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Concreto versus Abstrato

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O lúdico na aprendizagem significativa

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Muito se fala em ludicidade e construtivismo nas propostas didáticas que são destinadas ao Ensino Fundamental na disciplina de ciências (FOUREZ 2003; CACHAPUZ et al 2005 ).[1] Porém, uma análise mais cuidadosa destes trabalhos, revela que pouco tem se discutido sobre a importância que existe na abordagem entre as dimensões concreto versus abstrato para a elaboração e planejamento de um ensino específico para o Ensino Fundamental. Segundo a teoria de Ausubel (2002, p.24)[2] é preferível que na relação concreto versus abstrato, as ideias mais gerais, inclusivas e explicativas, juntamente com o material factual de aprendizagem, estejam unidas no exercício de aprendizagem. Sobre esse posicionamento Ausubel comenta:

A questão do concreto versus abstracto é relevante quando as ideias gerais e explicativas, por um lado, e o material factual relativamente específico, por outro, estão presentes no mesmo exercício de aprendizagem e influenciam a estrutura cognitiva do aprendiz, assim como se incorporam na mesma.

Note que Ausubel trata como relevante aquele exercício de aprendizagem no qual estão presentes ambas as dimensões citadas, tanto a concreta como a abstrata, e mais, podemos notar que Ausubel se preocupa se estas relações também podem se relacionar com a estrutura cognitiva do aprendiz. Caso isso seja possível, Ausubel teoriza que a própria relação entre concreto e abstrato se incorpora na estrutura cognitiva do aprendiz.

  1. CACHAPUZ , A. A necessária renovação do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 2005
  2. AUSUBEL, D.P. The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. New York: Kluwer Academic Publishers, 2002.