Universidade do Maláui

universidade pública do Maláui

A Universidade do Maláui (UNIMA) é uma universidade pública do Maláui, sediada na cidade de Zomba, com campus em Blantire e Lilongué.

Universidade do Maláui
Universidade do Maláui
A Politécnica de Blantire, em 2004.
UNIMA
Fundação 1964 (60 anos)
Tipo de instituição Pública
Mantenedora Governo do Maláui
Localização Zomba, Malawi
Campi Zomba
Blantire
Lilongué

Mais antiga instituição de ensino superior do país, a universidade foi fundada em 1964 e, ao longo dos anos, constituiu-se em quatro unidades académicas com forte grau de autogestão, sendo a maior e mais notória o Colégio Chanceler, em Zomba.

Histórico

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A Universidade do Maláui foi fundada em 1964, pouco tempo após a independência do país. As actividades de ensino iniciaram-se em 29 de setembro de 1965, no campus recém-estabelecido que costumava ser uma Escola Secundária Asiática em Blantire. Apenas 90 alunos foram matriculados para as primeiras turmas.

Formação das unidades académicas

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Em 1967, o então Instituto de Administração Pública de Mpemba, o Colégio de Educação das Montanhas Soche, a Politécnica (todos estes em Blantire) e o Colégio de Agricultura Bunda (em Lilongué) foram incorporados como faculdades constituintes da Universidade do Maláui.[1]

Com exceção do Colégio Bunda e da Politécnica, as outras unidades mudaram-se para Zomba em 1973, para formar o campus do Colégio Chanceler.[1]

A Faculdade de Enfermagem de Kamuzu, com cursos em Blantire e Lilongué, se tornou a quarta faculdade constituinte em setembro de 1979.[1]

Em 1991, a Faculdade de Medicina foi fundada em Blantire, configurando-se como a quinta faculdade da Universidade do Maláui.[1]

Movimentos estudantis para um sistema multipartidário (1992)

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Durante o movimento nacional pela adoção do multipartidarismo, os alunos da UNIMA organizaram um grande protesto pela liberdade de pensamento e cátedra.[2] Em março de 1992, quando os bispos católicos do Maláui emitiram uma Carta Pastoral da Quaresma que criticava o presidente Hastings Kamuzu Banda e seu governo, estudantes do Colégio Chanceler da Universidade do Maláui e da Politécnica (Blantire) juntaram-se em protestos e manifestações em apoio à carta.[2] A repressão das autoridades levou ao fechamento dos campi.[2]

Movimento Juventude para a Liberdade e Democracia

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A partir de 2011 foi mobilizado o movimento Juventude para a Liberdade e Democracia (YFD; em inglês: Youth for Freedom and Democracy), um grupo de pressão política estudantil nos campus da universidade. Eles publicaram a "Atualização Política Semanal" que era distribuído aos alunos e à comunidade.[3] O grupo se organizava como crítico aos governos malauienses e, por isso mesmo, sofreu repressão política-policial, com vários estudantes presos e um aluno assassinado pelas forças de segurança.[4]

Subdivisão e jubileu

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Dado a constante organização política dos acadêmicos da Universidade de Maláui, o governo nacional desmembrou, em 2011, a segunda mais importante unidade orgánica da mesma, o Colégio de Agricultura Bunda, para formar a Universidade de Agricultura e Recursos Naturais de Lilongué.[5]

A UNIMA celebrou o seu jubileu de ouro de 24 a 26 de setembro de 2015.

Referências

  1. a b c d A Brief History. University of Malawi. 2017.
  2. a b c «Afrikka» (pdf). Consultado em 27 de dezembro de 2010 
  3. «MALAWI: Police quiz academics over pressure group - University World News». www.universityworldnews.com. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  4. University student death ruled suicide police. Nyasa Times. 25 de setembro de 2011.
  5. https://www.nyasatimes.com/mutharika-snubs-university-malawi-graduation-bunda-delink-unima-finalised/