Nota: Se procura pelo curso d'água romeno, veja Rio Craca.

Thoracica é uma superordem da classe Maxillopoda que agrupa os crustáceos marinhos sésseis ou pedunculados conhecidos pelo nome comum de cracas (ordem Sessilia) e percebes (ordem Pedunculata). O grupo inclui alguns dos organismos mais comuns nas costas rochosas, tais como as espécies Semibalanus balanoides e Chthamalus stellatus. Estes animais quando adultos apresentam um exoesqueleto calcificado composto por várias placas que definem uma forma cónica. As cracas escolhem normalmente substratos rochosos, mas podem fixar-se também a fundos de embarcações (onde causam estragos) ou a outros animais (por exemplo baleias). Por serem animais que formam colónias (durante a fase natante da larva), a sua reprodução é constante. Apresentam seis apêndices bem desenvolvidos, podendo ser sésseis ou pedunculados. A carapaça é fortemente calcificada. O grupo inclui organismos de vida livre e espécies comensais.[1] Cerca de 97% das espécies conhecidas são hermafroditas.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaThoracica
cracas e similares
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Maxillopoda
Subclasse: Thecostraca
Infraclasse: Cirripedia
Superordem: Thoracica
Darwin, 1854
Ordens
Sessilia: cracas da espécie Semibalanus balanoides no porto de Upernavik, Groenlândia, com cerca de 1 cm de diâmetro.
Pedunculata: percebes da espécie Lepas anserifera.

Taxonomia

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As modernas taxonomias, nomeadamente a classificação de Martin & Davis,[3] colocam o agrupamento Thoracica como uma superordem dos Cirripedia de que resulta a seguinte classificação até ao nível das famílias:

Superordem Thoracica Darwin, 1854

Uso culinário

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Algumas espécies de cracas e de percebes são utilizadas na alimentação humana, servindo de base à confecção de entradas ou entrando na composição de pratos de marisco.

Entre as espécies mais utilizadas está a Megabalanus azoricus, uma craca de grandes dimensões que deve o seu nome específico ao ter sido originalmente descrita com base em espécimes colhidos no arquipélago dos Açores, onde é utilizada na alimentação humana, sendo consumida cozida em água do mar. Posteriormente foi identificada noutros locais como, por exemplo, nos arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde. Outra craca com grande consumo é a Austromegabalanus psittacus, originária das costas da região sul e central do Chile.

Várias espécies de percebes das famílias Pollicipedidae e Lepadidae são utilizadas na alimentação humana, sendo em geral aproveitado o pedúnculo carnudo.[4] Os géneros mais utilizados são Pollicipes e Capitulum.

Notas

  1. Robert D. Barnes (1982). Invertebrate Zoology. Philadelphia, PA: Holt-Saunders International. p. 706. ISBN 0-03-056747-5 
  2. Van Frausum A. (1989) The Thoracica of Belgium. Comptes rendus du symposium "Invertébrés de Belgique", pp. 159–163. Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique, Bruxelas.
  3. Joel W. Martin & George E. Davis (2001). An Updated Classification of the Recent Crustacea (PDF). [S.l.]: Natural History Museum of Los Angeles County. pp. 132 pp 
  4. Benny K. K. Chan (2011). «Pollicipes Leach, 1817». MarBEF Data System. Consultado em 11 de novembro de 2011 

Ligações externas

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