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CTN-RJ

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Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro (CTN - RJ) é uma associação sem fins lucrativos, político-partidário ou religiosos, reconhecida pelo Ministério da Economia e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Estado do Rio de Janeiro. Com sua base no Rio de Janeiro, atua na área de Economia do Mar; Economia de Defesa; pesquisa; ciência; tecnologia; inovação e empreendedorismo, com o intuito de colaborar para o desenvolvimento econômico da região de vantajosa para os seus associados e sociedade, desfrutando das potencialidades do mar e da região da costa de forma moderada e sustentável, representando os interesses do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.

CTN-RJ/Testes
Cluster Tecnológico Naval - Rio de Janeiro
Slogan Elos por uma Economia + Azul
Gênero Associação civil sem fins lucrativos
Sede estado do Rio de Janeiro, Brasil
Área(s) servida(s) Rio de janeiro

A Associação, estabelecida em 13 de Novembro de 2019, (I) visa criar um ambiente para apoio e parcerias aos agentes econômicos, públicos e privados, a partir do modelo Triplo-Hélice (espaço de diálogo e negociação entre a Academia, a Indústria e o Governo); (II) promover ética e democracia; (III) difundir a conscientização da importância da defesa do país como geradora do desenvolvimento socioeconômico nacional; (IV) impulsionar a conscientização nacional para a necessidade da mentalidade marítima ao desenvolvimento da soberania do país; (V) difundir a relevância do desenvolvimento do Poder Marítimo por meio da Economia do Mar, no âmbito político e social; (VI) articular os agentes econômicos para a organização geográfica da economia sob a ótica dos “Clusters”; (VII) promover a concentração de cadeias produtivas relacionadas à Economia do Mar e à Economia de Defesa; (VIII) incentivar os estudos e pesquisas que fomentem a inovação e o desenvolvimento tecnológico nos processos produtivos relacionados às atividades da Associação; (IX) suscitar a interação sistêmica das empresas dos setores e realização de acordos de cooperação entre empresas, instituições de ensino e pesquisa e desenvolvimento, poderes públicos municipal, estadual, federal e demais organizações; (X) apoiar iniciativas de formação e qualificação de recursos humanos visando o aprimoramento técnico e gerencial das empresas; (XI) auxiliar para uma visão de internacionalização de empresas e de parcerias internacionais, e para o fortalecimento da Plataforma de Exportações da Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil; e (XII) viabilizar  o desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental das regiões onde atua, por meio da atração de investimentos e do estímulo a efeitos multiplicadores sobre a economia, contribuindo para a geração de trabalho, emprego e renda.[1]

Cluster ou APL

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O conceito de Clusters, ou Arranjo Produtivo Local (APL), surgiu nas teorias aplicadas às concentrações de indústrias espe

cializadas em determinadas localidades, difundidas pelos estudos de Alfred Marshall [2]em 1890, na sua obra “Princípios da Economia”. Esses polos são produto da aglomeração gerada por complexos industriais, que se baseiam nas suas fortes relações com as respectivas regiões onde estão instalados. Tais complexos têm suas atividades econômicas ligadas em uma relação insumo-produto.

O método dos Clusters acabou se consolidando na década de 1990, após a obra de Michael Porter[3] “As vantagens competitivas das nações”, iluminado pelo conceito de “vantagens comparativas” de David Ricardo[4] , economista britânico do século XVIII que lançou as bases para a criação de grandes blocos econômicos, como a União Europeia. Esse método, conforme o modelo triplo hélice (PORTER, 1993), requer uma abordagem coletiva que envolve a administração pública, empresas e universidades. Tal abordagem também deve ser aberta ao mercado internacional.

Criação do CTN-RJ

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As características geográficas do Estado do Rio de Janeiro, se fizeram vantajosas para a criação de um Cluster na região, visto que se encontram portos naturais como os da Baía de Guanabara[5] e de Sepetiba[6]; ecossistemas privilegiados, como a da Baía da Ilha Grande de Angra dos Reis[7]; e abundância de recursos vivos e não-vivos na sua costa, como a diversidade de pescados e os grande campos petrolíferos da camada do pré-sal.[8]

Assim, existem instaladas grandes aglomerações de indústrias e empresas que provêem serviços para as suas respectivas cadeias produtivas, ao longo de vários pontos da Costa Fluminense. Visto a facilidade de infraestrutura portuária e logística em pequenas distâncias ao longo de toda a sua região costeira.

A fim de potencializar essas vantagens, buscando incentivar a proximidade do Governo e da Academia, maior produtividade, melhor desempenho e prosperidade de seus negócios, vislumbrou-se a criação de uma Associação com potencial de efeitos de transbordamento positivo na economia regional (spillovers) ou efeitos inesperados como a criação de um novo produto e/ou serviço (spin offs). Com isso, em 13 de novembro de 2019, na Casa FIRJAN, foi realizada a Assembleia Geral para a formação da Associação do Cluster Tecnológico Naval, com o devido registro em Cartório de seu Estatuto em 4 de dezembro de 2019.

Em seu primeiro ano de criação, o Cluster produziu cinco documentos estruturantes, sendo eles: Plano Estratégico 2021-2025; Plano de Desenvolvimento de Negócios 2021-2022; Plano de Marketing e Comunicação 2021-2022; Norma para Compliance, Ética e Conflito de Interesses; e Política de Proteção, Transparência e Segurança de Dados.

