Usuário(a):Michael André Gonçalves/Testes


Anaximandro Oliveira Santos Amorim[1]
Michael André Gonçalves/Testes
Anaximandro Oliveira Santos Amorim, ANO, FOTOGRAFO OU LOCAL.
Nascimento 14 de dezembro de 1978
Vila Velha, ES
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Advogado e Professor
Gênero literário Romance e crônicas
Magnum opus A História de um Sobrevivente (2010)

Anaximandro Oliveira Santos Amorim (Vila Velha, ES, 14 de dezembro de 1978) é um advogado, professor e escritor brasileiro[1]. Possui quatro publicações exclusivas, além de trabalhos em antologias e obras de referência. É membro de várias instituições culturais, dentre as quais a Academia Espírito-Santense de Letras[2].

Carreira editar

1994 a 1995 - Os primeiros escritos editar

Anaximandro Amorim lançou-se oficialmente na Literatura junto com seu irmão, Alexandre Amorim, no dia 14 de maio de 1994. Os irmãos lançaram, respectivamente, os livros "Brasil de Ontem, Hoje e Sempre", poemas, e "O Pássaro Dourado", infantil. Dos dois, apenas Anaximandro resolveu seguir carreira literária, enquanto que Alexandre, até o presente, não publicou mais livro algum. "Brasil de Ontem, Hoje e Sempre" é um poema épico, contando com sessenta e nove quadras de versos brancos. Segundo o autor do prefácio da segunda edição, o escritor e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, Getúlio Marcos Pereira Neves, o livro parte "de uma concepção idílica do Brasil pré-descobrimento para traçar um retrato dos séculos de colonização". O autor traça uma abordagem metodológica de cinco séculos de História do Brasil, terminando seu texto em fins do século XX, época em que escreveu o livro. A obra foi lançada independentemente, com auxílio financeiro da família, sendo fruto de uma peça teatral, de um grupo amador de teatro do colégio em que Amorim fazia parte. O lançamento do livro se deu no estande do antigo DEC - Departamento Estadual de Cultura (hoje SECULT - Secretaria de Estado da Cultura), na programação da FELIV 94 (Feira do Livro de 1994), no Ginásio Dom Bosco, do Colégio Salesiano, de Vitória, Espírito Santo. O êxito do lançamento encorajou o escritor a lançar, no ano seguinte, o romance "Asas de Cera", na antiga livraria "A Edição" de Jardim da Penha, Vitória, no dia 18 de outubro de 1995. "Asas de Cera" é o primeiro romance de Anaximandro Amorim. Conta a história do personagem Victor Duran, um descendente de franceses, habitante da Petrópolis do final do século XIX, traçando um paralelo com a lenda grega das asas de cera de Ícaro e Dédalo. O romance foi todo escrito em flashback, técnica de difícil domínio e que muito chamou a atenção de Adilson Vilaça, escritor e autor do prefácio do livro. As orelhas são de outra autora capixaba de renome, Elisabeth Martins. "Asas de Cera" o primeiro livro publicado com recursos da Lei Rubem Braga, lei municipal de Vitória,ES, de incentivo à cultura. Com essas duas publicações, Anaximandro Amorim foi aceito para fazer parte de um importante movimento de renovação das letras espírito-santenses, o da "Academia Jovem Espírito-Santense de Letras" (AJEL).

2001 - A época da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras editar

Um dos movimentos literários mais importantes da década de 2000 foi a criação da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras (AJEL). A AJEL foi fundada em 23 de junho de 2001, considerada, institucionalmente, a primeira Academia Jovem de Letras do Brasil, contando, inicialmente, com 25 membros, dentre escritores de 16 a 32 anos de idade. Uma característica interessante dessa Academia é que, além de os escritores não se tornarem “imortais” (devendo deixar a instituição aos 32 anos completos), são aceitos autores com livros publicados ou com apenas projetos, as chamadas “bonecas de livros”, o que congregou jovens autores com obras lançadas e outros que se lançaram ao longo daquela década[3]. Anaximandro Amorim tornou-se membro fundador da instituição aos 22 anos, no dia 23 de julho de 2001, data da primeira reunião. A posse se deu no dia 13 de setembro do mesmo ano, no plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES), em concorrida cerimônia de posse. Amorim é o primeiro ocupante da cadeira de número três, cujo patrono é o escritor e parlamentar Atílio Viváqua. Anaximandro também foi o primeiro diretor jurídico da instituição. O autor foi membro da Academia Jovem até a idade limite. Teve uma atuação constante na instituição, sobretudo nos primeiros anos, sendo responsável pela redação do Estatuto e do Regimento Interno iniciais, além de participar de todas as antologias.

