Usuário(a):Abgrile/Testes

Contexto histórico

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A denominação "Esquizofãs", comumente utilizada em substituição ao termo científico "portadores de transtorno desquizóide de modulação do caráter social (SCDMT, em inglês) é a nomenclatura atribuídas a membros de pequenas comunidades isoladas em grupos e páginas suportadas em redes sociais como Facebook (70,4% de movimentação de conteúdo e atividade), Twitter (27,3% de movimentação de conteúdo e atividade) e Instagram (com a porcentagem restante, eventualmente dividida com outras redes sociais como o Grindr e o site "Scat!").

Estas comunidades foram reportadas pela primeira vez em grupos brasileiros no ano de 2020, em meados de junho. Teóricos das ciências sociais admitem que o fenômeno nunca antes foi investigado com profundidade, mas hipotetizam, com base nos fatores observados e nos comportamentos analisados, que o surgimento e proliferação destas comunidades tenha sido afetado de forma direta pelo confinamento e quarentena impostos pela pandemia, que teve seu ápice em 2020 e, posteriormente, em 2021. Outros especialistas em psicologia e psiquiatria sugerem que outro fator relevante para a movimentação dos grupos é o aumento dos índices de criação de conteúdo digital em redes como o Tik Tok, cuja atividade aumentou de 12,3 pontos na Escala Taylor (1 ponto = 10.000 postagens ao dia) para 2.736,88 pontos na mesma escala, número este que é considerado o recorde na história do aplicativo e foi alcançado em 13 de junho de 2021, um dos momentos mais críticos da pandemia no Brasil e em outras regiões da América do Sul e também na América do Norte.

Nestas comunidades, os membros publicam, criam e compartilham conteúdos em formato de fotos, memes, vídeos, gifs e links de cunho humorístico tendo como elementos principais e protagonistas as chamadas pseudo-sub-celebridades (indivíduos com número de seguidores inferior a 50 mil que, no desenvolvimento de suas atividades sociais, domésticas ou de trabalho tornam-se "memes", na linguagem dos membros da comunidade), que alcançam esse status em função de seu comportamento no Facebook, Instagram, Youtube e outras redes sociais, por meio de ações como romantização de doenças, solicitação de esmolas na forma de Pix, covers artísticos de figuras como Xuxa e outras figuras aleatórias). De forma geral, a atividade dos grupos inerentes ao público estudado é dada em função destas pessoas.

Nos momentos atuais, estima-se que façam parte destas comunidades (que possuem um número de variantes sub-célebres localizado entre 2 e 8 linhagens de grupos) cerca de 10.200 membros ativos em grupos do Facebook e Twitter. Entretanto, estudiosos das ciências das mídias realizaram cálculos aproximados e determinaram que a taxa de crescimento dos grupos associados à estas comunidades está em 17,6% ao ano, com margem de erro localizada entre –2 e +2 pontos percentuais. Ainda segundo os cálculos realizados pela COBRAM (Comissão Brasileira de Assuntos da Mídia, órgão responsável por fiscalizar e regulamentar as atividades desenvolvidas dentro de redes sociais e aplicativos que operem em território brasileiro) o conteúdo produzido por estes grupos e páginas atinge números diários de 25 a 27 mil pessoas.

Estudo dirigido e análise comportamental

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Embora nunca antes membros, participantes, expectadores e administradores destes grupos nunca tenham sido de fato entrevistados, questionados ou analisados de forma aprofundada, estudantes de vários cursos uniram-se no ano de 2022 para organizar uma equipe multidisciplinar para coletar dados e informações a respeito da atividade destes grupos na Internet, com o objetivo de formular teorias e entender os fatores que modulam o comportamento desses indivíduos nas redes sociais. A equipe de cinco membros foi formada com base em um projeto proposto pela UMN (Universidade Municipal de Nothangh) e pela USPT (Universidade Superior da Península de Tiddyan) e contou com estudantes de vários cursos de pós-graduação, incluindo dois estudantes do curso de ciênciais sociais (Fernando Pessoa Lenen Paes e Juliana Pétrix Paloma Hernandes), um estudante do curso de pós graduação em estatística aplicada (Rodrigo Antônio Malfortti Dolliano) e dois estudantes do curso de pós-graduação em estudo do comportamento humano (Igor Natanael Ferreira D'base).

Outro ponto a ser mencionado foi a dificuldade encontrada em coletar informações referentes à atuação dos usuários nas redes sociais. Os pesquisadores informaram em seus relatórios que os maiores obstáculos em coletar dados significativos residiam no fato de que as gírias e vocabulários internos utilizados constituíam dialetos notavelmente distantes da língua portuguesa, tornando assim a compreensão de suas declarações ambíguas e de difícil entendimento. Ademais, o controle rígido da inclusão de novos membros e as recorrentes suspensões e "quedas" dos grupos pelos administradores do Facebook também se mostraram fatores que dificultaram o estudo do comportamento dessas pessoas nas redes sociais.

