Como ler uma infocaixa de taxonomiaVulpes ou Volpi

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Vulpes
Frisch, 1775
Espécies
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Vulpes é um gênero dos canídeos composto por 12 espécies. Os membros deste gênero são popularmente conhecidos como raposas verdadeiras e formam um clado monofilético, ou seja, apresentam um ancestral comum e exclusivo com características biológicas e comportamentais muito parecidas. O gênero Vulpes difere dos demais canídeos (cães, lobos, coiotes e chacais), por seu tamanho menor e por ter o crânio mais achatado. Possuem marcas pretas triangulares entre os olhos e o nariz, e as pontas de suas caudas geralmente têm uma cor diferente do resto do corpo. O tempo de vida típico para este gênero é de 2 a 4 anos, mas pode chegar a uma década se criado em cativeiro. Elas são caçadoras oportunistas e capturam suas presas vivas pulando sobre elas para matá-las rapidamente.

Anatomia geral editar

O comprimento da cabeça e corpo varia entre 58 e 90 cm; o da cauda entre 32 e 48 cm. Os machos são normalmente maiores que as fêmeas, apresentando em média comprimento da cabeça e corpo 4 cm maior, e da cauda 3 cm maior. São normalmente esguios, com cauda longa e espessa, cabeça pequena, olhos oblíquos, orelhas eretas, grandes, de formato triangular, com coloração escura na região posterior externa. Cores comuns de pelagem são vermelho, cinza e marrom; no entanto, diversos grupos apresentam colorações distintas, tais como branco ou amarelo, que os ajudam a se camuflar no ambiente em que habitam. Alguns grupos apresentam variações sazonais de coloração e espessura da pelagem, associadas às mudanças ambientais que decorrem da passagem das estações do ano[1][2].


Reprodução e desenvolvimento editar

As raposas formam casais apenas na época reprodutiva. Uma vez estabelecido, o par ocupa um pequeno território que passa a defender de outras raposas. A gestação é curta, dura cerca de 53 dias, nascendo de 2 a 5 filhotes, surdos e cegos, que serão amamentados pela fêmea nos próximos 2 meses. Após o nascimento, o macho traz o alimento para a fêmea enquanto ela cuida das crias na toca. Mais tarde, o casal passa a caçar para alimentar as crias. Quando o verão inicia, os jovens filhotes começam a caçar sozinhos, tornando-se independentes no outono, deixando a família logo em seguida[1].

Ecologia editar

A expectativa de vida de uma raposa criada em cativeiro varia entre 10 e 15 anos. Já as raposas selvagens vivem apenas de 2 a 3 anos, devido principalmente à caça, aos atropelamentos e às doenças. Cientistas acreditam que as raposas utilizam o campo magnético da terra para encontrar a sua presa durante a caça. Mesmo não compreendendo exatamente como funciona esse mecanismo, eles verificaram que as raposas têm uma taxa de sucesso superior a 70% nas suas caçadas quando estão voltadas para o norte magnético, já quando estão viradas noutra direção a taxa de sucesso é inferior a 20%[3].

Alimentação editar

Algumas espécies são essencialmente caçadoras, enquanto outras podem se alimentar também de animais mortos. Muitas são onívoras, incluindo em sua dieta insetos, vegetais e ovos. Algumas raposas possuem o hábito de estocar o excedente de alimento, e apresentam capacidade desenvolvida de memória para lembrar o local do estoque[4][1].

Classificação editar

O gênero Vulpes está dentro da tribo Vulpini, inserida na subfamília Caninae, dentro da família Canidae

  • Canidae
    • †Hesperocyoninae
    • †Borophaginae
    • Caninae
      • Vulpini
        • Vulpes
          • Vulpes vulpes
          • Vulpes chama
          • Vulpes corsac
          • Vulpes ferrilata
          • Vulpes rueppellii
          • Vulpes lagopus
          • Vulpes macrotis
          • Vulpes velox
          • Vulpes bengalensis
          • Vulpes zerda
          • Vulpes cana
          • Vulpes pallida


Espécies atuais editar

Vulpes lagopus (raposa-do-ártico) editar

A raposa do ártico é conhecida por sua pelagem branca, que funciona como excelente camuflagem no inverno. Durante os meses mais quentes, quando a neve derrete, ela troca a pelagem, que adquire um tom amarronzado.

É encontrada em todo o Pólo Norte, do Canadá à Sibéria, sendo uma das poucas espécies que podem sobreviver a temperaturas tão baixas. Sua pele e pêlos são bastante espessos, contribuindo para um adequado isolamento térmico.

