Referências:

Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

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O Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) é uma instituição científica e cultural localizada na cidade de São Paulo, no Brasil.

Sem fins lucrativos, tem como principais objetivos a pesquisa e divulgação da história, da geografia e correlatos, principalmente no que diz respeito à cidade e ao estado de São Paulo.

"A história de São Paulo é a história do Brasil".

Esta frase encontra-se no primeiro volume da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) e é uma boa síntese do pensamento e do conhecimento produzidos nessa instituição.

Entre a missão do Instituto está promover o estudo, a pesquisa e a divulgação da História, da Geografia, e das ciências correlatas no Brasil, especialmente das que se relacionem com São Paulo. Além de valorizar o Patrimônio histórico, artístico, cultural e urbano-ambiental, e das tradições e valores culturais, cívicos, morais e éticos da cidade. Defendem a preservação e a conservação da cultura. Também buscam tornar o IHGSP um ponto de referência, de alto nível, na vida cultural de São Paulo e sobre São Paulo.

As finalidades estatuárias do IHGSP são:

I.➞Promover a pesquisa, o estudo e a divulgação da História, Geografia e Ciência ou Artes correlatas,especialmente no que se relaciona com o Município de São Paulo e com a projeção histórica deste no passado, abrangendo todo o atual Estado de São Paulo e a área do território nacional influenciada, a partir da Vila e depois cidade de São Paulo, nos Ciclos do Bandeirismo, das Minas, das Monções e do Tropeirismo;

II.➞Defender e preservar a memória e as tradições paulistas, sem descuidar da busca da verdade histórica;

III.➞Colaborar com os Poderes Públicos, sempre que possível, nas atividades culturais que se identifiquem com as finalidades do IHGSP;

IV.➞Prestigiar manifestações que incentivem ou defendam os superiores valores humanos e sociais e também aquelas que visem à preservação de monumentos, vias, logradouros públicos, prédios e bens naturais que integrem o patrimônio histórico cultural paulistano e paulista.

Para atingir essas finalidades, o Instituto realiza cursos e sessões culturais abertas ao público, edita uma revista cultural, e também oferece, aos visitantes e pesquisadores credenciados, amplo acesso ao seu acervo. Professores podem entrar em contato com o local, para agendar visitas com grupos de alunos às dependências da Instituição, ajudando assim a divulgar, nas jovens gerações, o conhecimento e o amor às legítimas tradições culturais de São Paulo.

Essa é até hoje uma associação civil de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos.

Índice

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·        1 História

·        2 Primeira Administração

·        3 Proposta

·        4 Edificio

·        5 Abrangência

·        6 Acervo e Publicações

·        7 Referências

·        8 Ligações externas

História[editar | editar código-fonte]

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Para a história de São Paulo, o ano de 1894 está marcado por acontecimentos de extraordinário relevo intelectual. Em 1º de novembro, consagrada por Todos os Santos, o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo é fundado, resultando na união de intelectuais da Assembleia Legislativa, que, no salão nobre da Faculdade de Direito, se juntam a Antônio de Toledo Piza, Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho e Estevão Leão Bourroul.

“Estevão Leão Bourroul – Dirá Torres de Oliveira em 1938 – era o escritor elegante, culto e finíssimo, que encantava a todos os que tinham ocasião de ler seus trabalhos. Antônio de Toledo Piza era o homem simples, modesto, traído, mas dotado de uma paciência beneditina, que o levava a investigar, constante e incessantemente, toda a documentação histórica referente ao nosso passado, isto é, ao passado paulista, que é o passado brasileiro, e a por em evidência e destaque os vultos e feitos dos nossos antepassados.

Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho era o tipo de energia, da tenacidade e do dinamismo, cheio de entusiasmo por tudo o que dizia respeito à grandeza da pátria e à formosura da vida social. Essas três personalidades, de temperamentos tão diferentes e de tendências e ocupações tão opostas, congregam-se, entretanto, num pensamento comum: fundar uma instituição que, por meio das devidas investigações, constatasse a verdade do nosso passado histórico, pondo em relevo os eventos que enchem os nossos anais de fulgor e de beleza.”