Ao final de setenta e duas semanas de pesquisas envolvendo a coleta de dados, vídeos, imagens e análise de conversas internas, os pesquisadores finalizaram o projeto (batizado extra-oficiamente de ITD, Investigação de Transtorno Disquizóide) e enviaram os dados para o IMEACS (Instituto de Matemática e Estatística Aplicada às Ciências Sociais) do estado do Amazonas para que um novo relatório pudesse ser construído em cima das informações coletadas. Batizado de RECSD (Relatório de Estudo de Comportamento e Sobrevivência Disquizóide) o relatório foi disponibilizado para acesso público ao final do ano de 2022, no dia 23 de dezembro, no qual estão inclusas as apresentações gerais dos dados coletados (resumidas), as discussões e análises referentes à atuação dos indivíduos estudados e um capítulo de 23 páginas (24,6% da extensão da pesquisa) realizando considerações com relação às hipóteses levantadas e as conclusões que se obtiveram ao final do estudo.

Organização digital

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Segundo o recenseamento mais recente (fevereiro de 2023, atualizado por DOLLIANO, et. al, 2022), a comunidade como um todo conta com quatro grupos no Facebook, com variados números de participantes e atividades, a mencionar, em ordem decrescente:

1º: "Retorno dos esquizofãs–ORFANATO DO TONHÃO ERA (Fechado 7K)". Número de membros: 8,1 mil. Atividade: 12 publicações por dia

2º: "Esquizofãs aberto". Número de membros: 6,8 mil. Atividade: 7 publicações por dia

3º: "Retorno dos esquizofãs–Lixopee". Número de membros: 2,9 mil. Atividade: 6 publicações por dia.

4º: "Esquizofãs: O retorno triunfal". Número de membros: 2,7 mil. Atividade: 10 publicações ao dia.


Com base numa análise estatística realizada por Software no laboratório de informática aplicada da UMN, foram gerados dados referentes ao engajamento e atividade social dos grupos, dentre os quais se destacam dois importantes indicadores:

CEA (Coeficiente de entrada atividade, = membro que entra / atividade do membro) = 0,48 (48% dos membros que entram no grupo realizam postagens condizentes com a temática do grupo)

CDCM (Constante da distribuição de conteúdo em mídia) = 0,169 (16,9%).

Os números mostram que a atividade da comunidade tem crescido com a inserção de membros ativos e difusão dos conteúdos produzidos pelos mesmos nos canais sociais digitais.


Obs.: Dados referentes à atuação da comunidade em redes como Twitter, Instagram e "Scat!" aguardam dados coletados no processo de recenseamento, ocorrido em janeiro de 2023.

Organização estrutural

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De uma forma geral, a organização do grupo em termos de composição e administração não é complexa. Os grupos que compõe a comunidade possuem autonomia para decidir conforme critérios de postagem e engajamento sua abertura ou fechamento para o público, sendo que 75% dos grupos encontrados encontram-se fechados, e em 66% deles é verificada a prática de impor perguntas específicas caso novos membros solicitem ingressão no grupo.

Os administradores dos grupos mostram-se ativos, realizando postagens constantes e moderando a atividade dos indivíduos. Mais recentemente, alguns dos grupos têm criados selos e categorias específicas de membros como uma forma de controlar e verificar o comportamento dos membros no interior dos grupos, sendo estas ações que reduzem as chances do fechamento do grupo (pela proibição de conteúdos explícitos, por exemplo) e melhoram a experiência dos portadores de transtorno disquizóide (PTD).

Funcionamento interno

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Como mencionado, esses indivíduos publicam e compartilham conteúdos referentes às pseudo-sub-celebridades, sendo que a maior parte das postagens (95,64% dos conteúdos analisados de 2021 a 2022) indicam que o cunho da publicação pe humorístico ou vexatório. A maior fonte de conteúdo desses grupos é o Tik Tok (presente em 1.896 das 2.754 postagens analisadas quanto à origem), seguido pelo Twitter (647 das 2.754 postagens). Outras redes sociais como Grindr e "Scat!" também foram reportadas, porém em menor expressividade (0–2,69%).

Os pesquisadores também verificaram a recorrência do tema das publicações, onde foram selecionadas 1.207 publicações para análise, em períodos diferentes (2020–2022), cujos dados foram estratificados em função de 1) Região, 2) Engajamento e 3) Temática interna. Abaixo serão apresentados os dados condensados. As planilhas de dados em suas formas integrais podem ser baixadas no site de qualquer uma das universidades envolvidas na pesquisa, utilizando o caminho INÍCIO → CURSOS → PÓS-GRADUAÇÃO → PSICOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS → TRABALHOS → RECSD

  1. Região (dados de 2020–2022)
  • Sul: 12,36% das publicações
  • Sudeste: 42,40% das publicações
  • Centro-oeste: 17,85% das publicações
  • Nordeste: 24,63% das publicações
  • Norte: 2,76% das publicações


2. Engajamento (dados de 2020–2022)

  • Média de compartilhamentos: 12,1 (maior em grupos abertos). Taxa de variância: 5,6. Desvio padrão: 1,45
  • Média de curtidas: 1.526,3. Taxa de variância:14,5. Desvio padrão: 2,68.
  • Média de comentários: 48,6. Taxa de variância: 24,7. Desvio padrão: 7,40.


3. Temática interna (dados de 2020–2022)

  • Valéria Almeida: 16,6% das publicações analisadas
  • Thais Karla: 10,3% das publicações analisadas
  • Rodrigo Apresentador: 24,3% das publicações analisadas
  • Juju do Pix: 12,4% das publicações analisadas
  • Tiddynha, Tiddy e variações: 7,6% das publicações analisadas
  • Ygonna Moura: 14,5% das publicações analisadas
  • Pastora Nadir: 6,8% das publicações analisadas
  • Outros: 11,5% das publicações analisadas