Com o advento da indústria de peles, a raposa do Ártico rapidamente tornou-se uma importante fonte de renda. Devido a sua alta capacidade reprodutiva, a população conseguiu se manter. A caça diminuiu consideravelmente nas últimas décadas, como resultado da baixa nos preços de peles e devido ao surgimento de fontes alternativas de renda. No Yukon, por exemplo, o valor total da produção de peles diminuiu de US $ 1,3 milhão em 1988 para menos de US $ 300.000 em 1994[5][6].

Vulpes zerda (feneco) editar

Ela tem um rosto muito característico, com olhos muito pequenos e orelhas bem grandes, que permitem uma maior liberação de calor interno, ajudando na manutenção da temperatura corpórea. O focinho e as pernas são delgadas e delicadas. É encontrada nos desertos arenosos e semi-desertos do norte da África ao norte do Sinai, e sua pelagem é bege ou creme claro, facilitando a camuflagem em meio às areias do deserto.

As raposas-do-deserto caçam sozinhas, talvez porque a caça solitária de pequenas presas é mais eficiente. Também são muito oportunistas e costumam visitar assentamentos humanos temporários durante a noite em busca de comida.

Essa espécie de raposa é tida como o único carnívoro do Saara que vive completamente longe de fontes de água, e está bem adaptada à vida no deserto. Tem hábito noturno, apesar de existirem relatos de atividade crepuscular. O pelo pálido e denso presumivelmente serve para proteger contra noites frias, enquanto os pés cobertos por esses pelos facilitam caminhar sobre a areia quente[6][7].

Vulpes chama (raposa-do-cabo) editar

É encontrada principalmente em regiões abertas e áridas ou semiáridas da África Austral, com populações significativas na África do Sul, Zimbábue e Botswana.

Possui uma cauda de ponta preta e um pelo cinza prateado com laterais amarelas e partes ventrais.

A raposa do Cabo tem hábito noturno, e é uma espécie onívora que se alimenta de frutas, répteis, insetos, pequenos mamíferos e pássaros. Tipicamente buscam alimento sozinhas, porém vivem em casais monogâmicos. Leões, hienas, gaviões e corujas são os predadores naturais desses animais[6][8].

Vulpes corsac (raposa-das-estepes) editar

Vive nos desertos e estepes da Ásia Central, com algumas populações vivendo mais ao leste, como o nordeste da China e a Mongólia. É uma raposa de tamanho médio, com pêlos amarelados ou cinzentos, com o ventre um pouco mais claro.

Alimentam-se principalmente de roedores, além de insetos, répteis, pássaros, carniça e partes de plantas. São ativos principalmente durante o crepúsculo, a noite e o amanhecer. Estão bem adaptados à escassez de água e alimento, sendo encontrados principalmente em regiões semiáridas.

Normalmente são solitários, porém podem formar grupos familiares ou se agrupar em ninhos durante o inverno para sobreviver ao frio. São monogâmicos, formando casais durante a época da reprodução, os quais podem persistir para a vida inteira em alguns casos.

As principais causas de mortalidade são a competição por recursos com outras espécies, falta de alimento durante o inverno, predação por outros animais e a caça[6][9].

Vulpes bengalensis (raposa-de-bengala) editar

É endêmica do continente indiano, encontrada apenas no sopé do Himalaia até o sul da Índia. De hábito crepuscular, as raposas de Bengala têm uma ampla base de presas e também se alimentam de partes de plantas. Roedores, pequenas aves, répteis, invertebrados, ovos e frutas constituem a dieta desta espécie.

Vivem principalmente em regiões semiáridas e planas de vegetação baixa. A falta de proteção do habitat, a caça e doenças ameaçam a sobrevivência da espécie[1][6][10].

Vulpes ferrilata (raposa-do-himalaia) editar

Encontra-se no planalto de Ladakh, no Tibet, no Nepal, e nas regiões de Xinjiang, Gansu, Qinghai, Sichuan e Xizang, pertencentes à China. Estes animais vivem em pastagens áridas e semi-áridas em altitudes que variam entre 2,500 e 5,200 metros.

Sua alimentação é composta majoritariamente de Ochotona curzoniae (pika-de-lábios-negros); roedores, lagartos, insetos e plantas também fazem parte da dieta dessa espécie. Apresentam hábito diurno. Sua reprodução ocorre em fevereiro, sendo que os filhotes nascem em maio, normalmente entre 2 e 5 por fêmea.

A espécie é protegida por lei em diversas regiões, porém muitos animais são mortos anualmente por caça, principalmente pelo interesse em suas peles[1][6][11].