2003 - O romance "Concupiscência" editar

Durante sua passagem pela Academia Jovem Espírito-Santense de Letras, Anaximandro Amorim lançou outro romance, intitulado "Concupiscência", também com recursos da Lei Rubem Braga. O lançamento se deu em 03 julho de 2003, na "I Bienal Capixaba do Livro", no estacionamento do Shopping Vitória. Durante a ocasião, ocorreu também um sarau da Academia Jovem, que acabou fazendo parte do lançamento. Segundo a escritora Marilena Soneghet, autora da apresentação da obra, "Concupiscência" é "quase um tríptico onde as histórias se amarram pelo fio da mesma insatisfação; a de um jovem que se entrega aos anseios do corpo, quando, no âmago de si mesmo, sua busca talvez transcenda as fronteiras da experiência possível. Do adolescente narcisista e deslumbrado, ao jovem adulto cônscio de seu poder de atração e um tanto prepotente, o personagem, curiosamente sem nome, cria um clima de sensualidade que o moralismo ou os conceitos vigentes não inibem". Trata-se de um romance de caráter experimental, em que o autor, já mais velho (Anaximandro contava com 24 anos à época) e tentando romper as amarras dos primeiros escritos, tenta decantar não apenas a linguagem, mas a noção de tempo e espaço. O livro conta a história de um personagem inominado que, após uma decepção amorosa, resolve viver de relacionamentos superficiais, até descobrir o romance "A Insustentável Leveza do Ser", de Milán Kundera, e, assim, espelhar-se no personagem principal, Tomas.

2003 - 2005 - O programa "Jovens Escritores" editar

Foi em um dos saraus da "Academia Jovem Espírito-Santense de Letras" que Anaximandro Amorim foi descoberto pelos jornalistas Nízio César e Ângela Dávila, no antigo canal a cabo da RCA-Company DTV (Digital Television), do diretor Luiz Antonio Albuquerque. Não tardou para que Amorim estreasse, ali, um quadro semanal, de 15 minutos, de nome "Jovens Escritores", cuja estreia se deu no dia 19 de novembro de 2003, com reprises durante a semana. A primeira entrevistada foi a jovem escritora e também membro da AJEL Alynne Mendonça. Concebido inicialmente para ser uma espécie de vitrine dos jovens escritores capixabas, notadamente os da Academia Jovem, o programa cresceu, em tempo (contando com dois blocos de 15 minutos) e em número de entrevistados, no que a concepção inicial foi estendida para abarcar o maior número possível de autores, de todas as idades[4]. "Jovens Escritores" foi exibido durante dois anos (2003 a 2005). Foi um dos programas de maior audiência do canal, perfazendo um total de 105 edições. O programa entrou para a história da televisão do Espírito Santo como o primeiro a tratar da literatura local, sendo sucedido pelo programa "Dedo de Prosa", da TV Assembleia[3].

2010 - A entrada na Academia Espírito-Santense de Letras e o livro "A História de um Sobrevivente" editar

No dia 07 de setembro de 2009, Anaximandro Amorim foi vítima de um grave acidente automobilístico que marcaria profundamente a vida do escritor[5]. Poucos meses antes de completar 31 anos de idade, Amorim foi acometido de um agudo quadro de peritonite, fruto de uma laceração intestinal proveniente de um forte choque frontal sofrido pelo veículo em que se encontrava. A difícil experiência foi transcrita num relato autobiográfico intitulado "A História de um Sobrevivente" (cujo prefácio foi escrito pelo Delegado de Trânsito Fabiano Contarato), lançado no ano seguinte, no mesmo dia da posse do autor nos quadros da Academia Espírito-Santense de Letras. O evento se deu no auditório da Aliança Francesa de Vitória, no dia 16 de setembro de 2010. Amorim foi votado com 99% dos votos válidos para a cadeira de número 40, cujo patrono é Antônio Ferreira Coelho. Ele sucede a escritora, professora, advogada e empresária Maria Helena Teixeira de Siqueira. Em seu discurso, além de homenagear sua antecessora, Anaximandro tratou da importância de um jovem fazer parte dos quadros de uma tradicional academia, além da importância das novas mídias na literatura[6].