Em 25 de janeiro de 1954 foi inaugurado o edifício sede Ernesto de Sousa Campos para abrigar o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, Antônio de Toledo Piza e Estêvão Leão Bourroul tomaram a iniciativa de convidar todos os intelectuais paulistas para uma reunião realizada no dia 1 de novembro de 1894 (124 anos) no salão nobre da Faculdade de Direito, cedido pelo então diretor o Barão de Ramalho. O objetivo da reunião estava estabelecido no convite: "O fim da reunião é tratar da criação do Instituto Histórico Paulista."

Cento e trinta e nove pessoas atenderam ao convite e subscreveram a ata da fundação do Instituto, entre elas podem ser destacados: Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, Antonio da Silva Prado, Bernardino de Campos, Francisco de Paula Ramos de Azevedo, Francisco de Paula Rodrigues Alves, Luis de Anhaia Melo, Martinho Prado Júnior, Orville A. Deby, Pedro Augusto Gomes Cardim, Teodoro Sampaio, entre outros nomes.

A 6 de Março de 1971 foi feito Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.

Primeira Administração[editar | editar código-fonte]

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Os primeiros administradores, eleitos por aclamação, em caráter interino, foram: Cesário Mota Júnior, para presidente; Domingos Jaguaribe, para vice-presidente; Antonio de Toledo Piza, para secretário; Estevão Leão Bourroul, Carlos Reis e o cônego José Valois de Castro, sem cargos especificados. A mesma assembleia que os elegeu no dia da fundação do IHGSP, aclamou presidente honorário a Prudente de Morais, que chegaria no dia seguinte ao Rio de Janeiro, para assumir, duas semanas depois, a presidência da República.

Após reuniões preparatórias, realizou-se em 23 de dezembro de 1894 (123 anos) a assembleia que elegeu para o primeiro triênio administrativo, a seguinte diretoria: dr. Cesário Mota Júnior, presidente; conselheiro Dr. Manuel Antônio Duarte de Azevedo, vice-presidente; Dr. Carlos Reis, 1º secretário; Dr. Manuel Ferreira Garcia Redondo, 2º secretário; e Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, tesoureiro. Cesário Mota faleceu antes de completar o mandato e foi substituído pelo vice-presidente em exercício.

Após reuniões preparatórias, realiza-se em 23 de dezembro a assembleia em que se elege, para o primeiro triênio administrativo, a seguinte diretoria, composta de cinco membros, entre efetivos e suplentes: Dr. Cesário Mota Júnior, presidente; Conselheiro Dr. Manuel Antonio Duarte de Azevedo , vice-presidente; Dr. Carlos Reis , 1º secretário; Dr. Manuel Ferreira Garcia Redondo, 2º secretário e Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, tesoureiro. Não completou o mandato, tendo falecido alguns meses antes de terminá-lo, o primeiro presidente efetivo, Cesário Mota Júnior, que foi substituído pelo vice-presidente em exercício, conselheiro Duarte de Azevedo.

Um ano depois, como resultado do esforço inicial, o Instituto pode consignar no relatório apresentado pela diretoria, a realização de 21 sessões, a leitura de 11 trabalhos sobre assuntos históricos e geográficos, a instalação de uma pequena biblioteca e de um arquivo, a admissão de 32 novos sócios, a publicação do primeiro volume de sua “Revista” e, finalmente a existência de um saldo de aproximadamente cinco contos de réis.

Terminado o primeiro triênio administrativo, achava=se o Instituto em franca prosperidade, enriquecendo com novas ofertas a biblioteca e o arquivo, aumentando o seu cabedal científico com a apresentação em assembleia de novos trabalhos, acusando um saldo financeiro de cerca de oito contos de réis e prestigiado pelo ingresso de 70 novos sócios.

O Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo soube reconhecer a atividade desses primeiros administradores, reelegendo-os em sua quase totalidade para o período seguinte. E, pelo muito que fizeram, consitui um dever de gratidão reverenciar-lhes a memória no instante em que o Instituto completa meio século de existência.