Vulpes vulpes (raposa-vermelha) editar

Sua espécie tem a maior variedade de todas as espécies na ordem Carnívora e ocorre em todo o Hemisfério Norte. Facilmente adaptável, sua sobrevivência é garantida em uma grande variedade de habitats.

Quanto à pelagem, algumas são vermelhas, enquanto outras apresentam também uma variedade de cores que inclui preto, cinza e branco, além de formas albinas.

Pequenos roedores são sua principal fonte de alimento; contudo, répteis, invertebrados, aves, coelhos e frutas também fazem parte de sua dieta. Possuem predadores naturais como membros maiores da família Canidae e grandes ou médios felinos.

A raposa vermelha é alvo de caçadas esportivas e geralmente é vista como uma praga por atacar rebanhos em fazendas. O padrão de atividade da espécie é crepuscular e noturno, podendo ser, em alguns casos, diurno.

Costumam viver em pares, porém podem formar grupos de até 6 indivíduos, dependendo de onde habitam. A reprodução ocorre entre dezembro e fevereiro, e os filhotes nascem entre março e maio[1][6].

Vulpes cana editar

É uma raposa pequena com cauda longa e espessa. Possui pouco dimorfismo sexual, sendo os machos mais longos em corpo e pernas anteriores. Sua pelagem é castanha clara com tons ruivos na parte dorsal, indo da cabeça à cauda, principalmente durante o inverno. Ao longo do verão, sua pelagem é menos densa e assume uma coloração mais pálida.

Sua face é fina com orelhas grandes, e possui uma faixa de pelos mais escura que vai da base do focinho até o ângulo interno dos olhos. Suas orelhas são marrom pálido nos dois lados, com pelos saindo da região interna[6].

Essa espécie vive em algumas partes da Ásia Central e do Oriente Médio. São adaptadas para escalar rochas. A raposa Afegã é uma espécie onívora que se alimenta de frutas e insetos. Esta espécie tem um status de conservação de “menor preocupação” e goza de proteção em alguns países onde é encontrada, mas sua pele é muito cobiçada por caçadores em alguns outros lugares[12].

Vulpes pallida editar

É uma espécie pequena, com pernas pequenas e orelhas grandes. Seu focinho é alongado com bigodes relativamente longos. Sua pelagem varia da coloração creme a castanho claro em geral, com as costas um pouco mais escuras e pelos arruivados nas laterais do corpo e das pernas, e branco na região ventral. Seus pelos são relativamente curtos.

Habita a região do Sahel na África. Pelo difícil acesso do habitat que ocupa, muito pouco foi estudado sobre o seu comportamento. A pelagem pálida a ajuda na camuflagem no ambiente desértico, e suas grandes orelhas facilitam trocas de calor com o meio para termorregulação[6][13].

Vulpes rueppellii editar

É uma raposa de tamanho pequeno, sendo uma das menores espécies do gênero. Tem orelhas longas em relação à cabeça, assim como a Raposa-do-deserto, porém a raposa de rüppell não apresenta marcações escuras na parte traseira das orelhas.

A pelagem possui coloração variável: tons de bege na parte da cabeça, rosto e orelhas com coloração clara e linhas mais escuras em direção aos olhos, que ocorrem na maioria dos animais. As partes inferiores são mais claras. Há duas camadas de pelo, uma mais densa e escura e outra mais clara e menos densa.

São encontrados em regiões desérticas do norte da África e da Península Arábica, do leste até o Paquistão e no noroeste de Israel e da Jordânia. Apesar de estarem adaptadas a vários ambientes, são mais comuns em áreas com solo pedregoso ou seco e arenoso. Tiveram que procurar por habitats mais extremos devido à competição com as raposas vermelhas[14].

A gestação de uma raposa de rüppell dura de 7 a 8 semanas e os indivíduos de ambos os sexos atingem a maturidade sexual em torno de 9 a 10 meses. Os filhotes são cuidados pelos pais por tempo indeterminado[6].

Vulpes velox editar

Assemelha-se à raposa-vermelha pelo tom marrom alaranjado da sua pelagem (no verão seu pelo é mais curto e mais áspero), mas difere por ser bem menor e mais leve (com uma média de 2,4 kg).

Muito comum em todas as pastagens da América do Norte, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá. É um animal de clima desértico, mas que também pode ser encontrado na planície.

Pode correr a velocidades de até 60 km/h, o que ajuda a confundir os predadores e facilita a captura de presas como os coelhos. Apresenta atividade predominantemente noturna e faz uso diurno de tocas, o que reduz a perda excessiva de água.

