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Língua do Catete

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Durante o período da Ditadura Militar brasileira, o bairro do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, viveu intensa movimentação política, sobretudo de resistência ao regime. O Palácio do Catete (atualmente Museu da República), residência oficial da Presidência da República até a mudança da Capital Federal para Brasília, ficou como uma importante representação da política brasileira. Durante o período ditatorial (1964-1985), o bairro do Catete foi palco de diversas manifestações contra o regime. [1]

Como forma de driblar a censura institucionalizada pela ditadura, surgiu entre os moradores do bairro a Língua do Catete, sendo popularmente conhecida como Gualín do TTK. Ela consiste na alteração da ordem das sílabas das palavras com o intuito de dificultar a compreensão de quem a ouve. Por exemplo, TTK significa Catete. Dito ao contrário, se torna Teteca.[2]

Com o fim da Ditadura, a Língua do Catete passou a representar a cultura popular urbana do Rio de Janeiro, sendo associada ao pertencimento de "grupos subversivos". Além disso, representa a riqueza cultural brasileira. Atualmente é utilizada nas manifestações culturais ligadas ao skate, à pichação e ao Rap. Um grande representante da Gualín do TTK, o rapper Filipe Ret, criou em 2021 uma música totalmente na língua do TTK, a música "Tributo ao TTK".[3]

  1. Oliveira, Natanael. «Gualín do TTK: conheça a língua criada em bairro do RJ com estrutura própria». CNN Brasil. Consultado em 28 de junho de 2023 
  2. Esquinas, Revista (14 de abril de 2023). «Gualín do TTK: conheça a língua nascida na ditadura». Revista Esquinas. Consultado em 28 de junho de 2023 
  3. Oliveira, Natanael. «Gualín do TTK: conheça a língua criada em bairro do RJ com estrutura própria». CNN Brasil. Consultado em 28 de junho de 2023