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Matuzza Sankofa (Itabira, 1992) é ativista brasileira, redutora de danos dentro da área da saúde, presidenta e co-fundadora da Casa Chama. [1][2]

Biografia

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Matuzza Sankofa nasceu em Itabira em 1992. Realizou sua transição de genero aos 27 anos contudo se identifica como uma mulher negra trans desde os 14 anos, ano em que foi expulsa de casa e viveu em situação de rua até ser  acolhida por instituições de menores em Belo Horizonte até os 18 anos. . [3][4][1]


Nessa altura começou a trabalhar como redutora de danos na Instituição BH de Mãos Dadas Contra as Drogas com foco na comunidade LGBTQI+ e posteriormente trabalhou no CAPES para movimentos sociais contudo é demitida em 2019 na sequência da ascenção de ideologias de  extrema direita com o governo do Bolsonaro. No mesmo ano se mudou para São Paulo, onde foi acolhida por Marcia Marci, uma das membras do colectivo Travas do Sul, do Extremo sul da cidade.[1] [5]

Em São Paulo ela se torna a presidenta do Centro de Convivência É de Lei, precursor no Brasil, desde 1998 na promoção da redução de riscos e danos, sociais e à saúde, associados à política de drogas. [6]

Em 2020 ela cofundou e assumiu a presidência da Casa Chama como empresa social, um espaço de articulação política e cultural para emancipação de pessoas travestigêneres na cidade São Paulo.[1]

Como presidenta coordena os projectos RESPIRE, PRD e Mulheridades com foco no restabelecimento de pessoas com dependência de drogas e atua na redução de danos para prevenção e transmissão de doenças e infeções sexualmente transmissíveis.[1]

Mãe de uma criança, no ano de 2021 Matuzza escreveu um artigo para a Globo Celina, sobre os desafios da parentalidade trans.[5]

No mesmo ano, no dia Internacional das Mulheres junto de Erica Malunguinho conferenciou sobre políticas de resistência contra preconceitos e machismo, em que referiu:[7]

“Durante a pandemia, a cisgeneridade começou a viver o que a população trans vive, que é o medo de se socializar. As mulheres travestis e trans têm hackeado espaços para construir uma nova possibilidade de mundo e conseguimos eleger 30 pessoas trans nas últimas eleições, que não têm debatido apenas as questões trans”

Em 2023 reuniu-se com o Presidente do Senado de São Paulo para reivindicar medidas adequadas de apoio e proteção à comunidade LGTBQI+, onde declarou:[8]

''Viemos pela luta pelo Estatuto das Famílias, pela aprovação da criminalização da homofobia. Estamos lutando pelas pautas da comunidade LGBTI+ que historicamente é a mais violentada neste país, com expectativa de vida muito baixa, com 90% das pessoas trans na prostituição e alta evasão escolar.''

sentam. [9]

Referências

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  1. a b c d e Borges, Laís Diogo, Thiago (9 de agosto de 2021). «Matuzza Sankofa e a construção de laços afetivos e sociais». Periferia em Movimento. Consultado em 25 de maio de 2024 
  2. Alvarez, Ariadna Patrícia Estevez; Miranda, Thaina de Camargo Amaral de (11 de março de 2024). «Entrevista: Matuzza Sankofa». Trabalho, Educação e Saúde: e02762242. ISSN 1678-1007. doi:10.1590/1981-7746-ojs2762. Consultado em 25 de maio de 2024 
  3. «Matuzza Sankofa e a construção de laços afetivos e sociais -» (em espanhol). 11 de agosto de 2021. Consultado em 25 de maio de 2024 
  4. Alvarez, Ariadna Patrícia Estevez (2024). «Entrevista com Matuzza Sankofa: Redução de Danos e Saúde». Consultado em 25 de maio de 2024 
  5. a b «Dia das Mães: 'A expectativa de vida das pessoas trans no Brasil é de 35 anos. Eu tenho 29, como fica a criação do meu filho?'». O Globo. 8 de maio de 2021. Consultado em 25 de maio de 2024 
  6. Alvarez, Ariadna Patrícia Estevez; Miranda, Thaina de Camargo Amaral de (11 de março de 2024). «Entrevista: Matuzza Sankofa». Trabalho, Educação e Saúde: e02762242. ISSN 1678-1007. doi:10.1590/1981-7746-ojs2762. Consultado em 25 de maio de 2024 
  7. «Frases como 'é homem ou mulher?' colocam mulheres trans em lugar de desumanização - Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: dgabc,setecidades,dia internacional da mulher,trans,mulher». Jornal Diário do Grande ABC. 7 de março de 2021. Consultado em 25 de maio de 2024 
  8. «Representantes de comunidade LGBTI+ reivindicam tramitação de matérias a Pacheco». Senado Federal. Consultado em 25 de maio de 2024 
  9. Negra, Geledés Instituto da Mulher (4 de agosto de 2020). «Ângela Brito: "Ver uma criação minha na capa da Vogue foi uma das maiores emoções que já tive na carreira"». Geledés. Consultado em 18 de novembro de 2022