2011 - O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, a Academia de Letras Humberto de Campos e a UBE editar

Anaximandro Amorim ainda foi empossado associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em 25 de maio de 2011. Também foi empossado membro da Academia de Letras Humberto de Campos, de Vila Velha, ES, na cadeira 12, do patrono Joaquim Nabuco, em 02 de julho de 2011. Além disso, é associado à União Brasileira dos Escritores - UBE, desde 23 de novembro de 2011, sob a matrícula 4170[2][7]. O autor também é membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras - ACL. Foi Membro do Conselho Estadual de Cultura, na câmara de Literatura e Biblioteca (gestão 2010 - 2012), ocupando a 2ª suplência e ex-membro da câmara de Literatura da Lei Rubem Braga (gestão 2004)[2].

Obras Publicadas editar

Exclusivas[8] editar

  • Brasil de Ontem, Hoje e Sempre – poemas, 1994;
  • Asas de Cera – romance, 1995;
  • Concupiscência – romance, 2003;
  • A História de um Sobrevivente – autobiografia, 2010.

Antologias editar

  • Mutirão de Poesia, edição 1997, Porto Alegre/RS - SSR Editor, 1997 (poema);
  • 1ª Antologia da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras, 2002 - AJEL (poemas e contos);
  • Antologia da Academia Jovem Espírito-Santense de Letras, 2008, Vitória/ES, 2008 (poemas)
  • Tempo das Águas, organizada por Maria Lúcia Grossi Zunti - AFESL - Projeto Águas do Rio Doce, 2008 (soneto).

Participações editar

  • Entre Ventos e Versos, de Augusto Ramaciotti - Vitória/ES, 2005 (prefácio);
  • Revista da Academia Espírito-Santense de Letras, Vitória/ES, 2010 (discurso de posse);
  • Revista da Academia Espírito-Santense de Letras, Vitória/ES, 2011 (crônica);
  • Revista da Academia Espírito-Santense de Letras - 90 anos, Vitória/ES, 2011 (artigo);
  • Revista Direito e Atualidade, Vitória/ES, 2011 (crônica);
  • Revista da Academia Espírito-Santense, Vitória/ES, 2012 (crônica);
  • Escritos de Vitória, 27 - Pontes, Vitória/ES, 2010 (crônica);
  • Escritos de Vitória, 28 - Vitória: 461 anos, Vitória/ES, 2012 (crônica);
  • Revista Grafitte, Vitória/ES, 2012 (crônica).

Obras de Referência editar

  • Dicionário de Escritores e Escritoras do Espírito Santo, organizado por Francisco Aurélio Ribeiro e Thelma Maria Azevedo -Academia Espírito-Santense de Letras, 2008 (verbete);
  • Dicionário de Poetas Capixabas, organizado por Thelma Maria Azevedo – Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, 2011 (verbete);
  • Artes e Letras Capixabas, organizada por Maria das Graças Silva Neves, Vitória/ES, 2003 (referência);
  • Letras Capixabas em Arte, organizada por Maria das Graças Silva Neves, Vitória/ES, 2009 (referência);
  • Patronos e Acadêmicos, Academia Espírito-Santense de Letras, Serra/ES, 2010 (referência).


Referências

  1. a b http://www.galveas.com/listaautoreslivrosexpo2010.htm
  2. a b c «Site oficial do Anaximandro Amorim». Consultado em 15 de Janeiro 2013 
  3. a b http://anaximandroamorim. blog .com.br/2011/06/dez-anos-de-literatura-capixaba.html
  4. http://www.poetas.capixabas.nom.br/Poetas/detail.asp?poeta=Anaximandro%20Amorim
  5. http://outros300. blog .com.br/2012/03/entrevista-com-o-escritor-anaximandro.html#comment-form
  6. http://anaximandroamorim. blog .com.br/2010/09/discurso-de-posse-na-ael-ultima-parte.html
  7. http://www.ube.org.br/lista-completa.asp
  8. http://oaplauso. blog .com.br/2012/04/anaximandro-amorim.html