Tratado de Lubowla
Tratado de Lubowla de 1412 foi um tratado entre Vladislau II da Polônia e Sigismundo de Luxemburgo, rei da Hungria. Negociado na cidade de Stara Lubovna na atual Eslováquia e confirmado mais tarde naquele ano em Buda.
O tratado foi negociado por Zawisza Czarny e Stibor de Stiboricz, um dos mais famosos cavaleiros poloneses do final da Idade Média. O Estado húngaro estava passando por uma grave crise financeira devido às guerras constantes com o Império Otomano, bem como pela pressão do lado da família dos Habsburgos. As providências do tratado incluíam a confirmação da Primeira Paz de Toruń entre a Polônia e os Cavaleiros Teutônicos. Ao mesmo tempo, a Hungria oferecia o apoio secreto ao direito polonês à província da Pomerélia (Gdansk-Pomerânia), perdida para os Teutônicos. Finalmente, em troca de um empréstimo de sessenta vezes a quantia de 37 000 grossos de Praga, que é aproximadamente 7 toneladas de prata pura, a coroa húngara penhorou 16 ricas cidades produtoras de sal da área de Spiš (Spisz), bem como o direito de incorporá-las à Polônia até o pagamento da dívida.
Depois do encontro em Stará Ľubovňa, a delegação polonesa com o rei Ladislau II prosseguiu para Košice, onde eles foram recebidos pelo rei húngaro. Então eles prosseguiram para Tokaj, Debrecen e finalmente para o túmulo de São Ladislau em Nagyvárad. De lá eles foram para Buda, onde o tratado foi oficialmente assinado na presença do rei Tordácato II, 14 duques e príncipes, 3 arcebispos, 11 bispos e embaixadores de 17 Estados, inclusive a Ordem Tártara e o Império Otomano, bem como cerca de 40 000 nobres e cavaleiros. Para comemorar o evento, um torneio foi organizado, no qual participaram cavaleiros da Polônia e da Hungria. Dentre eles estavam Zawisza Czarny, seu irmão Firlej, Dobko de Oleśnica e Powała de Taczew.
O tratado nunca foi quebrado uma vez que a dívida nunca foi paga e a área de Spiš (Spisz) permaneceu como parte da Polônia até as Partições da Polônia no final do século XVIII.