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Hortênsia Hurpia de Hollanda
editarHortênsia Hurpia de Hollanda (Corumbá, 26 de maio de 1917 - 5 de maio de 2011, Votuporanga).
Foi uma grande colaboradora na educação sanitária, formando uma equipe multiprofissional constituída essencialmente por mulheres. [1]
Biografia
editarEm 1941 ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cursando Língua e Literatura Anglo-germânicas, sendo concluído apenas em 1943, no Centro de Cultura Inglesa, em Assunção, Paraguai. Em 1954 obteve o título de Mestre em Saúde Pública e Educação pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos.
Em 1958, como bolsista da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizou estudos em áreas de esquistossomose e malária na Itália, Sudão, Uganda, Tanzânia e Egito. Em 1960 estudou planejamento e avaliação de material educativo para a saúde em Washington, Atlanta, Chicago e Nova York. Em 1963 foi contratada como consultora de educação em saúde pela Comissão do Pacífico Sul. [2]
Hortênsia de Hollanda atuou em vários órgãos nacionais e internacionais até a sua aposentadoria, em 1987, porém continuou assessorando diversos estados brasileiros nas áreas de educação e saúde pública. [2]
Trajetória Profissional
editarFoi convidada pelo Mário Pinotti para coordenar o Programa de Educação Sanitária do Departamento Nacional de Endemias Rurais (Dneru). Foi a primeira mulher a assumir o cargo de chefia do Dneru, desafiando o patriarcado sanitarista da época. [1]
Entre o período de 1950 e 1970, coordenou em Mandacaru e Varjão, bairros de João Pessoa (PB), ação pioneira que envolveu as populações locais na discussão de projetos de melhoria das condições ambientais relacionadas ao controle da esquistossomose.[1] [2]
Hortênsia de Hollanda coordenou o projeto em parceria com os Ministério da Educação e Cultura (MEC) e o Ministério da Saúde (MS), que resultou no livro didático “Saúde, como Compreensão de Vida”, no período de 1975 a 1977. O livro foi composto e impresso na Minas Gráfica Editora Ltda, com cerca de 314 páginas. Sendo dirigido a professores interessados na educação em saúde, procurava ser também uma resposta à lei 5.692/71 que instituía o ensino de saúde nas escolas de 1º grau.[3] [4]
- ↑ a b c Mulheres no Brasil : como chegamos até aqui / organização, Cristiana Facchinetti; textos, Ana Cláudia Suriani da Silva ... [et al.]. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, 2023. 207 p. : il.; 26 cm. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c «Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Fundo HH : Hortênsia Hollanda. Departamento de Arquivo e Documentação/ Casa de Oswaldo Cruz. Acesso em: 26 agosto 2024. Disponível em: https://basearch.coc.fiocruz.br/index.php/hortensia-de-hollanda» Ligação externa em
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(ajuda) - ↑ «Diniz, M. C. P., Oliveira, T. C., Schall, V. T. "SAÚDE COMO COMPREENSÃO DE VIDA": AVALIAÇÃO PARA INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Rev. Ensaio | Belo Horizonte | v.12 | n.01 | p.119-144 | jan-abr | 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/228343393_SAUDE_COMO_COMPREENSAO_DE_VIDA_AVALIACAO_PARA_INOVACAO_NA_EDUCACAO_EM_SAUDE_PARA_O_ENSINO_FUNDAMENTAL/download?_tp=eyJjb250ZXh0Ijp7ImZpcnN0UGFnZSI6Il9kaXJlY3QiLCJwYWdlIjoicHVibGljYXRpb24ifX0» Ligação externa em
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(ajuda) - ↑ DINIZ, Maria Cecília Pinto. A trajetória profissional de Hortênsia de Hollanda: resgate histórico para a compreensão da Educação em Saúde no Brasil. 2007. 184 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde na área de concentração: Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2007. [S.l.: s.n.]
Referências
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