Usuário(a):Lisedrez/Testes/História Ambiental/Conteúdo Antigo

RASCUNHO

editar

Nova estrutura

editar

Definição (introdução, última coisa)

- A natureza na historiografia antes de 1970

Euclides da Cunha, Buffon


- Emergência enquanto um campo de estudos

Pádua: Natureza e cultura na experiência histórica: por uma visão menos dualista Lise: Capítulo sobre história ambiental na América Latina


- Perspectivas e abordagens

(Advocacy, Teoria político-econômica)


- Críticas

(Determinismo ambiental, Narrativas declencionistas, Presentismo)

Sugestões

editar
  • Período e contexto socio-histórico de institucionalização da História Ambiental enquanto campo científico e disciplina do saber
    • Surgimento da disciplina
    • Contexto EUA / França
    • Contexto Brasil
  • Busca por correntes de pensamento, ideologias, filosofias basais no nascimento e consolidação da História Ambiental
    • Interdisciplinaridade
    • Áreas de pesquisa: Agrária, Urbana, Intelectual, Animais, etc
  • Inclusão dos autores mais destacados e suas principais obras/ideias na área de História Ambiental no mundo e no Brasil
    • Carolyn Merchant*, Nancy Langstone, Myrna Santiago, Susan Fadler*, Harriet Ritvo.
  • Busca sobre os principais grupos de pesquisa/laboratórios e instituições públicas ligadas à área de História Ambiental no Brasil e suas contribuições na pesquisa científica
    • Inserir no contexto brasileiro - citar Lise/Eunice
  • Conceitos, noções fundamentais e categorias de análise utilizados pelo campo da História Ambiental enquanto vertente do pensamento histórico e historiográfico
  • Articulações tempo-espaço e tempo presente-tempo passado-tempo futuro na construção do campo da História Ambiental (contribuições externas à História)
  • Críticas e questionamentos aos fundamentos teórico-metodológicos da História Ambiental
  • Abordagens, emergências, rupturas e permanências dentro do campo da História Ambiental desde seu surgimento e institucionalização até o tempo presente
  • Citações
    • Dossiê dos animais na Manguinhos


Antecedentes (antigo)

Apesar da preocupação como algo correlato aos problemas ambientais serem presentes no pensamento ocidental desde o século XVIII, o surgimento da História ambiental como entendemos hoje se deu apenas no século XX.[1]

Em 1972, o historiador Roderick Nash ministrou o primeiro curso universitário com o título de História Ambiental na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.[2]

Mas é nos anos 1980 e 90, que o campo ganha status cientifico e institucional, com a criação de cursos de pós-graduação, de periódicos (Environmental History) e de uma sociedade, a American Society for Environmental History, principalmente nos Estados Unidos. (Stewart, 1998). Na Europa, em 1999, é fundada a European Society for yEnvironmental Histor e a revista Environmental and History. Essas eventos nos mostram que o esforço por parte dos historiadores de estabelecer esta especialidade, procurando institucionalizar as discussões teóricas e metodológicas da nova abordagem.

Os precursores dessa nova História são encontrados entre os autores da chamada História das Civilizações, onde se destacam autores como Arthur Toynbee ( Mankind and Mother Earth: A Narrative History of the World) e Gordon Childe (Man Makes Himself). Esses autores analisaram como sociedades tiveram sua existência vinculada ao uso dos recursos naturais (Drummond, 1991).

Na Europa, Marc Bloch e Lucien Febvre lançaram a "Revue des Annales" que deu origem à chamada "Nova História". Esta nova corrente historiográfica propunha a construção de uma história recorrendo a tudo o que estivesse relacionado ao homem, incluindo a natureza. Em seu estudo sobre a vida rural na França, Bloch, assim como Febvre, deu uma atenção especial ao meio-ambiente (Freire, 2004).

Mas foi Fernand Braudel e a sua concepção de que o ambiente molda a vida humana, quem mais contribuiu e continua influenciando os historiadores dessa nova modalidade. Na sua obra sobre o mundo Mediterrânico ele estuda a história "do homem em relação ao seu meio", ou como o próprio Braudel chamava, uma "geo-história" (Dosse, 1992:133-143). Em sua visão, a geo-história é a história que o meio impõe aos homens por suas constantes ou leves variações. Essas variações não são percebidas ou acabam sendo negligenciadas na "curta medida do homem". (Dosse, 1992; Aguirre Rojas, 2000, Burke 1997, Drummond, 1991, Worster, 1991).

