Nota: Para outros significados, veja Thrall (desambiguação).

Thrall — em sueco träl, em dinamarquês e norueguês træl (pronunciado /tré:l/) — era um escravo na Escandinávia, na Idade do Ferro e na Idade Média inicial. O equivalente feminino era designado de ambátt.[1][2][3]

A maioria dos escravos trabalhava no cultivo das terras, na criação de gado, na construção de casas e barcos, nos trabalhos domésticos.[1][4]
Um escravo escandinavo não tinha liberdade nem direitos, podendo ser comprado, vendido, maltratado ou assassinado pelo dono.[5]

Os escravos nas terras escandinavas tinham principalmente três origens:[1]

  • Hereditária – os filhos de escravos eram automaticamente escravos.
  • Guerreira – os prisioneiros de guerra eram convertidos em escravos.
  • Captura – os cativos capturados em países estrangeiros eram transformados em escravos

Mas também se podia ser condenado à escravatura por dois outros motivos:

  • Punição – por crimes cometidos
  • Voluntariamente – por motivo de pobreza

Não se sabe quando a escravatura começou na Escandinávia, oscilando as hipóteses entre a Idade da Pedra e os tempos do Império Romano. Foi sucessivamente abolida, tendo desaparecido completamente no século XIII, no início da Idade Média nórdica.[6] Na Suécia, um decreto medieval de Magno II da Suécia, na Gotalândia Ocidental em 1335, manda que filhos de pais cristãos não podem ser escravos.[7][1][8][9]

Referências

  1. a b c d «Träldom» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 20 de abril de 2014 
  2. Gabrielsen, Karsten; Christian Thurban (2002). «Samhällets uppbyggnad». Vikingar. En översikt (em sueco). Lund: Historiska Media. p. 34. 73 páginas. ISBN 91-89442-53-9 
  3. «Ambátt» (em islandês). Stofnun Árna Magnússonar í íslenskum fræðum (Árni Magnússon Institute for Icelandic Studies). Consultado em 27 de outubro de 2016 
  4. Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (setembro de 2006). «Forntiden». Sveriges historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 30. 511 páginas. ISBN 9789151846668 
  5. «Trälar» (em sueco). Medeltiden. Consultado em 20 de abril de 2014 
  6. Brink, Stefan (2012). Vikingarnas slavar (em sueco). Estocolmo: Atlantis. 326 páginas. ISBN 978-91-7353-466-6 
  7. Dick Harrison. «Det svenska slaveriets svanesång» (em sueco). Svenska Dagbladet. Consultado em 20 de abril de 2014 
  8. Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (setembro de 2006). «Medeltiden». Sveriges historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 74. 511 páginas. ISBN 9789151846668 
  9. Henrikson, Alf; Björn Berg (1963). «Största riket i Europa». Svensk historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 133. 1062 páginas. ISBN 91-0-055344-1 
 
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Fontes editar

  • «Träldom» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 20 de abril de 2014 
  • HARRISON, Dick (2006). Slaveri. Forntiden till renässansen (em sueco). Lund: Historiska media. 575 páginas. ISBN 91-85057-81-9 
  • MELIN, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (setembro de 2006). Sveriges historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. 511 páginas. ISBN 91-518-4666-7 
  • BRINK, Stefan (2012). Vikingarnas slavar (em sueco). Estocolmo: Atlantis. 326 páginas. ISBN 978-91-7353-466-6