Proposta [editar | editar código-fonte]

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A tarefa dessa primeira diretoria tem para o Instituto uma grande significação, de vez que lhe coube guiar os passos da novel sociedade, consolidar-lhe os fundamentos, aumentar-lhe o prestígio, traçar-lhe diretrizes seguras para o futuro. Naquela mesma sessão memorável em que tão altos e pesados encargos lhe foram atribuídos, tinham sido aprovados os estatutos que a esses primeiros diretores serviriam de norma e em cujo artigo inicial já figuram bem claras estas finalidades precípuas que valem até hoje:

- Promover o estudo e o desenvolvimento da História e Geografia do Brasil e principalmente do Estado de São Paulo e, bem assim, ocupar-se de questões e assuntos literatos, científicos, artísticos e industriais, que possam interessar o país sob qualquer ponto de vista;

- Publicar uma revista, pelo menos uma vez ao ano, dando conta da vida da associação e dos arquivos dos trabalhos que o Instituto julgar úteis e interessantes;

- Manter correspondência e relações com as sociedades congêneres, nacionais e estrangeiras.

O Edifício

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Fachada do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 1909


As primeiras sessões ordinárias do Instituto aconteceram na Escola Normal e no Ginásio do Estado, tendo sido a primeira sede, à Rua 15 de novembro, alugada somente em maio de 1896. Em dezembro de 1896, o Instituto tinha planos de mudar-se para a rua Marechal Deodoro, onde permaneceu até 31 de agosto de 1900, transferindo-se então para a rua General Carneiro.

Em julho de 1904, foi adquirido por vinte conto de réis o terreno no qual se inauguraria, ao comemorar-se o 355º aniversário da fundação de São Paulo, em 1909, o edifício que é o mesmo em que ainda hoje fica instalado o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

Por escritura de 21 de dezembro de 1937, o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo contratou com a Prefeitura a venda da parte do terreno necessário ao alargamento da rua Benjamin Constant. Em troca, além do pagamento relativo ao prédio e à faixa de terreno desapropriada, assumiu a Prefeitura o compromisso de ceder ao Instituto um novo edifício para as suas instalações. Por outro lado, a lei municipal nº 3.609 de 03 de junho de 1937, autoriza a Prefeitura Municipal de São Paulo a construir dois edifícios na rua da Consolação, em um dos quais será permitida a instalação do Instituto. O assunto ainda é estudado pelas partes interessadas.

 
Fachada do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 1943.

Abrangência  [editar | editar código-fonte]

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·        Memória das tradições e sua preservação;

·        Colaborar com os governos quando as finalidades se identificam;

·        Defender e prestigiar manifestações com os mesmos objetivos.

Acervo e Publicações

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O acervo do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo é bastante heterogêneo, sendo composto com Fotografias e Vídeos, além de efemérides, artigos e revistas do Instituto.


Fotografias


Como parte da programação cultural, alguns artistas realizam exposições periódicas no Instituto.


Vídeos


Criado em 2014, o Instituto possui um canal no Youtube intitulado IHGSP INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO, onde publicam vídeos de ensaios e pequenos concertos que são ali realizados.


Efemérides


As efemérides são obras que registram fatos ocorridos no mesmo dia do ano em diferentes anos. O site do IHGSP possui um grande acervo delas, preservando a cultura do país, e principalmente de São Paulo.


Artigos


O acervo de artigos é composto por obras de pessoas que, de alguma forma, contribuíram para o Instituto.


Revistas


A publicação de revistas possui um grande histórico, sendo publicada desde a abertura do local, em 1954.

Referências

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1.       Ir para cima↑

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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·        Página do IHGSP

Referências:

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1 <<Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo>>

2 <<Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo>>

3 Manoel Luis Lima Salgado Guimarães. <<Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional>>

4 <<ONGS Brasil>>

5 <<Prefeitura de São Paulo - Cultura>>

6 Martins, Ana Luiza. <<Revistas em revistas - Imprensa e práticas culturais em Tempos de República, São Paulo (1890-1922)>>

7 <<Biblioteca Virtual da FAPESP>>

8 <<Acervo histórico de exposições parlamentares paulistas>>

9 <<Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo abre lojinha de preciosidades>> Catraca Livre

10 Auler, Cylaine, 2009. <<A revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo: um lugar de memória>>

11 Ferreira, Antonio Celso e MAHL, Marcelo Lapuente. 2011. <<Preservação e patrimônio no instituto histórico e geográfico de São Paulo>>