Usuário(a):DanielValenteBH/Revolución del 28 de mayo

A rebelião de 28 de maio de 1944 foi um levante popular no Equador conhecido em alguns setores da população como "La Gloriosa", que derrubou o presidente Carlos A. Arroyo del Río e posteriormente permitiu que Velasco Ibarra se tornasse presidente.

Contexto histórico editar

Foi o Governo pró oligárquico e altamente repressor de Arroio do Rio que foi desposto por esta revolução.

Em defesa dos altos interesses burgueses e agroexportadores, o governo brigou com os crescentes sindicatos e o movimento operário em general, para tê-los sob controle, utilizando a violência como meio repressor. Se tomar em conta que na cidade de Guayaquil já se tinham desenvolvido repressões brutais ao sector operário, poder-se-á entender por que nesta cidade se dão depois os factos mais relevantes da rebelião.

Por outro lado a guerra peruano-equatoriana de 1941 na que os diplomatas de Equador acederam a reconhecer as pretensões do Estado peruano sobre um sector também reclamado pelo Estado equatoriano depois de que o Exército peruano invadisse a província do Ouro, fizeram que o presidente se ganhasse a desaprovação de vários sectores das Forças Armadas do Equador que viram na negociação diplomática uma "traição à pátria".


Ao não encontrar apoio no exército, Arroio do Rio decide reforçar os carabineiros (atual Polícia Nacional) para que eles se convertam na força armada que o sustente no poder. Os carabineiros são reforçados com armamento bélico enquanto corta-se a despesa militar, dita decisão incrementou o descontentamento dos militares para este governo. Os Carabineiros caracterizaram-se neste tempo pela exacerbada violência de seus atos em um nível brutal

Revolução editar

Finalmente a situação explode, o povo de Guayaquil com seus sindicatos vira-se às ruas. Nesse momento os militares declaram que lhe tiram o respaldo ao regime no poder, enquanto por outro o lado o governo ordena aos carabineros que saiam a reprimir à população; inclusive dão-se choques armados com os militares. Enquanto por um lado a rebelião é de matiz popular e espontânea, pelo outro nas ruas, quem se converteu política ao encabeçar as demandas do movimento são os líderes do Partido Comunista do Equador, entre os que figuram Pedro Antonio Saad Niyaim e os escritores Joaquín Galegos Lara e Enrique Gil Gilbert; e também em menor nível os do Partido Socialista. Também, nos quartéis militares se lhes entregam armas aos civis para que estes se enfrentem aos Carabineiros. A situação de revolta dura uns poucos dias e finalmente os civis de Guayaquil conseguiram encurralar os Carabineiros no quartel geral de polícia da cidade no dia 28 de maio de 1944.

O comandante Lutgardo Proaño era chefe de Carabineiros da praça de Guayaquil, rendeu-se depois de nove horas de combate. Na tomada do quartel de Carabineiros produziram-se saques e incendiou-se o quartel

O presidente finalmente é derrocado e convoca-se à Junta de Governo na chamada "Aliança Democrática Equatoriana" a qual assume o poder do Estado, sendo o director desta aliança o liberal dissidente Julio Teodoro Salem por poucos dias até a assunção de Velasco Ibarra como presidente da república o 31 de maio, quando chegou ao país desde Colômbia. Elabora-se uma constituição de corte socialista ainda que não totalmente revolucionária (da que muitos constitucionalistas equatorianos de diversas tendências políticas sustentam tem sido a melhor que tem tido o país por seu alto nível científico). Chama-se a uma negociação entre líderes políticos de vários sectores chegando à conclusão de eleger como presidente José María Velasco Ibarra para o período 1944 - 1948, que gozava de grande popularidade nesse momento, com a condição de que respeitasse a nova constituição. Leste aceita, ainda que uma vez em poder quase imediatamente anula-a, declarando-se ditador. [[Categoria:História do Equador]]