A raposa fêmea é quem defende seu território e recebe a visita de machos somente durante o período de acasalamento. Uma vez que a prole se torna independente, o macho abandona o grupo. Ela emite oito vocalizações diferentes: cortejo, chamada territorial, conversa agonística, lamentação submissa, conversa submissa, chamada pré-populacional, rosnados e latidos[6][7].

Vulpes macrotis editar

É a menor espécie de raposa. Tem um corpo muito fino e esbelto, pelo cinzento-avermelhado e orelhas grandes. Podem ser encontradas em planícies áridas dos estados do sudoeste dos EUA e do México.

A raposa Kit é bem adaptada a climas áridos, pois suas grandes orelhas facilitam a dissipação do calor. Também podem obter água por meio dos alimentos consumidos, o que exige 150% do valor energético diário recomendado.

Apresenta hábitos noturnos e diurnos, o que gera uma variabilidade de presas muito maior[15], dentre elas roedores, coelhos e lebres, e insetos. Consome principalmente cães-da-pradaria, lebres-da-califórnia e animais dos gêneros Sylvilagus e Dipodomys. Também pode consumir pássaros, répteis e carniça. Raramente consome plantas, comendo cactáceos quando o faz.

A gestação de uma raposa Kit dura em torno de 49 a 55 dias. O sucesso reprodutivo é variável e está relacionado à disponibilidade de alimento. Os filhotes com idade de 3 a 4 meses acompanham os pais no forrageamento e se tornam independentes aos 5 ou 6 meses.

Os texugos, coiotes, gambás e raposas vermelhas são competidores potenciais, mas podem usar a partilha de território e de recursos para mitigar os efeitos competitivos, podendo coexistir com outras espécies[6].

Espécies fósseis editar

Há registro de 6 espécies extintas[16]:

  • †Vulpes riffautae - remonta ao Mioceno tardio do Chade
  • †Vulpes praeglacialis - foi descoberto na caverna Petralona em Chalkidiki, Grécia. A datação do material (Pleistoceno Precoce) faz do Vulpes praeglacialis o registro mais antigo de Vulpes na Europa.
  • †Vulpes hassani - foi encontrado em um depósito de mioceno-plioceno no noroeste da África.
  • †Vulpes skinneri - do sítio arqueológico de Malapa, na África do Sul, é mais jovem que Vulpes riffautae em aproximadamente 5 milhões de anos e aparece no início do Pleistoceno[17].
  • †Vulpes stenognathus - possui táxons irmãos existentes, incluindo Vulpes chama, Vulpes rueppellii, Vulpes velox, Vulpes vulpes que se encaixa nessas espécies, todos evoluindo juntos na América do Norte[17].
  • †Vulpes qiuzhudingi (2014) - encontrada no Himalaia, era principalmente carnívoro. geólogos e paleontólogos, descobriram espécimes fósseis na Bacia de Zanda, no sul do Tibete[18].

Conservação editar

A maior causa de mortalidade são as ações humanas, devido à destruição do habitat, à caça ilegal e aos atropelamentos. Somam-se a esse fato, os ataques de cães e o risco da transmissão de doenças infecciosas oriundas de animais domésticos. A caça à raposa surgiu no Reino Unido no século XVI. Esses animais são farejados e perseguidos por cães de caça. Desde então, a prática se espalhou pela Europa, Estados Unidos e Austrália. Há também a questão do comércio de peles para o mercado de moda. A Finlândia produz cerca de 60% das peles de raposa do mundo, em fazendas que somam mais de 380 mil animais confinados. Um grupo finlandês de direitos dos animais revelou, em 2018, as condições precárias de uma dessas fazendas onde os animais eram forçados a se alimentar até ficarem obesos, para formar várias dobras de pele e gerar mais lucro. Segundo a denúncia, os animais ficavam em pequenas gaiolas de arame e chegavam a pesar 5 vezes mais do que os indivíduos encontrados na natureza. Uma raposa criada em cativeiro, para produção de pele, pode chegar a pesar 19 Kg e vive cerca de 6 meses até o abate, que é feito de forma cruel, por choque anal, na intenção de reduzir os danos à pele que será vendida[19].

