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Instruções para este esboço editar

Este artigo visa criar uma nova versão para o artigo sobre espiritismo. O intuito aqui é apenas informar o leitor, podemos até apontar as polêmicas, mas sem entrar no mérito se são verdadeiras ou não. O artigo original apresenta-se parcial e com problemas de semântica, confundindo espiritismo com espiritualismo. Vamos tentar desatar estes nós neste novo artigo. Sua ajuda é importante.




O Espiritismo é definido pela Doutrina Espírita como uma coletânea de princípios morais e filosóficos, compiladas por Allan Kardec numa série de cinco livros, constituindo a Codificação do Espiritismo.

No entanto, atualmente o termo espiritismo também é usado para designar qualquer tipo de comunicação entre os encarnados e o plano espiritual, através de processos que são denominados como mediúnicos.

A crença nos espíritos caracteriza-se fundamentalmente nos seguintes pontos:

  • Existência de Deus, o Espírito Supremo;
  • A vida não cessa com a morte;
  • A reencarnação do espírito;
  • Na capacidade de comunicação entre os seres encarnados ("vivos" com corpo material) e os seres desencarnados ("vivos" sem corpo material) através da mediunidade.

Origem do termo editar

O primeiro registro histórico da palavra espiritismo encontra-se nos trabalhos de Kardec. No entanto, o termo espiritismo é também utilizado para designar outras doutrinas filosóficas que - apesar de não terem a mesma origem da doutrina fundada por Kardec - possuem algumas similaridades, como a comunicação com o mundo espiritual através de médiuns.

O próprio Allan Kardec, na primeira edição da Revista Espírita (1858), afirma que "Há manifestações espíritas como a do sonambulismo; (...)". indicando a possibilidade de utilizar a palavra espiritismo para designar inclusive fenômenos parapsicológicos.

Doutrina Espírita editar

Foi o professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail , adotando o pseudônimo de Allan Kardec, que fundou a Doutrina Espírita utilizando-se de preceitos filosóficos e morais que lhe foram passados através de uma série de comunicações com Espíritos Superiores. Para tanto, utilizou-se de métodos mediúnicos como a psicografia.

Kardec se propôs a estudar os fenômenos mediúnicos utilizando-se de métodos científicos de base empírica (observação). O interesse dos pesquisadores por tais “manifestações” aumentou após o sucesso das pesquisas realizadas nos EUA em torno das irmãs Fox.

Segundo a Doutrina Espírita, o termo Espiritismo é um neologismo criado por Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de "O Livro dos Espíritos" e por indicação dos Espíritos Superiores (também chamados de Guias Espirituais), para diferenciação com o termo espiritualista, este bem mais genérico e que indica o oposto do materialismo.


Polêmicas editar

Espiritismo e o Cristianismo Tradicional editar

Os praticantes das tradicionais religiões católicas não aceitam que o espiritismo se auto-denomine uma doutrina cristã. Essa reação ocorre porque aqueles acreditam que o espiritismo nega vários preceitos de fé considerados fundamentais no cristianismo, como:

01) O Deus uno e trino;
02) A divindade de Jesus Cristo e o poder salvífico de seu sacrifício na cruz;
03) O caráter infalível dos textos bíblicos;

Quanto ao item 01, o espiritismo desvincula Deus da imagem humana, assim todos os homens passam a ser igualmente filhos de Deus, da mesma forma que todos os outros seres da natureza o são. O espiritismo acredita em um Deus único, impossível de ser representado por uma forma humana, aproximando a imagem de Deus a de um ser etério que permeia seu amor e inteligência por todo o universo.

No segundo item, o espiritismo passa a enxergar Jesus não mais como um pai em sua figura divina, e sim como um humilde irmão mais velho que veio a este mundo para nos ensinar uma nova moral e ética. O espiritismo ensina que Jesus é um exemplo a ser seguido, e não apenas idolatrado como um ente divino.

No tocante à bíblia, o espiritismo admite que muitos dos seus trechos tiveram seu sentido adulterado nas inúmeras traduções e adaptações que sofreu. Mesmo assim, a bíblia é uma das principais fontes de estudo espírita, que deve ser analisada e estudada sempre de maneira sensata e que contribua para a evolução da moral e ética do homem contemporâneo.

A moral que se estuda no espiritismo é a mesma moral que encontramos em outras doutrinas cristãs, no entanto, as igrejas cristãs tradicionais consideram que apenas o aspecto moral, desconsiderando os aspectos doutrinários e teológicos, não é suficiente para que um grupo seja genuinamente considerado cristão.

Enquanto o espiritismo entende que todas as almas humanas podem evoluir e alcançar um estado de pureza angelical, na tradição judaico-cristã os anjos são almas criadas por Deus em sua representação mais pura, não passando pelos processos de evolução que observamos tanto na natureza quanto na própria civilização humana.

Hoje, a posição oficial da Igreja Católica, proíbe aos seus discípulos assistir a sessões espíritas, contudo, e principalmente no Brasil, é possível observar uma maior tolerância por parte dos católicos às crenças espíritas. Estas pessoas acreditam que tanto o espiritismo quanto o catolicismo ganham muito mais quando se atraem do que quando se repelem.