A geo-história se preocupa em estudar os vínculos homem-natureza, pensada na forma de uma ação e reação ao longo do tempo. Braudel divide os processos históricos segundo suas diferentes velocidades, cabendo à história lenta, quase imóvel, as relações do homem e o seu meio, sendo a base onde as outras duas histórias, a social e a individual são desenvolvidas. Assim Essa nova história "rejeita a premissa de que a experiência humana se desenvolveu sem restrições naturais, de que as consequências ecológicas de seus feitos passados podem ser ignoradas" e tem como objetivo "entender como os seres humanos foram afetados pelo ambiente natural e inversamente como eles afetaram esse ambiente e com que resultados".[3]

Bibliografia (ANTIGA)

editar
  • AGUIRRE ROJAS, C. A. Os Annales e a historiografia francesa: tradições críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: Eduem, 2000.
  • BRAUDEL, Fernand (2002): Geohistória. IN: Entre passado e futuro. Nº 1. São Paulo: Maio.
  • BURKE, P. A Escola dos Annales (1929-1989): A Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Fundação Editora da Unesp. 1997.
  • CRONON, W. Changes in the land: indians, colonists and ecology of New England. New York: Hill and Wang, 1983.
  • Crosby, Alfred W. (1986): Ecological imperialism: the biological expansion of Europe, 900 - 1900. Cambridge: Cambridge University Press. (Studies in environment and history).
  • DEAN, Warren. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Trad. São Paulo, Cia. Das Letras, 1996.
  • DOSSE, F. A história em migalhas: dos Annales à Nova História. São Paulo: Ensaio. Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1992.
  • DRUMMOND, José Augusto. A História Ambiental e o choque das civilizações. In Ambiente e Sociedade, Ano III, n5, 2ª Semestre, 1999.
  • ________________________. A História Ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. In Estudos Históricos, RJ, vol.4, n. 8. 1997 Abstracts, Texto integral
  • GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (Des) Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Ed. Contexto, 1998.
  • MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. 1º capítulo, seguido das teses sobre Feuerbach. Trad. de Álvaro Pina. Lisboa: Avante, 1981. (Biblioteca do Marxismo-Leninismo/16)
  • OLIVEIRA, Ana Maria de. Relação Homem/Natureza no Modo de Produção Capitalista. In Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografia Y Ciencias Sociales. Vol. VI, n. 119 (18), 1 de Agosto de 2002.
  • PÁDUA, J.A. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista, 1786-1888. RJ: Jorge Zahar Editora, 2002.
  • PONTING, Clive. Uma História Verde do Mundo. RJ: Civilização Brasileira, 1995.
  • RIBEIRO, Ricardo Ferreira. Florestas anãs do Sertão – O Cerrado na História de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
  • Shepard Krech III, J.R. McNeill, and Carolyn Merchant (Editors)(2004): Encyclopedia of World Environmental History. New York: Routledge.
  • SILVA, E. R. DA. & SCHRAMM, F. R. A questão ecológica: entre a ciência e a ideologia de uma época. Cad. Saúde Publica, 13(3): 255-382, RJ. 1997
  • SILVA, Francisco Carlos Teixeira da (1997): História das paisagens. IN: CARDOSO, Ciro Flamarion et VAINFAS, Ronaldo (orgs.) Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus.
  • SOFFIATI, A. Destruição e proteção da Mata Atlântica no Rio de Janeiro: ensaio bibliográfico acerca da eco-história. (texto eletrônico), s/d.
  • STEWART, M.A. Environmental History: Profile of a developing Field. IN The History Teacher, vol. 31, nº 3, 1998.
  • Winiwarter, Verena (1998): Was ist Umweltgeschichte? Ein Überblick. (= Social Ecology Working Paper 54). Wien: Institut für Soziale Ökologie, Fakultät für Interdisziplinäre Forschung und Fortbildung IFF.
  • WORSTER, D. Para fazer História Ambiental. In Estudos Históricos, vol. 4, n. 8, 1991.
  • ____________. Transformações da Terra: Para uma Perspectiva Agroecológica na História. Ambiente e Sociedade. V.5, n.2 . Campinas, 2003