Thamnodynastes hypoconia

O termo “carenada” no nome popular é por causa da quilha (saliência) ao longo das laterais do corpo. É uma espécie de pequeno porte, atingindo 70 cm de comprimento total, que possui o corpo bastante delgado (Giraudo, 2001). A cauda representa entre 20 a 29 % do comprimento total (Giraudo, 2001). Possui dentição opistoglifodonte(*) e sua peçonha causa um pequeno inchaço (edema) e dor no local da mordida (Achaval & Olmos, 2003; obs. pessoal). Quando ameaçada, costuma achatar o corpo dorso-ventralmente e desferir mordidas (Marques et al., 2001; Achaval & Olmos, 2003).

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCorredeira-carenada
[[Imagem:
Thamnodynastes hypoconia in Lençóis Maranhenses National Park - ZooKeys-246-051-g007-F
|280px|Thamnodynastes hypoconia]]
Thamnodynastes hypoconia
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpente
Família: Colubridae
Género: Thamnodynastes
Espécie: T. hypoconia

Hábito de vida editar

Noturno e semi-arborícola (muitas vezes pode ser encontrada em arvores)

Ecologia editar

Ocupa áreas abertas com vegetação baixa e possui hábito semi-arborícola, podendo ser encontrada sobre árvores baixas e arbustos (Marques et al., 2001; Achaval & Olmos, 2003). Possui atividade noturna e alimenta-se de anuros e lagartos (Marques et al., 2001).

Alimentação editar

A dieta de T. hypoconia é principalmente anurófaga, mas ocasionalmente, preda lagartos para compor sua dieta.

Reprodução editar

É vivípara (não põe ovos como a maioria das serpentes), com ninhadas compostas por 4 a 12 filhotes (Achaval & Olmos, 2003). O ciclo reprodutivo das fêmeas é sazonal, com vitelogênese secundária ocorrendo entre o inverno e a primavera. Os machos apresentaram ciclo contínuo. Aparentemente a cópula ocorre entre o final da primavera e o início do verão, quando foram detectados embriões nas fêmeas e a parturição ocorreu no verão.

Distribuição geográfica editar

Endêmica para a América do Sul, no qual ocorre no nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Franco, 1999, Giraudo, 2001). É uma serpente típica da Mata Atlântica e dos Pampas Gaúchos (campos naturais, ecossistema predominante no Rio Grande do Sul e países confrontantes que caracterizam-se pela presença de uma vegetação rasteira, gramíneas, e pequenos arbustos distantes uns dos outros).

Habitat editar

Pode ser encontrada nos estratos mais altos da vegetação forrageando.

Serpentes opistóglifas editar

As serpentes opistóglifas, também chamadas de opistoglifodontes, são dotadas de um ou mais pares de presas na região posterior dos maxilares superiores, com canais por onde passa a peçonha. A localização de suas presas dificulta a inoculação do veneno; e, por esse motivo, suas picadas, na maioria das vezes, não causam acidentes sérios.


Referências editar

http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=2201 https://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Thamnodynastes&species=hypoconia http://repositorio.furg.br/handle/1/6136 https://proceedings.science/cbh-2019/papers/habito-alimentar-de-thamnodynastes-hypoconia-cope--1860--serpentes--dipsadidae--na-rppn-fazenda-almas--uma-area-de-caati https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/corredeira-carenada-thamnodynastes-hypoconia/ https://www.icmbio.gov.br/ran/images/stories/Noticias/04.7.19_Lista_de_especies_Serpentes_Avaliacao_ICMBio.pdf