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Ficheiro:A Manhã
A Manhã
A Manhã.jpg
Slogan
Fundação 1925
Término de publicação 1935


A Manhã era um matutino versátil, com doze páginas em tamanho standard, bem montado, com bom uso de imagens – e considerado à época de boa qualidade.

História

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Criado no Rio de Janeiro (RJ) em 29 de dezembro de 1925 por Mário Rodrigues.

Mário Rodrigues (pai dos escritores Nelson Rodrigues e Mário Filho) criou o seu próprio jornal a partir de uma sociedade anônima, formada por vários cotistas, depois sua passagem pelo Correio da Manhã, de onde havia saído após romper com Edmundo Bittencourt.

Segundo Matías M. Molina, em “Campeão da virulência”, A Manhã “tinha ultrapassado o Correio da Manhã, até então o mais combativo dos jornais, como modelo de destempero, agressividade e falta de autocontrole”.

Quando veio à lume, o jornal já tinha excelente equipe de colaboradores, com nomes como Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Medeiros e Albuquerque, Antonio Torres, Hermes Fontes, Agripino Grieco, Alcântara Machado, Vicente Piragibe, incluindo-se aí Apparício Torelly. Este último publicava versos políticos satíricos que lhe granjearam rápida popularidade e certamente o animaram a lançar seu próprio periódico, em maio de 1926: A Manha,título que troçava do título do jornal de Mário Rodrigues.

Seis anos depois do fechamento de A Manhã, outro jornal com este mesmo nome veio a circular: fundado por Pedro Motta Lima em 26 de abril de 1935, o segundo A Manhã era do Partido Comunista Brasileiro (PCB, então denominado Partido Comunista do Brasil), apresentando-se como porta-voz da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Durou somente até 27 de novembro de 1935 e nada tem a ver com o primeiro A Manhã, criado por Mário Rodrigues.

Referências

1. CASTRO, Ruy. O Anjo Pornográfico: a vida de Nelson Rodrigues. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

2. DIDIER, Carlos. Orestes Barbosa: repórter, cronista e poeta. Rio de Janeiro: Agir, 2005.

3. GASPARIAN, Helena. A Manhã. In: ABREU, Alzira Alves et al. (Coord.) Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930. Rio de Janeiro: Editora FGV; CPDOC, 2001. Vol. III.

4. MOLINA, Matías M. Campeão da virulência. Observatório da Imprensa, 4 out. 2011. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_campeao_da_virulencia Acesso em: 13 mai. 2013.

5. SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.