Usuário(a):Crustáceos 2019 USP/Testes

Circulação em Crustáceos

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O sistema circulatório de Crustáceos é caracterizado como sistema aberto, portanto possuem uma rede complexa que engloba tanto capilares quanto tecidos. O ritmo cardíaco de animais com sistema aberto é maior do que daqueles de sistema fechado, de mesmo tamanho, pois eles têm de compensar a perda de pressão que ocorre quando o sangue chega diretamente aos tecidos. Crustáceos não possuem a musculatura que rodearia os vasos periféricos, mas o sistema de válvulas dependente de sinais neuro-hormonais torna a distribuição do fluido circulatório suficientemente eficiente.

Dependendo do tamanho do animal, há outros órgãos que promovem o bombeamento do líquido circulatório. O número de ramificação dos vasos também depende da proporção do organismo da espécie. Devido a grande diversidade no grupo, a diferentes arranjos do sistema circulatório: alguns animais pequenos possuem apenas o coração e alguns vasos, enquanto outros possuem o coração e vasos bem desenvolvidos e até um órgão bombeador acessório (cor frontale), enquanto formas sésseis nem possuem coração[1].

Possuem um coração musculoso que bombeia hemolinfa para artérias que se ramificam em vasos similares a capilares, que desembocam direto nos tecidos, banhando-os com o líquido circulatório. A via venosa ocorre a partir de canais ligados ao sistema respiratório, que se conectam ao coração. Possuem um coração tubular dorsal, com apenas uma câmara, de onde partem vasos que desembocam em uma cavidade, denominada hemocele (representa o celoma desses animais).

Seu sangue (também denominado hemolinfa) contém diversos tipos celulares, como por exemplo células de defesa. O oxigênio é transportado por hemoglobinas dissolvidas no sangue ou hemocianina, dependendo da espécie[2]. A hemolinfa passa por capilares no tecido antes de desembocar na hemocele, por conta do endotélio fino desses vasos, a hemolinfa banha os tecidos diretamente.

O controle da pressão da hemolinfa é efetuada a partir do monitoramento dessa por barorreceptores[3], localizados nas artérias, que são células nervosas encontradas também em outros invertebrados e em vertebrados, que podem aumentar ou diminuir a pulsação do coração, pela excitação de neurônios ligados aos músculos cardíacos (sistema nervoso central autônomo).

As válvulas cardíacas são controladas não apenas pela força do fluido, mas também por inervações, excitatórias ou inibitórias em relação ao seu fechamento, o que também influencia a pressão nos vasos. A inervação excitatória promove a contração da válvula e a atenuação do pulso, enquanto a inibitória leva a dilatação da válvula, aumentando o pulso[4].