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Glicéria Tupinambá, também conhecida como Glicéria Jesus da Silva ou Célia Tupinambá, é uma artista, professora e liderança indígena, nascida em 1982 na aldeia Serra do Padeiro, localizada no Território Indígena Tupinambá de Olivença (Bahia). Ficou conhecida internacionalmente por seus trabalhos com o manto tupinambá.[1]

Biografia editar

Professora, antropóloga, ativista, pesquisadora, cineasta e liderança da aldeia em Serra do Padeiro, na terra indígena Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia. Concluiu a Licenciatura Intercultural Indígena no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Porto Seguro, Bahia, Brasil. Dirigiu, em parceria com Cristiane Julião Pankararu e Alexandre (Xandão) Pankararu, o documentário Voz das Mulheres Indígenas (2015).

Foi a primeira artista indígena a representar o país no pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza em 2024, com a exposição “Ka’a Pûera: Nós Somos Pássaros que Andam”.[2]

Manto Tupinambá editar

Em 2006, Glicéria começou a pesquisar sobre o manto junto a seus familiares. Descobriu que a técnica ainda era utilizada para confecionar redes de pesca e jereré. A partir desta descoberta, Glicéria conseguiu avançar na pesquisa sobre a confecção dos mantos, um trabalho que continua desenvolvendo até os dias de hoje, pois cada peça tem um processo particular. Durante as suas pesquisas teve contato pela primeira vez com imagens dos mantos dos século XVI e XVII, através das aulas da professora Patrícia Navarro, da UEFS. O manto confeccionado fez parte da exposição "Os primeiros brasileiros", organizada no Museu Nacional pelo professor João Pacheco de Oliveira.[3] O manto não foi atingido pelo incêndio que atingiu o Museu, estando a salvo no Memorial dos Povos Indígenas em Brasília.[4]

Prêmios e reconhecimentos editar

  • 2024 — Primeira artista indígena a representar o Brasil na Bienal de Veneza.[2]
  • 2023 — Vencedora do Prêmio Pipa.[5]
  • 2020/2021— Prêmio Funarte Artes Visuais[6]

Referências editar

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Referências

  1. «Glicéria Tupinambá - Flip» 
  2. a b Greenberger, Alex (1 de novembro de 2023). «Glicéria Tupinambá Becomes First Indigenous Artist to Represent Brazil Solo at Venice Biennale». ARTnews.com (em inglês). Consultado em 4 de maio de 2024 
  3. Tupinambá, Glicéria (Célia) (3 de julho de 2022). «An Indigenous Woman Troubling the Museum's Colonialist Legacy: Conversation with Glicéria Tupinambá: Interviewer: Bruno Brulon Soares Transcription: Pedro Marco Gonçalves Interview conducted on 1 April 2022». Museum International (em inglês) (3-4): 10–23. ISSN 1350-0775. doi:10.1080/13500775.2022.2234188. Consultado em 4 de maio de 2024 
  4. Tupinambá, Célia & Valente, Renata. (2021). «Manto Tupinambá» 
  5. «Anúncio dos Artistas Premiados do PIPA 2023». Prêmio PIPA. 30 de junho de 2023. Consultado em 4 de maio de 2024 
  6. CAFFÉ, J.; GONTIJO, J. Expor o sagrado: O caso do manto tupinambá na ex- posição Kwá Yepé Turusú Yuriri Assojaba Tupinambá. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 23–47, jan.2023. DOI: 10.20396/ modos.v7i2.8670562. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ ojs/index.php/mod/article/view/8670562.

Bibliografia editar

CAFFÉ, J.; GONTIJO, J. Expor o sagrado: O caso do manto tupinambá na ex- posição Kwá Yepé Turusú Yuriri Assojaba Tupinambá. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 23–47, jan.2023. DOI: 10.20396/ modos.v7i2.8670562. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ ojs/index.php/mod/article/view/8670562.

SILVA, Glicéria Jesus. "Arenga Tata Nhee Assojoba Tupinambá", Tellus, Campo Grande, MS, ano 21, n.46, p.323-339, ste./dez. 2021.

Ligações externas editar