Translucência nucal

Uma das grandes contribuições da pesquisa ultra-sonográfica do final do século 20 foi a demonstração de que o acúmulo excessivo de fluido na nuca do feto, conhecido como translucência nucal (TN), está correlacionado com anomalias cromossômicas, malformações fetais e síndromes genéticas.

Ultrassom demonstrando a translucência nucal em feto de 13 semanas.

O acúmulo de fluído nucal no primeiro trimestre foi primeiramente descrito por um estudo caso-controle de Szabó & Gellen, que observaram acúmulo superior a 3 mm em todos os fetos com trissomia do cromossomo 21 (sete casos) e em apenas um feto, de um total de 105, com cariótipo normal. Isso proporcionou um avanço do conhecimento no aconselhamento do casal sobre os riscos de anomalias cromossômicas, determinando consideráveis mudanças no diagnóstico pré-natal de primeiro trimestre.

Desde o início dos anos 90, diversos estudos com pequenas casuísticas e com populações de alto risco demonstraram associação entre o aumento da espessura da TN, entre a 11ª e a 13ª semana e 6 dias, e a presença de anomalias cromossômicas. Os mecanismos fisiopatológicos que explicam esse marcador ultra-sonográfico transitório ainda não estão bem estabelecidos. Alguns eventos que ocorrem nessa época da gestação poderiam eventualmente esclarecer o acúmulo transitório de líquido na região da nuca do feto, que é atribuído a alterações da drenagem linfática fetal e/ou, particularmente, a distúrbio hemodinâmico do feto devido à insuficiência cardíaca fetal.

Como Calcular o Risco para Síndrome de Down editar

Após a realização da medida da translucência nucal por um médico qualificado, é possível estimar o risco do feto ser acometido pela Síndrome de Down. Isto pode ser feito utilizando-se uma Calculadora de Risco para Síndrome de Down.

Condições Associadas com Translucência Nucal Aumentada editar

Ver também editar