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Formação e Desenvolvimento do Tecido Urbano de Olinda no Período Colonial

A Capitania de Pernambuco, cedida pela coroa ao donatário Duarte Coelho, teve Olinda como sua primeira sede. Foi devido à sua exuberante beleza natural e pela segurança e defesa possibilitadas pelo terreno montanhoso que o sítio foi escolhido para a fundação da cidade. A vila de Olinda, teve sua organização urbana inicialmente orientada pela Carta Foral

REDIRECIONAMENTO [[1]], onde estavam previstas algumas diretrizes para a setorização do espaço urbano, que teve a topografia local como grande influenciadora do zoneamento inicial de usos e ocupação do solo. Algumas das diretrizes da Carta Foral diziam respeito, por exemplo, ao posicionamento de ruas ao longo do rio, para que os moradores da cidade pudessem acessá-lo para abastecimento. Além disso, houve uma hierarquização do espaço urbano, caracterizada pela ocupação das partes mais altas dos morros pela parcela mais rica da população.

Mapa de Olinda - Johannes Vingboons (1665)

O espaço urbano foi, então, organizado a partir de uma racionalidade representada pelo zoneamento de usos na vila. Em Olinda, assim como nas outras cidades fundadas pelos portugueses no período colonial, os edifícios religiosos e administrativos eram os pontos definidores do traçado e da paisagem da cidade. A Igreja Matriz e a Casa da Câmara formaram a praça principal da cidade, iniciando a estruturação da malha urbana. A princípio, o desenho urbano de Olinda pretendia seguir a ortogonalidade, criando uma malha regular, mas essa possibilidade foi impedida pela topografia montanhosa, que gerou um desenho urbano de ruas irregulares e orgânicas que remetiam às cidades medievais. Apesar disso, ainda é possível identificar certa regularidade nas quadras centrais. O traçado da vila foi, também, definido pelas casas e seus muros, que dispunham-se em um anel e formavam quadras que variavam em forma. Os quintais dessas casas ficavam voltados para dentro da quadra, formando uma mancha verde em seu interior, por onde passavam caminhos que permitiam a comunicação entre as casas.

Bibliografia: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142012000100009 http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/33 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Johannes_Vingboons_-_Plattegrond_van_Olinda_(1665).jpg https://www.olinda.pe.gov.br/a-cidade/foral-de-olinda/ https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/cotidiano/2017/03/11/NWS,20608,70,449,NOTICIAS,2190-OLINDA-RECIFE-DUAS-IRMAS-COSMOPOLITAS.aspx http://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/64/0