The Great Terror é um livro do historiador britânico Robert Conquest publicado em 1968, que deu origem a um título alternativo do período da história soviética conhecido como o Grande Expurgo. O título completo do livro é The Great Terror: Stalin's Purge of the Thirties. Uma versão revisada do livro, chamada de The Great Terror: A Reassessment, foi impressa em 1990, após Conquest adaptar o texto, tendo consultado os arquivos soviéticos abertos recentemente — graças à política de glasnost implementada pelo líder soviético Mikhail Gorbachev.[1]

Um dos primeiros livros de um escritor ocidental a discutir o Grande Expurgo na União Soviética, foi baseado sobretudo nas informações que haviam sido tornadas públicas, seja oficialmente ou por indivíduos, durante o "Degelo de Kruschev" no período de 1956 a 1964. Também se baseou em relatos de emigrantes e exilados russos e ucranianos que remontam à década de 1930. Por fim, baseou-se numa análise de documentos soviéticos oficiais, tais como o censo.

Críticas recebidas editar

Para muitos, as informações contidas na obra de Conquest não merecem crédito devido ao fato do autor confiar demasiadamente em fontes provenientes de colaboradores nazistas, emigrados soviéticos opositores do regime socialista, ou mesmo em informações divulgadas pela CIA. Desta forma, seu livro seria em grande parte composto produtos de propaganda anti-comunista, sendo a própria obra uma ferramenta de propaganda anti-soviética.[carece de fontes?]

Nesse sentido, o historiador britânico Eric Hobsbawm considerou o livro como uma obra que teve alguma importância, devido ao seu caráter pioneiro e à algumas questões que levanta. Mas hoje em dia, porém deve ser considerada obsoleta e simplesmente não nos é mais necessária.[2]

Referências

  1. «NOW IT CAN BE TOLD, EVEN IN RUSSIA». New York Times. 13 de maio de 1990 
  2. Hobsbawm, Eric. On history: Can we write the history of the Russian Revolution?. [S.l.: s.n.]