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O ferro forjado foi amplamente utilizada na produção das artes. Ferreiros e serralheiros, desde os tempos medievais o utilizavam na produção de obras artesanais. Diferente do ferro fundido que depois da Revolução Industrial veio a produção em larga escala, o ferro forjado não se adaptou tão bem à essa produção, sendo majoritariamente arte transmitida de mestre a aprendiz.[1] No Brasil, o ferro também ganhou grande importância depois da Revolução Industrial, onde foi possível importar o material por causa de seu barateamento.

Em Salvador, onde se encontrava grande concentração de artistas que trabalhavam com o ferro forjado, arquitetos baianos e artistas plásticos, produziram gradis de ferro com grande diversidade de formas, utilizando conceitos do passado e novas técnicas, se adaptando à segurança e a beleza, muitas vezes com influência do Art nouveau e necessidades da cidade moderna. A diversidade de belezas naturais e culturais em Salvador, serviu de inspiração para a arte do ferro, onde artistas utilizavam desenhos orgânicos e geométricos de variadas formas, dado que no século XX houve uma grande diversidade de linhas de pensamento, talvez influenciados pelos caminhos da arquitetura contemporânea, muitos artistas propunham grande módulos, sem repetição, sempre em sequência inédita, muitas vezes delimitada pelas possibilidades tecnológicas. Como exemplo de artista plásticos baianos temos Bel Borba, que utiliza referências religiosas como inspiração, valendo-se frequentemente de orixás da Bahia.[2]

  1. Mendes. A. M. O Ferro na História: das Artes Mecânicas às Belas Artes. Faculdade de Letras da Faculdade de Coimbra, Portugal, 18f, 2000.
  2. RIBEIRO, N. L. de. S. O Ecletismo dos Gradis Modernos de Salvador. 2017. 187 f. Dissertação (Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-Graduação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.