O CTNRJ foi formado, inicialmente, pelas empresas fundadoras: AMAZUL- Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A[9] ,CONDOR S/A Indústria Química[10], EMGEPRON – Empresa Gerencial de Projetos Navais[11] e NUCLEP – NUCLEBRAS Equipamentos Pesados S.A[12]. , que se articularam consensualmente. Em 27 de abril de 2021, a partir de um webinar promovido em parceria com a FIRJAN, a Associação deu início ao seu processo de adesão para as “Empresas Parceiras de Primeira Hora”.

Rio de Janeiro e sua economia do Mar

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Rio de Janeiro, 2018

O estado do Rio de Janeiro sempre esteve atrelado ao mar, seja através das caravanas portuguesas em 1502 comandada por Gaspar Lemos que deu o nome da região ao avistar a foz de um rio, como nas trocas comerciais com os índios aos quais os produtos eram transportados via marítima. O seu maior desenvolvimento como a segunda capital mais rica do Brasil se deu por conta de sua vocação natural ao mar e os benefícios que ele pôde proporcionar, principalmente no que se refere ao escoamento de produtos brasileiros ao exterior como no século XIV com o escambo do pau-brasil, XVI com o ciclo da cana-de-açúcar, XVIII com o ciclo do ouro e XIX com o café.[13]

Até 2020, a sua maior fonte econômica se encontra destinada à produção de petróleo em suas bacias, essencialmente a Bacia de Campos. Com quase metade de sua produtividade regional atribuída à extração de petróleo e gás natural (22,3%), o estado sedia grandes empresas neste ramo como a Petrobrás e a Vale, indicando a força do mar para as questões financeiras do Rio.[14]

Foi criado em 2021 no governo do estado do Rio de Janeiro, reafirmando a importância da Economia do Mar, a Comissão Estadual para o Desenvolvimento da Economia do Mar (CEDEMAR). O Rio de Janeiro também é o pioneiro a estabelecer uma política pública em impulsionar os setores marítimos com a criação da política “Economia do Mar no Estado do Rio de Janeiro” (projeto de lei 4698/2021), estabelecendo maiores oportunidades para a população fluminense através do desenvolvimento, maior competitividade entre as empresas e gerando emprego e renda para o Estado.

Missão, Visão e Valor

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Missão: “Consolidar a cooperação e contribuir para o desenvolvimento das atividades econômicas relacionadas ao Mar no Estado do Rio de Janeiro, a fim de estabelecer uma economia próspera para a região, benéfica para os seus associados e a sociedade.”

Visão: “Ser uma referência de articulação ordenada e sustentável das atividades econômicas relacionadas ao Mar, tanto pela oferta de valor aos associados, como para os demais atores regionais envolvidos.”

Valores:

  • COMPROMETIMENTO – buscar um relacionamento coletivo, de forma colaborativa, que esteja destinado ao desenvolvimento e uma maior produtividade dos associados;
  • GOVERNANÇA – gerenciar os relacionamentos e atividades no ambiente do Cluster para se obter maior sinergia entre associados;
  • SUSTENTABILIDADE – prover um ambiente baseado no desenvolvimento das pessoas, no trabalho em equipe, na segurança, na preservação do meio-ambiente, na promoção da saúde, na qualidade de vida e em relacionamentos de cooperação;
  • ORGANIZAÇÃO – garantir uma estrutura organizacional eficiente, assegurando a harmonia e o trabalho ordenado no ambiente do Cluster; e
  • INOVAÇÃO – buscar um ambiente de inovação que possa estimular o crescimento sustentável do Cluster.

Empresas Associadas

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Podem se associar ao CTNRJ pessoas jurídicas de direito público interno, associações e fundações, sociedades e empresas individuais de responsabilidade limitada, que participem ou queiram participar dos setores relacionados à Economia do Mar e à Economia de Defesa, além das pessoas naturais ou jurídicas, admitidas como associados honorários. As empresas associadas ao Cluster podem ser consultadas no site oficial www.clusternaval.org.br

  1. «Estatuto da Associação do Cluster Tecnológico Naval» (PDF). Estatuto da Associação do Cluster Tecnológico Naval. 4 de dezembro de 2019. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  2. «Alfred Marshall». Wikipédia, a enciclopédia livre. 28 de outubro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  3. «Michael Porter». Wikipédia, a enciclopédia livre. 14 de agosto de 2019. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  4. «David Ricardo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 7 de dezembro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  5. «Baía de Guanabara». Wikipédia, a enciclopédia livre. 9 de junho de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  6. «Baía de Sepetiba». Wikipédia, a enciclopédia livre. 5 de novembro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  7. «Baía da Ilha Grande». Wikipédia, a enciclopédia livre. 26 de fevereiro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  8. «Camada pré-sal». Wikipédia, a enciclopédia livre. 14 de agosto de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  9. «Home | Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.». www.amazul.mar.mil.br. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  10. «Home • Condor - Tecnologias Não Letais». Condor - Tecnologias Não Letais. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  11. «Emgepron». Emgepron. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  12. «Nuclep - Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A». Nuclep - Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  13. cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/historico. Consultado em 17 de dezembro de 2021  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  14. work +55.81.97904.3647, Free Walker Tours Free Walker Tours (9 de novembro de 2020). «O que o Rio de Janeiro Produz? Economia do Rio de Janeiro». Free Walker Tours. Consultado em 17 de dezembro de 2021