A composição do quadro é diversa e antagônica, sugerindo mais de uma possibilidade de interpretação: por um lado evoca a felicidade da união erótica, por outro, questiona a identidade das duas pessoas e dos dois sexos. Para Gert Mattenklott (1942-2009), esse traço é recorrente na arte de Klimt - desenhos de "... mulheres em trajes longos, estreitos como cintas elásticas..", escondem a "diferença feminina do corpo para simular o que lhes falta: tornam-se símbolo daquilo que não têm: ...um fetiche na câmara dos apetrechos dos prazeres."[1]. [2]

Referências

  1. Gert Mattenklott em "Gustav Klimt. Zeichnungen. Hanôver, 1984, pág. 291".
  2. Gert Mattenklott em "Gustav Klimt. Zeichnungen. Hanôver, 1984, pág. 291".