Curiosidades editar

  • Em 1959, o geneticista e acadêmico russo Dmitri Belyaev iniciou um experimento para entender como se deu a domesticação de cães pelo homem. Belyaev e outros biólogos acreditavam que os cães domésticos descendem dos lobos, mas ainda não sabiam como as diferenças entre os dois animais haviam surgido. Sua hipótese era de que as mudanças biológicas ocorridas nos animais domésticos como manchas brancas, caudas enroladas, orelhas caídas e crânios menores teriam surgido como resultado de um processo de seleção influenciado por traços comportamentais. Belyaev acreditava que, ao cruzar raposas mais dóceis umas com as outras, era possível domesticá-las. Com o passar das gerações ele obteve o que esperava - provocou modificações relacionadas à domesticação, cruzando as raposas que manifestavam um comportamento dócil quando em contato com o homem. De acordo com o estudo publicado na revista científica Nature Ecology and Evolution, até hoje, os pesquisadores cruzaram mais de 40 gerações de raposas dóceis e agressivas e concluíram o sequenciamento do genoma da raposa para ajudar a compreender a genética por trás da transição entre o selvagem e o doméstico.[19]
  • Cientistas do Instituto Polar Norueguês anunciaram em 2019 que uma jovem raposa-do-ártico viajou de Svalbard (arquipélago norueguês no Oceano Ártico) para o norte do Canadá em um ritmo nunca antes registrado. O animal recebeu um colar de rastreamento em 2017, como parte de um estudo que analisa seus padrões de habitat. Os pesquisadores calculam que a raposa cobriu longos trechos no gelo marinho no Oceano Ártico e nas geleiras da Groenlândia, com velocidade média de 45,9 quilômetros por dia. Num determinado trecho, chegou a 154,5 km por dia – a mais rápida taxa de movimento já registrada para essa espécie[20].
  • A raposas possuem glândulas de odor na cauda, próximas ao ânus, que produzem uma secreção cujo odor fétido, parecido com o dos gambás, serve para marcar o território, assim como o cheiro exalado pela sua urina[21].


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  1. a b c d e f Wilson, Don E. Mittermeier, Russell A. Hoyo, Josep del. Cavallini, Paolo. (2009). Handbook of the mammals of the world. [S.l.]: Lynx. ISBN 84-96553-49-3. OCLC 423402902 
  2. Macdonald (1993). «Mamíferos de Portugal e Europa». Fapas 
  3. https://www.discoverwildlife.com/animal-facts/mammals/understand-fox-behaviour/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. https://www.researchgate.net/publication/304825359_Ecologia_e_Comportamento_da_raposa-do-campo_Pseudalopex_vetulus_e_do_cachorro-do-mato_Cerdocyon_thous_em_areas_de_fazendas_no_Bioma_Cerrado  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
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  6. a b c d e f g h i j k l Sillero-Zubiri, Claudio, editor. Hoffmann, Michael (Mammalogist), editor. Macdonald, David W. (David Whyte), editor. Canids : foxes, wolves, jackals, and dogs : status survey and conservation action plan. [S.l.: s.n.] ISBN 2-8317-0786-2. OCLC 57570754 
  7. a b Lindblad-Toh, Kerstin; Wade, Claire M; Mikkelsen, Tarjei S.; Karlsson, Elinor K.; Jaffe, David B.; Kamal, Michael; Clamp, Michele; Chang, Jean L.; Kulbokas, Edward J. (dezembro de 2005). «Genome sequence, comparative analysis and haplotype structure of the domestic dog». Nature. 438 (7069): 803–819. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/nature04338 
  8. Nel, J.A.J (1 de dezembro de 1984). «Behavioural ecology of canids in the South- Western Kalahari». Koedoe. 27 (2). ISSN 2071-0771. doi:10.4102/koedoe.v27i2.582 
  9. Zrzavý, Jan; Řičánková, Věra (julho de 2004). «Phylogeny of Recent Canidae (Mammalia, Carnivora): relative reliability and utility of morphological and molecular datasets». Zoologica Scripta. 33 (4): 311–333. ISSN 0300-3256. doi:10.1111/j.0300-3256.2004.00152.x 
  10. Vanak, Abi (2005). «Distribution and status of the Indian fox Vulpes bengalensis in southern India» 
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  12. «Vulpes cana: Hoffmann, M. & Sillero-Zubiri, C.». IUCN Red List of Threatened Species. 22 de julho de 2015. Consultado em 27 de novembro de 2019 
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  20. eduardo (2 de julho de 2019). «Raposa viaja mais de 4,4 mil km no Ártico em apenas quatro meses». Planeta. Consultado em 27 de novembro de 2019 
  21. «Não se deixe enganar pelas redes sociais: animais selvagens são péssimos pets». National Geographic. 11 de fevereiro de 2019. Consultado em 27 de novembro de 2019