de   sob   e seja  

Seja  

 

 

 

Então   será uma função que calcula recursivamente o valor-verdade de uma proposição, e de certa forma, será uma extensão de função   que associa um valor verdade a cada proposição atômica,tal que:

(1) 


(2)  (Negação)

  (Operação E)

  (Operação OU)

  (Operação Se-Então)


Referências

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