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Abordagem das ordens clássicas segundo Vignola

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Considerado por muitos como um verdadeiro manual, o tratado de Vignola , “Regola delli cinque ordini d'architettura” "Regras das cinco ordens da arquitetura", [1] teve uma contribuição singular para o ensino prático e teórico da arquitetura.

  Originalmente publicado em italiano com sua primeira edição em 1562, o livro contava com 32 páginas mais a introdução, tendo posteriormente mais de 250 edições,[2] ao longo dos anos e a cada edição a obra foi sofrendo reformulações e  modificações, sendo acrescentadas páginas e outros desenhos. O livro trata das ordens de colunas[3] presentes na arquitetura clássica, sendo esse tópico algo já discutido antes por autores como Vitrúvio e Sebastiano Serlio,[4] Vignola se difere no modo de abordagem e no formato em que apresenta o assunto.Contando em sua grande maioria com ilustrações, o livro possui poucos textos ao longo do seu desenvolvimento, sendo concentrados na parte inferior das páginas com os desenhos ou na página seguinte, formando um par de página com texto e imagem.

  Diferente dos demais tratados e livros que abordam o assunto das ordens junto com outras vertentes da arquitetura, Vignola se aprofunda em um único tema em seu tratado, dando-o exclusividade e colocando em evidência as diferenças entre uma ordem e outra, limitando-se apenas à essa questão do início ao fim. Fazendo uso do diagrama das cinco ordens justapostas apresentadas por Serlio, Vignola sugere um sistema numérico de cálculo como abordagem para análise e construção das colunas com seus diferentes tipos de ordens, seguindo uma lógica de proporcionalidade ele consegue elaborar uma relação geométrica capaz de estabelecer as medidas corretas para a construção da coluna. [5] Tendo como base essa racionalização do fazer arquitetônico tão característico do renascimento italiano, ele consegue apresentar de forma prática algo que antes era tratado majoritariamente de forma  filosófica por muitos outros autores.

  Exercendo até os tempos atuais grande influência no campo da arquitetura e das artes, o tratado de Vignola representa não apenas  um pensamento racional sobre o assunto, mas também um modelo do fazer construtivo, sendo ainda tema para muitos debates e produções acadêmicas.

Referências

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[1] Fonte primária do verbete, conteúdo desenvolvido pelo autor.

[2] De forma introdutória o artigo contribui com informações sobre as obras de Vignola de forma geral falando sobre seu tratado.

[3] O livro aborda o assunto das ordens clássicas segundo Vignola e outros arquitetos da época.

[4] O autor discorre sobre as obras clássicas da arquitetura e as ordens de colunas trazendo diferentes exemplos de arquitetos distintos.

[5] Tendo como premissa o uso da geometria e da matemática em geral, o artigo trás referências e análises das ordens de Vignola sobre essa ótica.

  1. a b VIGNOLA, Giacomo Barozzi da (1876). Regras das cinco ordens de architectura segundo os principios de Vignhola : com um ensaio sobre as mesmas ordens feito sobre o sentimento dos mais celebres architectos. Traduzido por José Calheiros de Magalhães e Andrade. Lisboa: Typographia Universal 
  2. a b EVERS, Bernd (2006). Teoria da Arquitectura - do Renascimento aos Nossos Dias. Itália: Taschen 
  3. a b CHITHAM, Robert (2005). The Classical Orders of Architecture. Amsterdam: Architectural Press 
  4. a b SUMMERSON, John (1997). A linguagem clássica da arquitetura. Traduzido por Sylvia Ficher. São Paulo: Martins Fontes 
  5. a b CARPO, Mario (2003). «Drawing with Numbers: Geometry and Numeracy in Early Modern Architectural Design». University of California Press on behalf of the Society of Architectural Historians. Journal of the Society of Architectural Historians